terça-feira, 19 de novembro de 2019

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O dinheiro é uma substância viciante


Por que os ricos ainda trabalham? 

Sociólogos afirmam que tendemos a medir nossa satisfação material comparando-nos com as pessoas que nos cercam, não em termos absolutos.

"A maioria das pessoas consegue se satisfazer com o que tem", afirma Robert Frank, editor de finanças, "mas há outro grupo de pessoas que, não importando o que possuem, têm de continuar acumulando. São movidas por um entusiasmo competitivo". 

Ao viver dentro de bolhas, os ricos necessitam de mais excessos para sentir a mesma sensação de entorpecimento, explicou o psicólogo Steven Berglas: "Dinheiro é uma substância viciante".

Ray Dalio, o bilionário dos fundos hedge, publicou no Linkedin que o capitalismo "está funcionando mal para a maioria dos americanos, porque está produzindo espirais acentuadas, acelerando a subida dos mais ricos e a descida dos mais pobres".

E para aqueles que acumulam fortunas, o dinheiro é a única maneira de medir o seu sucesso, indicou Jordan Balfort, personagem da vida real que serviu de inspiração para o filme "O Lobo de Wall Street". Muitos operadores de Wall Street não criaram coisa alguma
(não constroem negócios, nem fabricam produtos reais). Tudo o que eles fizeram foi negociar valendo-se da engenhosidade de criações de outras pessoas; então há algo de tangível que elas possam apontar como seu?

Ainda assim, o isolamento que frequentemente acompanha a riqueza extrema pode estimular um impulso para continuar ganhando dinheiro, afirmou T. Bryan Karasu, professor emérito de psiquiatria da faculdade de Medicina Albert Einstein de Nova York, que afirmou ter trabalhado com numerosos ricaços em seu consultório particular. Empreendedores e financistas de ponta, afinal, são frequentemente "movidos a adrenalina, pessoas transgressoras", afirmou Karasu. "Eles tendem a ter cérebros com mira a laser, estão sempre na frequência da negociação e, quanto mais riqueza acumulam, mais sozinhos se tornam, porque não se sentem parte de nada".

Alex Williams do "The New York Times"

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Orar é enamorar-se

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"O trabalho apostólico não supre a oração. Nada a substitui, nem mesmo a dedicação dos pescadores de homens, nem a conquista dos cruzados. Onde falta a oração, ali há uma falha na obra divina, uma falha enorme, sejam quais forem os adornos com que se enfeite o rasgão. Não se substitui a saúde com a riqueza, os olhos não fazem o trabalho das mãos. Portanto, a prece é uma função especial e necessária". Pierre Charles sj

A oração é fundamental. Ela é o fio que tece a trama de nossa espiritualidade, de nossa relação com Deus. Sem ela, somos uma espécie de técnicos que sabem como montar uma religião de fachada e fazê-la funcionar. Contudo, é quase certo que esta aparência de fé e de laboriosidade sem fervor não tenha eficiência suficiente para encarar os momentos de  "tranco" da vida. Sim, quando se perde o chão no luto de alguém bem próximo, ou na descoberta daquela doença dolorosa e incurável, ou no fracasso profissional, ou no matrimônio que desmorona...

Sem a oração, o cristão não pára em pé! Parece um exagero, mas quem reza sabe que não é.

"Não se substitui a saúde com a riqueza..." Não é possível pretender fortificar-se na fé sem o diálogo que a oração proporciona entre o crente e o seu Criador. Nada substitui a alma que suplica, louva, adora, repara, e cria vínculos com o céu. Como podem aqueles que se amam, não conversarem, não trocarem confidências, não se olharem longamente, não se enamorarem?

Pois bem, orar é enamorar-se. No amor, o amado não é o objeto de todo interesse? O que faz, seu passado, sua história, seus sonhos, seus projetos, tudo o que o envolve não torna-se prioridade?

Na oração conhece-se o Amado, fala-se com Ele, faz-se projetos de uma vida mais conforme o seu querer, experimenta-se a consolação na tristeza, a paz na angústia, a superação dos medos, a libertação daquilo que escraviza e acorrenta.

Rezar é falar com Deus! Mas do quê? Daquilo que é a sua vida, de tudo o que diz respeito à sua história, e ao que está ao seu redor. Também aquilo que o cerca: o mundo e suas mazelas, o desamor crescente, a falta de humanidade que impera, as maravilhas da natureza, os pequenos milagres cotidianos, e muito mais...

Por isso, peça a Deus o dom da oração. Mas a oração do coração, não aquela prece mecânica, mas uma oração meditada, refletida, quase que declamada. Assim, um leque de novas possibilidades e riquezas se abrirá diante de você!

Malu e Eduardo Burin