quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festa dos Apóstolos Pedro e Paulo


 
Pedro e Paulo, dois homens, dois perfis, dois caminhos, uma meta!

Pedro afirma: “Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus.” (1 Pd 2,4)

Paulo escreve: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rm 12,2)

Por serem dois escolhidos de Cristo, ambos se puseram a caminhar ao encontro da vontade do Mestre Divino, cada qual por sua própria senda, mas conduzidos pelo mesmo Espírito.

No versículo acima, São Pedro nos exorta a buscar aquilo que para o mundo é desprezível - e sempre o foi - o seguimento da verdade que está, e é Deus, da caridade compassiva, do compromisso cristão em edificar uma sociedade onde prevaleça a justiça e a paz e o amor

No trecho de Carta aos Romanos que lemos acima, São Paulo quer despertar em nós o sadio inconformismo com as realidades do mundo, e convida-nos a uma reestruturação pessoal profunda, de forma a criarmos uma disposição para a compreensão do que vem a ser a vontade de Deus a nosso respeito, o que de fato lhe agrada...

Portanto, ambos nos propõem uma atitude madura e consequente, de não seguirmos o mundo com suas quimeras e inconstâncias, mas construirmos o nossa identidade espiritual sobre a rocha, a pedra angular que é Cristo. Cada um de nós é peça fundamental no edifício espiritual que se constrói a partir do Mestre Divino.

Que os Apóstolos Pedro e Paulo, intercedam por nós. Amém

Malú


domingo, 24 de junho de 2012

Em clima de festa e gratidão!

Durante este fim de semana participamos de duas Santas Missas celebradas em comemoração ao Jubileu de Ouro de Pe.Vittorio Saraceno. Foram duas celebrações cheias de emoção e gratidão a Deus pelo dom da vida, e dos 50 anos de sacerdócio de Pe. Vittorio.
Dia 23, às 17:00 horas ele concelebrou com Pe. Abramo Parmeaggiani ssp, no Mosteiro Santa Gema Galgani, claustro de irmãs Passionistas, onde celebra todos os sábados neste mesmo horário. Neste dia, ele elencou as características do sacerdote segundo o Papa Pio XI, e ressaltou sua gratidão a Deus por ter sido escolhido para tão grande e belo serviço na Igreja. Falou ainda do versículo 13 do Evangelho de Lucas, capítulo 1, que sublinha o famoso "Não temais, Estou convosco", que está inscrito em todas as capelas paulinas, como que exortando a si mesmo em seguir adiante sem temor algum.
Pe. Vittorio foi presenteado pelas irmãs Passionistas com uma estola com os dizeres:
"Lanço-me para frente" (Fl 3,13), que usou na celebração da Santa Missa. Após a missa, foi oferecido pelas irmãs aos presentes, um bolo com refrigerante.
No domingo, dia 24, às 10:30 horas, a Santa Missa aconteceu no Seminário Paulino, onde celebrou-se também os 70 anos de vida religiosa de Frei Majorino. Pe. Vittorio concelebrou com o Superior, Pe. Valdecir Conte ssp, e com Pe. Arno Brustolin ssp, na presença de outros tantos sacerdotes paulinos e dos membros da Família Paulina que se fizeram presentes. Foi uma celebração belíssima, onde Pe. Vittorio humildemente colocou sua preocupação em lançar-se para frente sem se prender ao que já foi realizado em seu ministério sacerdotal, mas olhos postos no futuro, na fidelidade à vocação em dar Jesus Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida a todos.
Ele fez um link com a festa de São João Batista, novamente retomando o tema "Não tenhas medo" dito a Zacarias, como aquele que é dito a cada um de nós, em nossa missão.
A missa foi seguida de um almoço festivo no Seminário Paulino.
Veja em Album de Família mais imagens das celebrações.
Eduardo e Malú

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jesus ensina que vínculo matrimonial é projeto de vida.



"Então se aproximaram dele alguns fariseus e, para o experimentarem, lhe perguntaram: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Ele, porém, respondeu-lhes: Que vos ordenou Moisés?
Replicaram eles: Moisés permitiu escrever carta de divórcio, e repudiar a mulher.
Disse-lhes Jesus: Pela dureza dos vossos corações ele vos deixou escrito esse mandamento. Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne; assim já não são mais dois, mas uma só carne.

Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.
Em casa os discípulos interrogaram-no de novo sobre isso. Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério." (Mc 10,2-12)


Dom Walmor Oliveira de Azevedo, 4º Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, comenta passagem do Evangelho de São Marcos

         De acordo com o Arcebispo, «Jesus sinaliza aos discípulos e discípulas que o vínculo matrimonial é um projeto de vida, uma construção».
         Dom Walmor Oliveira de Azevedo, enfatiza que «o matrimônio não é simplesmente um usufruto qualquer de momentos e de convivências prazerosas».
         No contexto da leitura extraída do capítulo 10 de São Marcos, versículos de 2 a 12, o Arcebispo reflete sobre o posicionamento de Jesus frente aos fariseus que, para colocá-lo à prova, perguntaram-lhe se era permitido ao marido divorciar-se de sua mulher.
         «A pergunta dos fariseus a Jesus é um retrato das estreitezas do coração humano que precisa da vontade de Deus como confronto e instrumento de alargamento do seu território», explica o Arcebispo.
         Segundo Dom Walmor Azevedo, apesar da intenção espúria dos interlocutores de Jesus, «o Mestre aceita dialogar», «para poder assim tocar o mais fundo do coração humano».
         «Não tocar as raízes do coração é permitir ficar nas garras de interesses pouco nobres e de presidir a vida pelos parâmetros dos instintos, quase sempre estreitados por gostos e comodidades egoístas», afirma.
         O Arcebispo explica que, «ao perguntar ‘o que Moisés vos ordenou’, Jesus não abre um seu confronto com a figura profética de Moisés. Ele é o novo Moisés para conduzir o povo às condições da verdadeira liberdade e da autêntica justiça».
         «Jesus sublinha e focaliza a norma como garantia mínima de respeito aos direitos da mulher, não deixando que ela se torne refém e escrava da tirania do homem», afirma.
         «A norma dada por Moisés é uma garantia mínima ao respeito maior que se deve ter a cada pessoa», enfatiza.
         O Arcebispo recorda que Jesus, então, «evoca o dito do Gênesis 1,27 para o sentido rico do projeto matrimonial, enquanto os dois, homem e mulher, deixam seu pai e sua mãe, para serem, não mais dois, mas uma só carne».
         «Uma só carne significa uma vinculação que exige de cada qual a competência de encontrar aí fonte de sua alegria permanente, não permitindo que instintos ou interesses egoístas demarquem o tempo da manutenção do vínculo segundo a duração passageira própria dos impulsos», explica.
         Dom Walmor observa que, «para além de um simples respeito e garantia dos interesses das partes, Jesus sinaliza aos discípulos e discípulas que o vínculo matrimonial é um projeto de vida».
         «O sacrifício de sua oferta é capítulo fundamental neste processo e nesta conquista, criando uma perseverança que sustenta os baques e as intempéries dos percursos da construção do vínculo matrimonial», afirma.

Zenit

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria

                                                                                                    









 Hoje é celebrada a Solenidade do Coração de Jesus. Esta solenidade acontece dentro de um sentimento de profunda gratidão para com o Coração de Jesus, que representa toda a sua afetividade e misericórdia para conosco; é a pessoa total do Cristo simbolizada no seu Coração.

O amor de Deus é insondável, nós bem o sabemos. Mas pressentimos, olhando para Cristo Mestre, que este amor está disponível para todos quantos lhe abram o coração. Este é um desejo de Jesus, Ele que fazer morada em nós, permanecer conosco, alimentar-nos e poder repousar à sombra do nosso amor e entrega.

Na útima Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, o Papa  consagrou os jovens ao Coração de Jesus. Ele quis, com este gesto, sublinhar, diante de jovens desejosos de transformar o mundo, que é preciso priorizar o “ser” sobre o “fazer”.

“Somente os enamorados de Cristo podem transformar o mundo! E para poder levar a cabo esta tarefa de transformação do mundo, é necessário”ser de Cristo”, ter intimidade com Ele, deixar-nos mover pelo seu Espírito.

O Papa utilizou uma fórmula simples, apresentando todos os jovens diante de Jesus Cristo: “(...) com ardente oração, eu os consagro ao vosso Coração, para que, enraizados e edificados em Vós, sejam sempre vossos, na vida e na morte. Que jamais se separem de Vós (…)”.

