sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Oração e trabalho


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"Não há verdadeira oração, se também a mão não estiver de acordo. Oração, portanto, e trabalho. Trabalho que procede da oração.
A semente, para produzir frutos, em primeiro lugar deve ser boa, viva e vital; depois deve ser enterrada numa profundidade conveniente, para que as raízes possam absorver o alimento; e por cima se coloca terra boa, adubo e água...
O significado é claro: devemos viver e ser fontes de vida pela nossa santidade; ser profundamente humildes.
Se falam contra nós, se somos caluniados, se sofremos, até mesmo por causa de pessoas mais consideradas, esperemos na oração e doação generosa a intervenção de Deus...Nada nos deve parar...e esperemos! Até que o Senhor faça chegar a hora. O prêmio virá na vida futura, o paraíso, que é lindo e eterno".

Pe. Tiago Alberione  _ do livro "Pensamentos"

Quando recebemos o Sacramento do Batismo, abrem-se as portas das graças que poderão nos conduzir à santidade. A busca pela santidade não é facultativa, não é opcional, mas uma ordem a todo batizado: "Sede santos como o Pai é Santo". ( Mt 5,48)

Pe. Alberione, no seu pensamento acima, vem afirmar que a santidade só é possível com oração transformada em ação, e ação que procede da oração. Sim, porque entre a oração que vai se transformar em ação, podemos nos desvirtuar e acreditar que somos o máximo, que podemos muito bem conduzir nosso trajeto para a santidade. Quanta ilusão e insensatez...Somos servos inúteis, apenas cumprimos o nosso dever! (Lc 17,10) 

Utilizando a alegoria do semeador, Pe. Alberione quer dizer que precisamos passar por várias situações, nem sempre agradáveis, até que nossa oração se torne obra, e boa obra. Mesmo que incompreendida, se ela procede do nosso anseio pela santidade, já valeu. O fruto, os méritos, esses são de Deus. A nós cabe rezar e trabalhar, e que nada nos detenha, que nada impeça a vocação que foi escolhida para nós. Vale muito à pena. Vale à pena desde agora, porque Deus trabalha para quem trabalha por Ele, como diz o banner logo ali ao lado.

Esperemos tudo de Deus, mas operemos como se tudo dependesse de nós! Essa é a fórmula.

domingo, 24 de agosto de 2014

Mais Centenário da Família Paulina


Família Paulina no Santuário Nacional (fotos: Santuário Nacional)


Família Paulina no Santuário Nacional (fotos: Santuário Nacional)

Família Paulina no Santuário Nacional (fotos: Santuário Nacional)


Neste sábado, dia 23/08, a Família Paulina saiu em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, para lá, também, aos pés da Padroeira do Brasil, elevar mais uma vez sua ação de graças pelos 100 anos de sua existência.

A missa, celebrada por Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal Arcebispo de Aparecida, e concelebrada por Pe. Valdir José de Castro, ssp, Provincial dos Paulinos no Brasil, e Pe. Antônio da Silva, ssp, Secretário Geral da Província brasileira, foi participada por paulinos de várias regiões do país . Esta missa foi o encerramento das comemorações destes 100 anos de Fundação da Família Paulina.

Cardeal Damasceno, em sua homilia, parabenizou a Família Paulina:
“Vamos pedir que Deus nos faça instrumentos da Igreja, para que Jesus Cristo seja anunciado, testemunhado e comunicado a todos, como é o carisma da Família Paulina. (...) Que Deus, por intercessão de Nossa Senhora e de São Paulo Apóstolo, do Bem-Aventurado Tiago Alberione, derrame copiosas bênçãos sobre essa Família que celebra o Centenário de sua Fundação. Faço votos de que a grande Família Paulina, fiel em seu carisma, continue a testemunhar e anunciar Jesus Cristo, Mestre, Caminho, Verdade e Vida”, exortou o celebrante.

Após a missa houve uma confraternização da Família Paulina em um salão do próprio Santuário, onde a alegria e a festa tomaram conta dos membros dos diversos ramos desta família religiosa.

Veja algumas imagens no Álbum de Família.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Missa do Centenário da Família Paulina



Aconteceu ontem, dia 20 de agosto, na Igreja Santo Inácio de Loiola, na Vila Mariana, a missa em ação de graças pelos 100 anos da Fundação da Família Paulina no mundo.

Numa celebração cheia de alegria, entusiasmo e gratidão, os presentes puderam expressar sua ação de graças a Deus pela existência da Família Paulina na Igreja, cujo carisma é a evangelização através da cultura da comunicação.

Presidida por Dom Angélico Sândalo, Bispo emérito da Diocese de Blumenau, membro do Instituto Paulino Jesus Sacerdote, e concelebrada por Pe.Valdir José de Castro ssp, Provincial do Paulinos no Brasil, e pelo Pároco Pe. Mário Pizetta ssp, a missa foi uma exortação à ação de graças, e à certeza de que Cristo Mestre continuará a caminhar conosco esperando de nós o entusiasmo daqueles que disseram seu sim à missão de serem arautos do Evangelho, pelos meios de comunicação social.

Acompanhe na seção Álbum de Família as imagens da celebração.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Vida consagrada potenciador da vida cristã

A vida consagrada é como um potenciador da vida cristã. Podemos potencializar a vida cristã, servindo aos mais necessitados, aos doentes, ou dedicando a vida à oração, rezando pela humanidade toda, certos de que esta oração tem o poder de transformar qualquer situação pelo poder de Deus.

Deus na sua bondade, para que o povo de Deus pudesse ser atuante, chamou pessoas que sinalizem aos demais a vocação de santidade a serviço do Reino de Deus. Jesus suscita pessoas a segui-Lo mais de perto para servir a toda Igreja como sinais dos grandes valores evangélicos.

O consagrado não é melhor que ninguém, mas tem uma missão especial. Há pessoas que podem ser muito melhores que nós, e alcançar uma santidade pessoal e potencializar a Igreja por dentro mais do que nós. No entanto somos chamados a ser parte visível na Igreja, dessa ação do Espírito Santo que faz que o sal seja sal, o fermento seja fermento, e a luz ilumine os demais cristãos e os grandes valores da vida cristã.

Vida consagrada não é uma categoria jurídica, e abarca vários tipos de vida: monástica, eremítica, os religiosos propriamente ditos, os Institutos de vida secular e as Sociedades de vida apostólica. Todos são consagrados, pessoas que estão se dedicando em sua totalidade a Deus e ao próximo de modo visível.

A vida consagrada é aquela imitação mais radical de Cristo; deixar-se possuir por Deus. Para o consagrado a pérola preciosa da vida é essa ligação existencial com Deus. O cerne da vida consagrada é essa amizade com Cristo, estar mais perto Dele e mais intimamente ligado a Ele. Lê-se no Evangelho: “Vem e segue-me”!

A vida consagrada, portanto, é aquela que está sob a ação interior do Pai pelo Espírito, ligada totalmente ao Filho.

A vida consagrada manifesta ao mundo que Cristo está tão presente que nos faz capazes desta entrega, que é a imitação mais real da vida de Cristo.

Nesta semana da vida consagrada rezemos pelas vocações. Precisamos que o Espírito Santo ilumine nossas famílias, de forma que surjam mais vocações à vida consagrada, tanto a religiosa quanto a secular. Peçamos ao Bom Mestre que Ele nos dê a perseverança em seu serviço e que sejamos cada vez mais, um outro Cristo para o irmão.

Reflexão baseada em texto do livro “Jesus Cristo: luz da vida consagrada.”  
Dom Luciano Mendes de Almeida, sj

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Eu e minha família serviremos ao Senhor (Jos 24,15)


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Com a celebração do dia dos pais inicia-se a semana da família no mês vocacional. Todos nós procedemos dela, e muito do que somos tem a ver com a história de nossa família.

O homem é célula e ambiente, ou seja, ele tem um corpo regido por leis biológicas e uma personalidade que é resultado de sua convivência familiar e social.

O Papa Francisco, por ocasião do I Congresso Latino Americano de Pastoral Familiar, que acontece no Panamá de 4 a 9 de agosto, manifestou o que ele acredita ser família ideal, onde se cultivam relações sadias e de cortesia entre os seus membros. Ele questiona:

"O que é a família?", pergunta-se Francisco no início da mensagem. "Indo além dos seus problemas prementes e das suas necessidades peremptórias, a família é um 'centro de amor', onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir aos embates da manipulação e da dominação dos ‘centros de poder mundanos’", responde. O papa acrescenta que, "no lar, a pessoa se integra natural e harmonicamente em um grupo humano, superando a falsa oposição entre indivíduo e sociedade". Do mesmo modo, ele recorda que, no seio da família, ninguém é descartado: "Tanto o idoso quanto o bebê encontram acolhimento". A cultura do encontro e do diálogo, da abertura à solidariedade e da transcendência tem na família o seu berço, afirma o papa.

A seguir, Francisco destaca duas contribuições primordiais na mensagem: a estabilidade e a fecundidade:

"As relações baseadas no amor fiel até a morte, como o matrimônio, a paternidade, a filiação e a irmandade, se aprendem e se vivem no núcleo da família", afirma Francisco. Deste modo, quando essas relações formam o tecido básico de uma sociedade humana, elas lhe dão coesão e consistência. "Não é possível fazer parte de um povo, sentir-se próximo, levar em conta os mais afastados e desfavorecidos se no coração do homem essas relações básicas estão fraturadas, porque são elas que lhe oferecem segurança na sua abertura aos outros", indica.

O amor familiar é fecundo, diz o papa, e não só porque gera novas vidas, mas porque "amplia o horizonte da existência, gera um mundo novo; nos faz crer, contra toda desesperança e derrotismo, que uma convivência baseada no respeito e na confiança é possível". O pontífice reconhece que, diante de uma visão materialista do mundo, "a família não reduz o homem ao estéril utilitarismo, mas canaliza os seus desejos mais profundos".

Por outro lado, Francisco afirma que, a partir da experiência fundamental do amor familiar, "o homem cresce ainda na sua abertura a Deus como Pai". É que, na família, "reflete-se a imagem de Deus, que também é uma família em seu mistério mais profundo, e, deste modo, permite ver o amor humano como sinal e presença do amor divino". Na família, acrescenta ele, a fé se mistura com o leite materno. A este respeito, ele põe como exemplo "esse gesto singelo e espontâneo de pedir a bênção, que se conserva em muitos dos nossos povos", porque, segundo o Santo Padre, "ele recolhe perfeitamente a convicção bíblica de que a bênção de Deus se transmite de pais para filhos".

Finalmente, o papa Francisco adverte que é importante encorajar as famílias "a cultivarem relações sadias entre os seus membros, a saberem dizer 'desculpe', 'obrigado' e 'por favor' uns aos outros e a se dirigirem a Deus com o lindo nome de Pai".

Para encerrar a mensagem, o papa pede à Virgem de Guadalupe que "alcance de Deus abundantes bênçãos para os lares da América e os torne sementeiras de vida, de concórdia e de uma fé robusta, alimentada pelo Evangelho e pelas boas obras". E, como é costume do papa argentino, Francisco também pede que rezem por ele.

Baseado em texto de Rocio Lancho García