Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.
Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da acção do Messias.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projecto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-l’O, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.
A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude activa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.
1ª leitura - Jer 33,14-16
O ambiente em que estamos mergulhados potencia, tantas vezes, o medo, a
frustração, o negativismo, a insegurança, o pessimismo… É possível
acreditar no Deus da “justiça”, fiel à “aliança”, comprometido com os
homens e continuar a olhar para o mundo nessa perspectiva negativa, como
se Deus – o Deus da justiça e do amor – tivesse abandonado os homens e
já não presidisse à nossa história?
De acordo com o Novo Testamento, esta “justiça” é comunicada pelo
“Messias” a todos os membros do povo eleito (cf. Rom 1,17; 1 Cor 1,30; 2
Cor 5,21; Flp 3,9). Sentimo-nos, verdadeiramente, membros do povo
messiânico, construtores desse mundo de justiça, de paz, de felicidade
para todos? Qual é a atitude que define o nosso empenho: o compromisso
sério com a justiça e a paz, ou o comodismo de quem prefere demitir-se
das suas responsabilidades e passar ao lado da vida?
2ª Leitura -1 Tes 3,12–4,2
A caminhada cristã nunca é um processo acabado, mas uma construção
permanente, que recomeça em cada novo instante da vida. O cristão não é
aquele que é perfeito; mas é aquele que, em cada dia, sente que há um
caminho novo a fazer e não se conforma com o que já fez, nem se instala
na mediocridade. É nesta atitude que somos chamados a viver este tempo
de espera do Messias.
Evangelho - Lc 21,25-28.34-36
A realidade da história humana está marcada pelas nossas limitações,
pelo nosso egoísmo, pelo destruição do planeta, pela escravidão, pela
guerra e pelo ódio, pela prepotência dos senhores do mundo… Quantos
milhões de homens conhecem, dia a
dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade… A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: “alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima. Com a vinda próxima de Jesus, o projecto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova realidade, de vida e de felicidade para todos”.
dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade… A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: “alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima. Com a vinda próxima de Jesus, o projecto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova realidade, de vida e de felicidade para todos”.
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
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