Foi uma imagem impressionante do Papa, que nos trazia à memória a conhecida como “oração sacerdotal” de Jesus Cristo (cf. Jo 17), na qual Ele orou ao Pai para que não lhe fosse arrebatado nenhum daqueles que lhe haviam sido confiados." Dom José Ignacio Munilla - responsável pela pastoral juvenil do episcopado espanhol

Amanhã celebramos o Coração Imaculado de Maria. Sim, pois onde está Jesus, está Maria.
Seguindo o exemplo do Papa, vamos consagrar nossas famílias ao Coração de Jesus, pela intercessão de Nossa Senhora.
Como é necessário fazê-lo, especialmente nos nossos dias!

Consagração da família ao Coração de Jesus

Coração de Jesus, símbolo do amor infinito do pai pelos homens. Hoje estamos aqui, conscientes de nossos compromissos de batizados.
Queremos consagrar-vos nossa família e implorar vossa proteção sobre ela.
Reinai sobre o nosso lar, ele vos pertence.
Queremos que nossa casa seja a vossa casa.
Nossa mesa seja também a vossa.
Não sejais hóspede, mas um de nossa família, o amigo íntimo, o irmão e companheiro de todas as horas.
Cada um de nós, tudo o que somos ou temos vos pertence.
Fazei-nos fiéis até a morte.
Que Maria, vossa mãe, nos assista como filhos, e abençõe nosso lar e o faça feliz, como fez feliz a casa de Nazaré.
Dai-nos, Jesus, a paz e a vida eterna. 
Amém.                                                                                                                          

segunda-feira, 11 de junho de 2012

50 anos de vida sacerdotal de Pe. Vittorio Saraceno ssp




Pe. Vittorio Saraceno, primeiro delegado dos Institutos de Vida Secular Consagrada no Brasil, comemora dia 1º de julho seu Jubileu de Ouro de vida sacerdotal. Dando início às comemorações que se seguirão neste mês de junho no Brasil, ele celebrou a primeira missa em ação de graças pela data. 
Veja mais detalhes clicando Falando em Família.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"Não se achou ninguém que voltasse para agradecer a Deus a não ser este estrangeiro?" (Lc 17,18)



Cito este episódio por um motivo curioso. Penso que é a única ocasião em que podemos ver o Senhor falar do dever de gratidão. Se repassarmos as Epístolas de São Paulo, observaremos que menciona esse dever de uma maneira quase excessiva: recorda-nos trinta ou quarenta vezes que temos sempre de estar agradecendo a Deus. Em contrapartida, o Pai Nosso não contém nenhuma frase que expresse agradecimento. A que se deve essa estranha diferença? Penso que se pode dizer que Jesus Cristo, por ser Deus, não queria estar sempre pedindo às criaturas que lhe agradecessem os favores que lhe deviam.

Observei que, ao contrário do Senhor, São Paulo se refere constantemente a esse dever, mas não esqueçamos que a palavra que usa é o vocábulo eucharistia. Aos Filipenses escreve: Em todas as circunstâncias, fazei os vossos pedidos a Deus por meio da oração e de súplicas, acompanhadas de ação de graças (Fil 4,6).

Mas não é assim; uma vez mais, não somos competentes nem sequer para dar graças a Deus da forma que se deve. Que pouco sabemos realmente do  que Ele faz por nós! Quantas vezes estivemos a um passo da morte e nem o percebemos! Quantas vezes fomos preservados da tentação que podia ter-nos vencido e nem nos demos conta que a tínhamos tão perto...

Muitos de voces conhecerão, ao menos por terem visto reproduções, a pintura de Michelangelo que representa a criação de Adão, na Capela Sistina de Roma. Estarão lembrados daquela figura reclinada que estende para o Criador uma mão o mais longe que o braço lhe permite, como que reconhecendo sua total dependência, a sua confiança de criatura nEle. Essa atitude, que é uma atitude eucarística, deve estar na raiz de toda nossa devoção a Deus Todo Poderoso. Deve palpitar no nosso pensamento a todas as horas. E sempre que nos sintamos particularmente conscientes de algum favor que comove nossa vida, devemos intensificar essa atitude eucarística, converter-nos em chamas vivas de agradecimento. 

"É justo e ncessário dar-vos graças sempre e em todo o lugar..." 

