sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Lançai as redes (Jo 21,1-14)

Acompanhe na seção Artigos o comentário de Dom Odilo Scherer sobre as conclusões, que já vão se definindo, do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
O Instituto Santa Família é um caminho seguro e responde aos anseios da Nova Evangelização, uma vez que os prepara para uma vida secular consagrada, capacitando-os para o apostolado das comunicações.
Contato: santafamilia@paulinos.org.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A travessia do Mar Vermelho: o poder e a força de Deus!

Muitos de nós só conseguiram visualizar este fato estupendo através do filme "Os 10 Mandamentos", filme norte americano, dirigido por Cecil B. DeMille, e produzido em 1956. 

Mais de 1.200 storyboards foram feitos na pré-produção, o script tinha mais de 300 páginas, algo inédito para a época, e havia mais de 70 personagens com falas diferentes.

Guardamos do passado a cena suntuosa do Mar Vermelho se dividindo ao meio sob o poder do cajado de Moisés. E, apesar do filme ser tão antigo (56 anos), ainda desperta em nós o reconhecimento da onipotência de Deus, e do seu amor pelo povo eleito.

No vídeo que se segue, que mostra as conclusões do arqueólogo Ronald Eldon Wyatt sobre a travessia do Mar Vermelho, acompanhe o êxodo do povo hebreu e creia que esse Deus de Israel é o nosso Deus que faz maravilhas, prodígios e portentos em favor de seus filhos, ontem, hoje e sempre.


Clique na opção full screen, na moldura vazia, abaixo e à direita, bem ao lado do nome YouTube, para poder ler as legendas.







segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O mundo tem saudade de Deus




"O ocaso das ideologias deu lugar ao ‘tempo da noite do mundo', um tempo tão pobre, que não reconhece a falta de Deus como ausência." Já foi demonstrado que a "morte de Deus", comemorada por Nietzsche, não gerou "um homem mais feliz, e sim mais solitário e mais violento, como evidenciado por guerras e massacres perpetrados pelos totalitarismos, tanto de direitas quanto de esquerdas, durante o século XX". (Dom Bruno Forte - Arcebispo de Chieti-Vasto)

"A pobreza que se segue à 'crise das grandes narrativas ideológicas', não é tanto a percepção da ausência de Deus, e sim o fato de que os homens não sofrem mais por esta falta.
A saudade nasce do sentimento de perda. No entanto, o homem, anestesiado pelo mundo virtual das tecnologias, nem sequer se dá conta de que necessita de Deus. O homem contemporâneo foge da dor inerente à sua própria finitude e limitação, não encontrando neste caminho senão angústia e um vazio voraz.

Começa o Ano da Fé com esta proposta de suscitar nos cristãos (e não cristãos) a saída do deserto da descrença.
"No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho." (Papa Bento XVI na Homilia da Missa de abertura do Ano da Fé em 11/10/2012, na Praça de São Pedro)

O Papa nos impele a darmos nossa resposta pessoal e comunitária ao Ano da Fé.
Nós, como membros do Instituto Santa Família (agregado à Pia Sociedade de São Paulo), estamos caminhando, desde o início do segundo semestre, no estudo do Catecismo da Igreja Católica, em sintonia com a proposta do Santo Padre para este Ano da Fé, na busca de um aprofundamento de conteúdos de fé. 
Vamos crescer no conhecimento de nossa profissão de fé, que é o Credo, e proclamar com a vida: eu creio!!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Aparecida e sua mensagem




Deus se encantou com esta mulher e a fez sua Mãe!
Bem escreveu Dom Helder Câmara, saudoso arcebispo de Recife e Olinda: "Não nos basta tua sombra, ó Mãe, comove-nos tua imagem!" É assim que nos sentimos diante da pequenina imagem da Senhora Aparecida. Como aconteceu esta "aparição"? 

A história é muito comentada, mas podemos nos perder nos detalhes e, por isso, arrisco contá-la numa pequena síntese. 

Em 1717, iria passar pelo nosso Vale do Paraíba o Conde de Assumar, uma visita ilustre para os pobres moradores da região ribeirinha. Fazia parte da viagem passar pelo Porto de Itaguaçu, hoje cidade de Aparecida. Conta-se que iriam servir uma refeição para o Conde. 

O que tinham de melhor? Os peixes do Rio Paraíba. Mas o rio não estava para peixe. Com receio de não terem o que servir, pediram ajuda aos céus. Lançaram as redes, e nada. Até que pescaram o corpo de uma pequena imagem e, em seguida, veio para a rede a cabeça, da mesma imagem. 

Que imagem era essa? Uma imagem barroca, de terracota, da Imaculada Conceição. 

Acredita-se que esta imagem tenha sido lançada no Rio Paraíba na altura da cidade de Jacareí. Por sinal, bem junto à ponte que liga a Praça dos Três Poderes ao bairro São João, existe uma antiga capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Mais um detalhe, a padroeira da Matriz de Jacareí é a Imaculada Conceição. A partir daí a pequenina imagem de cor morena, devido ao lodo do fundo do rio, passou a ter como casa a casa dos pescadores. Tempos depois improvisaram uma pequena capela. 

