quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Obrigado Bento XVI !


Por ter defendido a família.
Por tornar evidente a opção da Igreja pela vida.
Por salvaguardar o depósito da fé.
Por encontrar-se com nossos jovens.
Por buscar a concórdia e a paz entre as nações.
Por se solidarizar e rezar pelos sofredores.
Por nos ensinar que Deus é amor.
Por nos fortalecer a esperança como motor da vida.
Por nos proporcionar o Ano Paulino.
Por instituir o Ano Sacerdotal.
Por nos explicar que a caridade é a viga mestra da doutrina social da Igreja.
Por nos contar sobre a vida de Cristo em seus livros.
Por canonizar novos modelos de santidade para a humanidade.
Por nos dar o Ano da Fé.
Por ter sido o nosso "doce Cristo" na terra.
Deus o abençõe, Sua Santidade Bento XVI!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Eis o tempo de conversão!




Muitas pessoas questionam porque Deus não elimina o mal que acontece no mundo...
Na verdade, sem se dar conta de que Ele é a origem de todo bem e de toda a beleza, estas pessoas desconhecem a origem do mal.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o pecado original – o início do mal - acontece no momento em que o homem transpõe o limite de criatura, e deixa morrer em si a confiança em seu Criador, que o proibira de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal: “pois no dia em que dela comeres terás de morrer”(Gn 2,17). O homem escolhe ouvir a voz da serpente (o diabo, o opositor), e perde a graça da santidade original. Contrariando seu estado de criatura, o homem quebra a aliança com Deus pela desobediência, e consequentemente perde os dons com os quais foi ornado por Deus.

A partir daí rompe-se o domínio das faculdades espirituais da alma sobre o corpo, e as relações entre homem e mulher estão sujeitas a tensões. Por causa desta escolha do homem a criação visível tornou-se hostil para si mesmo e ficou submetida “à servidão da corrupção”(Cf. Rm 8,20). Assim entra a morte na humanidade, e cumpre-se o decreto de Deus.

Como este pecado nos atinge?
Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não só para si, mas para toda a natureza humana. Ao ceder ao demônio, Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas que teve dramáticas consequências para a natureza humana, que recebe este estado decaído. O pecado original é um pecado contraído e não cometido.

Quais as consequências deste pecado na vida do homem?
O pecado original é a privação da santidade e da justiça originais que nossos pais perderam, ou seja, fomos lesados em nossas forças naturais, fomos submetidos à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte.

Mas isto não é o fim!
Deus chama o homem e lhe anuncia de modo misterioso a vitória sobre o mal e o soerguimento da queda.
A Encarnação de Cristo é o momento radiante da história da humanidade em que Jesus, o novo Adão, restaura e repara a desobediência do primeiro Adão. Obedecendo aos planos do Pai, Jesus paga em seu próprio Corpo, pelos nossos delitos e crimes.
O homem, portanto, depois do Batismo, sacramento da iniciação na vida cristã, é inserido novamente na condição de liberdade de filho de Deus.
Todas as vezes que tiver a infelicidade de pecar, pode, através do Sacramento da Reconciliação (Confissão), recorrer aos merecimentos da Paixão de Jesus para retornar à amizade com Deus, e, portanto, ao estado de graça.

Estamos na Quaresma. Mais uma oportunidade de refletirmos sobre quão profunda e dolorosa é a opção pelo mal, pelo egoísmo, pela desobediência que serve à soberba, pelo prazer descompromissado, pela idolatria, pelo poder que esvazia o sentido do servir, pela violência, pelo materialismo...

Vamos voltar para o Senhor! Peçamos o seu Espírito, para que nos configuremos com Ele, para que compreendamos que a beleza daquele sim aos planos do Deus pode também ser o nosso.
Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos cantemos: eis o tempo de conversão!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Discípulos e profetas: cristãos de uma só peça



Revendo um texto que foi objeto de retiro do Instituto Santa Família, deparei-me com algumas questões de fundamental significado para nós, batizados, que somos mensageiros da Palavra.
Somos aqueles que se nutrem da Sabedoria incriada. Ela é a vida e o princípio de tudo o que existe: “Desde a eternidade foi estabelecida, desde o princípio, antes da origem da terra. Quando os abismos não existiam, eu fui gerada, quando não existiam os mananciais das águas...” (Pr 8,22-24).