(texto extraído de "Reflexões sobre a Eucaristia", Ronald Knox. Ed. Quadrante)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Entrevista com Dom Odilo Scherer





Acompanhe em Entrevista a opinião do Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer sobre o VII Encontro Mundial das Famílias.

terça-feira, 5 de junho de 2012

VII Encontro Mundial das Famílias



Missa do VII Encontro Mundial das Famílias:
Milão, 3 de junho de 2012  – Famílias provenientes de todo o mundo reuniram-se nesta manhã de domingo com o Santo Padre para participar, na Solenidade da Santíssima Trindade, da Santa Missa no Parque de Bresso, em Milão, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias. Mais de um milhão de fiéis rezaram com o Pontífice pelas famílias de todo o mundo.
Em sua homilia, Bento XVI afirmou que a solenidade da Santíssima Trindade “nos convida a contemplar este mistério, mas também nos impulsiona ao compromisso de viver em comunhão com Deus e uns aos outros segundo o modelo da Trindade”. “Somos chamados a acolher e a transmitir, concordes, as verdades da fé; a viver o amor recíproco e para com todos, compartilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e a dar o perdão, valorizando os diversos carismas sob a guia dos Pastores. Numa palavra, nos foi confiada a tarefa de construir comunidades eclesiais que sejam cada vez mais família, capazes de refletir a beleza da Trindade e evangelizar não só com a palavra mas – diria eu – por «irradiação», com a força do amor vivido”.
“Não é só a Igreja que é chamada a ser imagem do Deus Uno em Três Pessoas, - acrescentou o Papa - mas também a família fundada no matrimônio entre o homem e a mulher”.
“O amor é o que faz da pessoa humana a autêntica imagem da Trindade, imagem de Deus. Queridos esposos, na vivência do matrimônio, não dais qualquer coisa ou alguma atividade, mas a vida inteira. E o vosso amor é fecundo, antes de mais nada, para vós mesmos, porque desejais e realizais o bem um do outro, experimentando a alegria do receber e do dar”.
Em seguida o Papa exortou os pais a cuidaram de seus filhos: “num mundo dominado pela técnica, transmiti-lhes com serenidade e confiança as razões para viver, a força da fé desvendando-lhes metas altas e servindo-lhes de apoio na fragilidade. A vossa vocação não é fácil de viver, especialmente hoje, mas a realidade do amor é maravilhosa, é a única força que pode verdadeiramente transformar o universo, o mundo.
Mas também vós, filhos - disse o Papa -, sabei manter sempre uma relação de profundo afeto e solícito cuidado com os vossos pais, e as relações entre irmãos e irmãs sejam também oportunidade para crescer no amor.
O Papa se dirigiu em seguida também aos fiéis, que mesmo compartilhando os ensinamentos da Igreja sobre a família, são marcados por experiências dolorosas de falência e de separação.
“Sabei que o Papa e a Igreja vos apóiam na vossa fadiga. Encorajo-vos a permanecer unidos às vossas comunidades, enquanto almejo que as dioceses assumam adequadas iniciativas de acolhimento e proximidade”.
Depois Bento XVI se deteve sobre o trabalho: “Vemos que, nas teorias econômicas modernas, prevalece muitas vezes uma concepção utilitarista do trabalho, da produção e do mercado. Mas, o projeto de Deus e a própria experiência mostram que não é a lógica unilateral do que me é útil e do maior lucro que pode concorrer para um desenvolvimento harmonioso, o bem da família e para construir uma sociedade justa, porque traz consigo uma competição exasperada, fortes desigualdades, degradação do meio ambiente, corrida ao consumo, mal-estar nas famílias. Antes, a mentalidade utilitarista tende a estender-se também às relações interpessoais e familiares, reduzindo-as a convergências precárias de interesses individuais e minando a solidez do tecido social”.

O Santo Padre destacou ainda que o “homem, enquanto imagem de Deus, é chamado também ao repouso e à festa”. O domingo, dia do Senhor – reafirmou – é também o “dia do homem e dos seus valores: convivência, amizade, solidariedade, cultura, contato com a natureza, jogo, esporte. É o dia da família, em que se há-de viver, juntos, o sentido da festa, do encontro, da partilha, também com a participação na Santa Missa. Queridas famílias, mesmo nos ritmos acelerados do nosso tempo, não percais o sentido do dia do Senhor! É como o oásis onde parar para saborear a alegria do encontro e saciar a nossa sede de Deus”
Enfim, concluiu o Santo Padre:
Família, trabalho, festa: três dons de Deus, três dimensões da nossa vida que se devem encontrar num equilíbrio harmonioso. Harmonizar os horários do trabalho e as exigências da família, a profissão e a paternidade e maternidade, o trabalho e a festa é importante para construir sociedades com um rosto humano. Nisto, privilegiai sempre a lógica do ser sobre a do ter: a primeira constrói, a segunda acaba por destruir”. (SP)