A fama da imagem foi crescendo. Qual imagem? Aquela "aparecida" nas águas do rio. Daí vem o nome, que se tornou nome de tantos e tantas: Aparecida. Alguém poderia se perguntar: qual a mensagem deixada? Como tantos outros já disseram, aqui registro o seguinte: a mensagem de Aparecida está ligada ao modo como apareceu e ao contexto histórico. 

A imagem da Imaculada Conceição traz Maria grávida de Jesus. É de uma mulher grávida. Maria vem para nos apresentar Jesus, para nos apresentar a Jesus. Isto é o que importa. A imagem está de mãos postas, como que rezando. A nós ela pede que façamos o que Jesus nos disser, a Ele ela intercede por nós: "Eles não têm mais vinho", como no Evangelho de João, no capítulo segundo. A cabeça e o corpo precisam ser unidos, como a Igreja Corpo Místico de Cristo precisa estar unida a "Cristo Cabeça". Sem Ele, cabeça deste corpo, nada somos e nada podemos. Ainda, a imagem vem para a barca dos pescadores. A barca é símbolo da Igreja nos Evangelhos. Maria entra na história do nosso povo, da Igreja no Brasil. A imagem brota das águas, como nós brotamos para a Igreja pelas águas purificadoras do Batismo. A imagem vem para os pequenos, para os pobres, e num período em que os negros viviam no regime da escravatura. Aí vem uma outra "coincidência": só em 1888 a imagem recebe uma "casa digna", que hoje chamamos de Basílica Velha. Parece-nos que ela esperou seus pobres filhos serem libertos para aceitar um presente melhor. A casa só veio quando seus filhos foram libertos. Ela é a Mãe Morena do povo brasileiro. 


Também quero sublinhar os presentes que o povo deu à imagenzinha: uma coroa, uma capa. Assim ela foi ornamentada. Deus se encantou com esta mulher e a fez sua Mãe. Ela, por sua vez, também nos encantou. Contemplando a pequenina imagem, vemos um esboço de sorriso em seus lábios. Ela é, sem dúvida alguma, o sorriso de Deus para a nossa gente, para todos nós! 

Pe. Rinaldo Roberto de Rezende
Cura da Catedral de São Dimas

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Para evangelizar é preciso converter-se



Dando início à XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, de 7 a 28 de outubro, cujo tema é "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", o Papa Bento XVI, na homilia da missa celebrada na manhã deste domingo, assegurou que “deixar-se reconciliar com Deus e com o próximo é a via mestra da nova evangelização”.

Ele afirmou ainda que a conversão é o caminho para que esta evangelização aconteça. O Papa aponta o pecado, tanto pessoal quanto comunitário, como um obstáculo para que a boa nova da salvação chegue a todos.
Bento XVI convidou os Bispos participantes no Sínodo a “acolherem o convite e fixar os olhos no Senhor Jesus, coroado de glória e honra por sua paixão e morte’”.

O Santo Padre também sublinhou durante sua homilia de forma especial “o tema do matrimônio”, pois merece “uma atenção especial".

“O matrimônio se constitui, em si mesmo, um Evangelho, uma Boa Nova para o mundo de hoje, em particular para o mundo descristianizado. A união do homem e da mulher, o ser «uma só carne» na caridade, no amor fecundo e indissolúvel, é um sinal que fala de Deus com força, com uma eloquência que hoje se torna ainda maior porque, infelizmente, por diversas razões, o matrimônio, justamente nas regiões de antiga tradição cristã, está passando por uma profunda crise”.

“O matrimônio se fundamenta, enquanto união do amor fiel e indissolúvel, na graça que vem do Deus Uno e Trino, que em Cristo nos amou com um amor fiel até a Cruz. Hoje, somos capazes de compreender toda a verdade desta afirmação, em contraste com a dolorosa realidade de muitos matrimônios que, infelizmente, acabam mal”.

Bento XVI assinalou que existe uma “clara correspondência entre a crise da fé e a crise do matrimônio. E, como a Igreja afirma e testemunha há muito tempo, o matrimônio é chamado a ser não apenas objeto, mas o sujeito da nova evangelização. Isso já se vê em muitas experiências ligadas a comunidades e movimentos, mas também se observa, cada vez mais, no tecido das dioceses e paróquias, como demonstrou o recente Encontro Mundial das Famílias.”


Ele ressalta que “a chamada universal à santidade é uma das idéias chave do renovado impulso que o Concílio Vaticano II deu à evangelização que, como tal, aplica-se a todos os cristãos. Os santos são os verdadeiros protagonistas da evangelização em todas as suas expressões”.

“Com sua intercessão e o exemplo de suas vidas, aberta à fantasia do Espírito Santo, mostram a beleza do Evangelho e da comunhão com Cristo às pessoas indiferentes ou inclusive hostis, e convidam aos crentes mornos, por dizê-lo assim, a que com alegria vivam de fé, esperança e caridade”, assinalou.

