quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Terei que suportar duas ou três lagartas se quiser saber como são as borboletas


Nesta frase retirada do livro "O Pequeno Príncipe" de Saint Exupéry, manifesta-se a descoberta da tolerância. Não há florescimento sem poda, não há vida sem dor.

Quem conhece um pouco de plantio, de culturas, de flores, sabe muito bem que só se colhe aquilo que se planta, e que para colher bem, tem que haver semente, terra, adubo, chuvas e regas adequadas, claridade ou sol, em uma palavra: cuidado.

Mas existem as pragas, as lesmas, as formigas, que ameaçam a saúde e o bom desenvolvimento das plantas. E aí manifesta-se o bom jardineiro, ou aquele que ama seu cultivo, seus vasos, sua horta. É deste confronto de que depende a planta para vingar, para dar frutos, flores, cores. É da tolerância com os obstáculos que se chega ao objetivo pretendido.

Assim acontece também na vida. Como disse Gonzaguinha em sua música "O que é, o que é": Ninguém quer a morte, só saúde e sorte...

E quem tem poder pra conseguir afastar tudo o que é indesejado da vida? Só Deus. E Ele escolheu nascer despojado de tudo, viveu por trinta anos uma vida sem brilho, no trabalho, no anonimato, na pobreza, terminando seus dias numa cruz. Tudo porque quis nos ensinar que o amor só vinga quando sabe se fazer tudo para além de si mesmo, e quando na tolerância e paciência, prepara o fruto saboroso de uma cruz que abre as portas para o eternamente belo: Deus!

Malu e Eduardo Burin - Instituto Santa Família
 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Oração, jejum e esmola.


Inicia-se a Quaresma.

Neste tempo a Igreja nos propõe um êxodo pessoal em busca de um encontro mais comprometido com Jesus. É um tempo para um reencontro com nossas fragilidades pessoais e comunitárias, a fim de que avaliando nossos limites, possamos ser mais compassivos, caridosos e amorosos uns para com os outros.

Mais uma vez a CNBB coloca como foco da Campanha da Fraternidade os que não são vistos nem respeitados como imagem e semelhança de Deus, e, por isso, acabam por serem vítimas da violência, da exclusão, da miséria.

É um tema muito abrangente que comporta uma gama enorme de pessoas e segmentos da sociedade. Podemos começar pela violência doméstica contra a criança, a mulher, os idosos, ou, as desigualdades sociais que geram tantas injustiças crassas, que clamam aos céus por misericórdia e justiça.

Quaresma também é tempo de reparação. Daí os convites aos jejuns, às práticas de misericórdia, e à esmola. Dar-se, dar do que sobra, dar tempo de qualidade a Deus aos que estão à nossa volta, e aos mais distantes também. Descobrir que há alegria em olhar para fora de si, e perseverar neste caminho.

É importante ter em vista as orações que a Igreja sugere como pontuais, na vivência deste tempo. A Via sacra é uma delas. Podemos também aumentar as adorações ao Santíssimo Sacramento, que geralmente está sozinho em nossas igrejas, ou fazer breves visitas, que também O consolam. 

Só não vamos nos esquecer de Nossa Senhora. Ela que é a Mater Dolorosa (Mãe das Dores) sabe muito bem como nos conduzir pelo caminho do silêncio e da contemplação, à adesão total à vontade de Deus. É isso, afinal, o que importa, docilidade e abertura ao querer divino em nós.

Malu e Eduardo Burin


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Hoje é celebrada a Apresentação do Senhor e o Dia da Vida Consagrada


REDAÇÃO CENTRAL, 02 Fev. 18 / 04:00 am (ACI).- Neste dia 2 de fevereiro, a Igreja celebra a Apresentação de Jesus no Templo, quando se realizou o encontro com Simeão e Ana, o qual se entende como o encontro do Senhor com o seu povo, e também aconteceu o ritual de purificação da Virgem Maria.

Naquela época, quando nascia o primogênito, era levado após quarenta dias ao Templo para sua apresentação, como descreve a Lei de Moisés. Assim, desde o nascimento do Verbo encarnado, em 25 de dezembro, até 2 de fevereiro, José e Maria cumpriram o tempo e levaram o menino para se consagrar.

O Evangelho de São Lucas relata: “Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2,22).

Ao chegar ao Templo, eles encontraram Simeão, a quem o Espírito Santo havia prometido que não morreria antes de ver o Salvador do mundo, e foi o Espírito que disse ao profeta que aquele menino era o Redentor e Salvador da humanidade.

Após tomar o menino nos braços e bendizer ao Senhor, o profeta disse à Maria: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lc 2,34-35).

Também neste dia, encontrava-se no Templo a filha de Fanuel, da tribo de Aser, chamada Ana, de idade já avançada. Ana ficou viúva sete anos depois de ter se casado e assim permaneceu até 84 anos de idade. Ficava dia e noite no Templo servindo a Deus e oferecia jejum e oração. Ao ver a criança, Ana louvou a Deus e faloudo menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

Neste dia, a Igreja recorda também o Dia Mundial da Vida Consagrada. Ao celebrar esta festa em 2014, o Papa Francisco convidou, “à luz desta cena evangélica, a considerar a vida consagrada como um encontro com Cristo: é Ele que vem até nós, trazido por Maria e José, e somos nós que vamos até Ele, guiados pelo Espírito Santo. Mas no centro está Ele. É Ele que move tudo, é Ele que atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-lo, reconhecê-lo, recebê-lo e também abraçá-lo”.

ACI digital