A Sabedoria é a vida de tudo o que existe, seu princípio é o desejo autêntico de instrução, e a finalidade da instrução é o amor (Sb 6,17). Não é a Palavra a instrução que gera o amor, que fomenta a sede de paz, de encontro, de justiça, de caridade, de santidade?  Sabedoria e Palavra, tudo gira e se integra de maneira irresistível...

Neste sentido surge a missão da profecia e do discipulado. Temos que nos colocar como agentes desta Palavra, como semeadores da dignidade humana que constantemente é ameaçada pelos poderes da morte e do mal. No ato de profetizar, anunciamos o poder e a bondade de Deus que é o Senhor da vida, e que a mantém a cada instante em seu contínuo ato criador.

Já o termo discípulo, do hebraico limmud, significa “acostumado”, “instruído”, “treinado”. O discípulo põe-se a escutar a Palavra a cada manhã, na certeza de que ela é sempre nova, da mesma forma que a sua realidade também o é.

O profeta e o discípulo são um só, na medida em que é necessária a escuta para que possamos profetizar. Ambas as situações requerem um despertar da preguiça, e são um apelo à prontidão ao “eis me aqui, envia-me”!

Neste envio, a mensagem, a Palavra, não fica estéril nos ouvidos dos que a escutam, ao contrário leva consolo aos cansados, aos desanimados, aos esquecidos, nutrindo a esperança e chamando à vida: “A Palavra que sai de minha boca não voltará a mim vazia” (Is 55,11). Assim também Jesus que sai do Pai, só volta para Ele após ter cumprido sua missão.

Não somos cristãos nas nuvens. Somos discípulos desafiados a uma realidade em constante mudança, numa sociedade sem parâmetros estáveis, que agride os valores evangélicos. Por isso necessitamos da graça para que este anúncio - que não se aprende, mas que se recebe - supere a nossa debilidade na missão de profetas.

Antes de mais nada, anuncia-se o Evangelho com a vida, com o exemplo e testemunho pessoal de adesão à vontade de Deus. E que esta pregação não seja ruidosa, porque é no silêncio que se gesta o sentido da vida, e é dele que as palavras podem causar efeitos saudáveis.

Que nesta Quaresma possamos, no silêncio contemplativo, aprofundar e exercitar nossa missão de discípulos enviados de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

Malú, refletindo sobre texto de Ir. Ângela Cabrera, op.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eis-me aqui, envia-me!


A Juventude e a cultura midiática

Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital.” (Bento XVI)


De uma maneira ou de outra, a Igreja sempre trabalhou junto aos jovens; nossa história de evangelização da juventude no Brasil é rica de propostas e sucessos. 
Estamos vivendo numa época muito forte de opção efetiva eclesial pela juventude em nosso país. A CNBB vem investindo para que todos os jovens a ela confiados possam encontrar acolhida, espaços, orientação e motivação. 

A missão da Igreja e a CF 2013
A Igreja, ciente do mandato missionário recebido de Jesus Cristo, tem a responsabilidade de defender e de promover a vida de todos. Neste mundo midiático com esta nova cultura desafiadora a Igreja é chamada a se posicionar na perspectiva do anúncio, da denúncia, da motivação, da co-responsabilidade, da divulgação daquilo que contribui. 

A CNBB a partir de sua Campanha da Fraternidade, com o intuito de ser uma voz profética e transformadora para a vida do povo, escolhe o tema ‘Juventude’ para 2013 e se posiciona a favor do enfrentamento deste eixo complexo da cultura midiática: assunto atual e de suma importância para a Igreja e para a Sociedade. 
 
