segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
IV Domingo do Advento
Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de
Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projeto
de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da
verdadeira felicidade.
1ª Leitura - Miq 5,1-4a
Os cristãos, seguidores de Jesus, são a comunidade que aceitou o convite
para integrar esse “reino” de paz e de amor que Jesus veio propor. É
esse o “reino” que nos esforçamos por construir? Somos, verdadeiramente,
comprometidos com a causa da paz, preocupamo-nos em eliminar tudo
aquilo que destrói a vida ou a dignidade de qualquer homem ou qualquer
mulher? Como reagimos diante das injustiças, das arbitrariedades, do
sofrimento, da miséria: com conformismo e medo, ou com o espírito
profético de membros da comunidade do “reino” de Jesus?
2ª Leitura - Heb 10,5-10
O encontro com Deus não é feito a partir de rituais externos (as
prendas, a comida, os cânticos, as procissões, as orações, as liturgias
solenes, o incenso, os paramentos suntuosos), mas é feito a partir de
Cristo, o Filho que entrega a vida, a fim de que o projeto do Pai se
torne presente na vida dos homens e de que os homens, aprendendo o amor e
a entrega total, aceitem tornar-se “filhos de Deus”.
Evangelho
A proposta libertadora de Deus para os homens alcança o mundo através
da fragilidade de uma mulher (recordar o contexto social de uma
sociedade patriarcal, onde a mulher pertence à classe dos que não gozam
de todos os direitos civis e religiosos) que aceita dizer “sim” a Deus. É
necessário ter consciência de que é através dos nossos limites e da
nossa fragilidade que Deus alcança os homens e propõe o seu projeto ao
mundo.
Maria, após ter conhecimento de que vai acolher Jesus no seu seio, parte ao encontro de Isabel e fica com ela, solidária com ela, até ao nascimento de João. Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades?
Maria, após ter conhecimento de que vai acolher Jesus no seu seio, parte ao encontro de Isabel e fica com ela, solidária com ela, até ao nascimento de João. Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades?
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
III Domingo do Advento
O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que
devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa
questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma
verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
1ª leitura -Sof 3,14-18a
Nunca é demais sublinhar a essência de Deus: o amor. Neste texto, o
amor de Deus não só introduz na relação com o Povo um dinamismo de
perdão; mas esse amor faz ainda mais: provoca a própria conversão do
Povo. O que renova o mundo e o transforma não é o medo, mas o amor. O medo
provoca insegurança, pessimismo, angústia, sofrimento, bloqueamento; o
amor é que faz crescer, é que cria dinamismos de superação, é que nos
torna mais humanos, é que nos faz confiar, é que potencia o encontro e a
comunhão…
A constatação de que Deus nos ama e que reside no meio de nós com uma
proposta de salvação e de felicidade para todos os que O acolhem não
pode provocar senão uma imensa alegria no coração dos crentes. Damos
sempre testemunho dessa alegria?
2ª Leitura - Filip 4,4-7
A alegria, constitutiva da experiência cristã, deve estar especialmente
presente neste tempo de espera do Senhor. Não é uma alegria que resulta
dos êxitos desportivos da nossa equipe, nem do nosso êxito profissional,
nem do aumento da nossa conta bancária, mas é uma alegria pela presença
iminente do Senhor nas nossas vidas, como proposta libertadora. A bondade e a indulgência com que acolhemos os que nos rodeiam têm de
ser, também, distintivos de quem espera o Senhor. Será possível que Deus
nasça quando o caminho do nosso coração está fechado com cadeias de
intolerância, de prepotência, de incompreensão?
Evangelho - Lc 3,10-18
“E nós, que devemos fazer?” A expressão revela a atitude correcta de
quem está aberto à interpelação do Evangelho. Sugere-se aqui a
disponibilidade para questionar a própria vida, primeiro passo para uma
efectiva tomada de consciência do que é necessário transformar.
Os bens que temos à nossa disposição são sempre um dom de Deus e,
portanto, pertencem a todos: ninguém tem o direito de se apropriar deles
em seu benefício exclusivo. As desigualdades chocantes, a indiferença
que nos leva a fechar o coração aos gritos de quem vive abaixo do limiar
da dignidade humana, o egoísmo que nos impede de partilhar com quem
nada tem, são obstáculos intransponíveis que impedem o Senhor de nascer
no meio de nós. As nossas comunidades e nós próprios damos testemunho
desta partilha que é sinal do Reino proposto por Jesus?
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
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