“Eles são, em particular, também os pioneiros e os impulsionadores da nova evangelização: pela sua intercessão e exemplo de vida, atentos à criatividade que vem do Espírito Santo, eles mostram às pessoas, indiferentes ou mesmo hostis, a beleza do Evangelho e da comunhão em Cristo; e convidam os fiéis, por assim dizer, tíbios, a viverem a alegria da fé, da esperança e da caridade; a redescobrirem o «gosto» da Palavra de Deus e dos Sacramentos, especialmente do Pão da Vida, a Eucaristia”, destacou também o Papa.



O Papa ainda frisou, na festa de Nossa Senhora do Rosário (também 7 de outubro), que todos os fiéis valorizem mais a oração do rosário durante o Ano da Fé (que se inicia dia 11 de outubro), tanto individualmente como em família.

“Com o Rosário – disse o Papa – nos deixamos guiar por Maria, modelo de fé, na meditação dos mistérios de Cristo, para que a cada dia, possamos assimilar o Evangelho, de tal forma que modele toda a nossa vida”.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Chamados à missão com o Rosário






Olhando para o Apóstolo Paulo, para seu estilo audaz e corajoso, para o pensador de inteligência aguda e de temperamento positivo e prático, temos que considerar que ele lidou, muitas vezes, com pessoas fortemente contrárias a seu método, e de vistas curtas.
Isso contudo não o intimidou. Paulo era impelido por uma força interior a seguir adiante, com a plena convicção de que: "Evangelizar não é glória para mim, senão uma necessidade. Ai de mim se não evangelizar!" (1 Cor 9,16)

Todos nós, batizados, filhos da Igreja, precisamos deste espírito que moveu São Paulo: a ousadia de proclamar, muito mais pelo exemplo que pelas palavras, que Deus nosso Criador,  Salvador e Santificador quer que todos os homens se salvem, que conheçam a verdade. Não é um simples desejo sem consequências, mas é vontade atuante, sincera, acompanhada por auxílios e graças que iluminam o intelecto e movem a vontade.

Assim Deus, de sua parte, não deixa faltar nada ao homem para que ele consiga seu último fim e possa ser feliz. O que então nos impede de sermos esses comunicadores da verdade que é Deus, nosso Pai amoroso e misericordioso?

Não seria uma inteligência que não percebe o reflexo de Deus nas obras da criação e na beleza e diversidade de dons e de criaturas?
Ou uma corrupção do coração onde a lei moral foi esvaziada, e onde se desonram nossos próprios corpos?
E a vontade, não estará sujeita aos sentidos, buscando sem critério algum o excesso em tudo e a qualquer preço?

Estamos em outubro, mês das missões, e também do Rosário.
Vamos assumir nossa missão de ser sal da terra e luz do mundo. Vamos a exemplo de São Paulo pedir ao Espírito Santo que nos torne evangelizadores.
Se você acredita não ter esta vocação, você está enganado(a)! 
Deus é o primeiro, neste processo, a nos capacitar para a missão. Não tenha medo!! A graça nunca falta. O que falta é decisão de quebrar o paradigma, o modelo de cristão lento para as coisas de Deus, mas rápido para o que é do mundo.
Reze seu terço diariamente com o coração. Reserve um tempo para a meditação da Palavra de Deus. Peça a Virgem Maria que o habilite para a missão de ser fermento na massa, de fazer a diferença, mesmo que haja pessoas de vista curta ou contrárias ao Evangelho. Viva-o a todo o instante, e você verá que as graças serão abundantes e que Cristo estará junto daqueles que querem ir mais longe...
Vamos pedir esta graça a Maria, rezando:


Oração pela nossa missão




Mãe de Fátima, Senhora dos simples e dos humildes,
Tu, que te apresentaste aos pastorzinhos,
e lhes confiaste uma mensagem de paz e de esperança,
que se difundiria pela oração do Rosário.

Tu, que a nós te achegas luminosa,
para sempre revelar teu Filho Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
Tu, serva fiel, e por isso Rainha dos Apóstolos e da Igreja,
ensina-nos a servir e a rezar.
Desperta-nos para o amor e a justiça do Evangelho,
acompanha-nos em missão.

Que sejamos fiéis a nossa vocação missionária,
dom recebido e confiado em nosso Batismo.

Que não tenhamos receio ou hesitação em ir a toda parte
e anunciar a Boa Nova da Salvação
aos pobres, aos fracos, aos injustiçados, aos doentes,
aos presos de todos os tipos de prisões e algemas.

Que testemunhemos, pela Palavra e com a vida,
o Reino de Deus entre as crianças e os jovens,
entre os trabalhadores e os meios de comunicação,
entre todos os que buscam a verdade da fé e
os que lutam pela paz e a unidade entre os povos.

E que, nutridos pelo Corpo e Sangue do Cristo Redentor,
e com tua amorosa benção de Mãe,
acolhamos o Espírito do Senhor e nos deixamos guiar
por sua santa inspiração.

Amém.