Ao abordar o tema da Juventude e da cultura midiática na qual ela se faz presente interagindo, a CF 2013 visa tanto os jovens quanto os adultos em seu processo de amadurecimento enquanto cristão e cidadão, ser de relação e chamado à vida plena. Seus objetivos seriam vários, por exemplo: melhor compreensão das novas tecnologias e seus efeitos na vida pessoal, eclesial e social; valorização da novidade que surge e capacitação para utilizá-la eticamente para o bem de todos; auxiliar os jovens a se conhecerem nesta nova realidade virtual, criando consciência crítica diante das novas oportunidades e capacitando-os para o uso adequado das mesmas; provocação aos educadores eclesiais e sociais da juventude (pais, professores, assessores, evangelizadores, pastores, catequistas...); como usar as Redes Sociais para o crescimento pessoal, para evangelização, para as grandes lutas do povo a favor da vida. 

Enfim, como conviver com toda esta realidade, capacitando-nos para um melhor aproveitamento desta novidade em prol da justiça, da fraternidade, da corresponsabilidade de todos para com todos na dinâmica de desenvolvimento pessoal, eclesial e social? 

“Eis-me aqui, envia-me” 

O lema escolhido ressalta o reconhecimento da parte da Igreja do valor do jovem, provocando neles este compromisso de serem comunicadores da vida e da verdade que liberta os filhos de Deus de todas as amarras, escravidões, condicionamentos. O 'eis-me aqui, envia-me’ é a voz forte do jovem que, repleto de sonhos e com grande auto-estima, se coloca à disposição para ajudar a todos nós a navegarmos em águas profundas neste mundo virtual que lhe é caro e próprio. 

O jovem tem muito a nos dizer!
Mais do que nunca podemos afirmar: se nossa opção pelos jovens não for consciente, intencional, efetiva, teológica, devemos fazê-la por uma urgente necessidade de sobrevivência! Se aproximarmos este novo dos jovens com a experiência que o mundo adulto tem, muitas coisas poderão mudar e melhorar! A Igreja e a Sociedade já estão nas mãos deles: acolhamos com respeito o que eles têm para nos ensinar! Eles são, acima de tudo, o presente, chamados a conduzir-nos para um novo tempo. Em certo sentido nós, adultos, dependemos mais dos jovens do que eles de nós! 

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vida consagrada, um caminho onde brilha a Luz!

 
 
 

Quando nos referimos à vida religiosa consagrada temos presente os homens e mulheres que vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação.
 
Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros Institutos de Vida Secular Consagrada.
 
Na Igreja do Brasil lembramos dos consagrados e consagradas no terceiro domingo de agosto. O Papa João Paulo II instituiu uma data especial para a vida consagrada, dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor.
O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças. Exige-se dos consagrados total disponibilidade e testemunho de vida, levando a todos o valor da vocação cristã. São sinais visíveis do absoluto de Deus através do sinal de Jesus Cristo histórico pobre, casto e obediente.

A vida consagrada, em suas diversas formas, tanto apostólica como contemplativa e monástica, é evangelizadora pela sua própria existência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil dizem que a vida consagrada evangeliza na medida em que “vive radicalmente a experiência cristã e testemunha a entrega total no seguimento de Cristo”. Não só, o melhor serviço está na “força pastoral que lhe vem, sobretudo do fato de ser expressão do seguimento de Cristo no meio do Povo de Deus que é sinal de esperança para ele”.
 
A presença dos consagrados e consagradas em nossas comunidades é significativa e imprescindível, pelo que são, e pelos serviços que prestam nos diferentes campos pastorais. Os religiosos e religiosas encontraram novas maneiras de viver em comunidades inseridas e de animar as comunidades eclesiais e as pastorais específicas. Ou seja, em tudo a vida consagrada tem aprofundado sua consagração a Deus na vivência dos conselhos evangélicos em vista da construção do Reino.

Vamos rezar pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagradas, para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização.