sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Por que a educação emocional é tão importante?


As emoções dão cor à vida
Viver junto é descobrir o outro, valorizá-lo, tomar ciência das semelhanças e da interdependência entre os seres humanos.
A docência não se limita aos ensinamentos intelectuais; seu objetivo é a educação que contribui com o desenvolvimento global de cada pessoa: corpo, mente, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade individual e espiritualidade.
Dimensão neuropsicológica
Joseph LeDoux, que, juntamente com Antonio Damasio, estudou os aspectos emocionais de nossa conduta, nos ensina sobre os caminhos que o cérebro percorre para avaliar diversas situações. Há o caminho curto (tálamo-amígdala) e o longo (tálamo- córtex).
No caminho curto, quando a situação que se apresenta é muito perigosa, a amígdala cerebral decide comandá-la, agindo de imediato e garantindo a sobrevivência. A avaliação feita por essa pequena estrutura é rápida, mas, frequentemte, imprecisa, o que faz com que nós nos equivoquemos.
O caminho longo se estende do tálamo até as distintas áreas de processamento do córtex, onde as sensações provenientes de quaisquer partes do corpo são reconhecidas e analisadas. É assim, portanto, que os magníficos lóbulos pré-frontais, a partir de toda a informação que recebem, podem dirigir nossas condutas até um fim e compreender a atenção, planificação, sequência e reorientação de nossos atos.
Educar nossos lóbulos pré-frontais nos leva ao desenvolvimento da empatia, ao conhecimento de nossas próprias emoções e à capacidade de nos desenvolvermos plenamente em sociedade.
A educação emocional no dia a dia
É fundamental educar a emoção, embora esta não seja uma tarefa fácil nem capaz de ser realizada por qualquer pessoa.
Devemos começar com as seguintes perguntas:
  • Quantas emoções podemos constatar em um dia?
  • Com quantas mentes e mundos psicológicos nos encontramos ao longo de nosso cotidiano?
  • Quantas sensibilidades diversas podemos encontrar dentro do próprio núcleo familiar?
  • Se somos essencialmente emocionais, por que é tão difícil para nós ensinarmos os outros a descobrir e a gerenciar as emoções?
  • Por que não nos permitimos crer que somos capazes de crescer emocionalmente e também não deixamos nossos filhos compreenderem e expressarem suas emoções?
Na busca por sermos melhores a cada dia neste processo de crescimento, não devemos nos esquecer das poderosas ferramentas para a mudança que temos dentro de nós. Essas ferramentas são nossas emoções, nosso combustível e piloto de nossa personalidade. Nossas emoções nos convidam a pensar que as coisas essenciais podem deixar de ser invisíveis aos olhos. Devemos começar a ver também com o coração, sem reduzir tudo às nossas análises mentais.
As emoções nos acompanham durante a vida inteira. Dão cor à nossa vida pessoal e às nossas relações com os outros. São um termômetro para medir a qualidade de vida – nossa e a das pessoas que nos rodeiam.
Graças às emoções, recebemos, imediatamente, mensagens instintivas sobre todo o mundo que nos cerca. Por isso, educar e educar-nos para a identificação e gestão das emoções irão nos ajudar a saber dar mais significado a cada momento que vivemos.

Javier Fiz Pérez

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

sábado, 8 de setembro de 2018

O cesto, a água e a importância de ler a Bíblia

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Dizem que isto aconteceu em um mosteiro chinês muito tempo atrás. Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:
– Mestre, por que devemos ler e decorar a Palavra de Deus, se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já nos esquecemos.
O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:
– Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.
O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e, quando chegou, até o mestre já não restava mais nada.
O mestre perguntou-lhe:
– Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:
– Aprendi que cesto de junco não segura água.
O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo. Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe:
– Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?
O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:
– Que cesto furado não segura água.
O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa. Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias. Porém, quando o mestre lhe perguntou:
– Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:
– O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.
O mestre, por fim, concluiu:
– Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da Bíblia que você lê, o que importa, na verdade, é que no processo a sua mente e a sua vida ficam limpas diante de Deus.

Autor desconhecido