sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

A conversão de São Paulo


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Jesus entrou na fila...



Ontem participando da missa da Solenidade do Batismo de Jesus, que encerra o tempo do Natal, ouvi uma homilia que despertou em mim um novo olhar sobre a questão da humildade.

O sacerdote disse: "Então, Jesus entrou na fila para ser batizado".

Não é um paradoxo, especialmente para o nosso tempo, uma celebridade enfrentar uma fila? Mas no caso de Jesus, não se trata de uma celebridade, mas sim Daquele que criou o orbe, e tudo o que nossa inteligência limitada consegue perceber e apreender. Sim, Ele mesmo, o menino que sentiu frio na noite de Natal, e que aqueceu-se com paninhos e com a respiração dos animais do estábulo que lhe serviu de abrigo...

A verdade é que Ele é um mestre em quebrar os nossos paradigmas de fama, sucesso e poder. Passamos uma boa parte da vida investindo em educação e cultura, cuidando da aparência para sermos respeitados, trabalhando para alcançar alguns objetivos e bens materiais que nos deem boa fama e dignidade. Aí olhamos para Jesus, e ele faz um trajeto de pobreza, de trabalho escondido junto com seu pai, ou seja, não busca para si uma carreira solo, nem se preocupa com a hierarquia que lhe seria devida, durante toda a sua vida humana. Tem mais, Ele começa sua vida pública escolhendo como seguidores, aqueles que são considerados homens de pouca instrução, homens simples do povo que passaram boa parte do tempo sem compreender o que Ele dizia...

Jesus entrou na fila. E nós que não temos paciência para esperar as nossas "filas da vida" - sim, porque a vida tem filas - precisamos meditar sobre esta frase: "Jesus entrou na fila".

Entrar na fila é aceitar que somos limitados, e que tudo tem um tempo em nossa existência. É saber fazer-se anônimo quando o mundo prega a busca de uma fama narcisista e vazia. É entender que somos aprendizes, e o seremos até morrer. É buscar a verdadeira sabedoria, aquela que valoriza a fila, a simplicidade, a humildade, o serviço em favor do outro, a gratidão por tantos bens recebidos, o reconhecimento que somos criaturas, e como tais, precisamos do Criador.

Só assim entraremos na frequência de Jesus. Só assim teremos condições de imitá-Lo e de sermos seus discípulos. 

A senha para permanecer na fila é: "Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!" 

Malu

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

7 importantes dados sobre a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


 REDAÇÃO CENTRAL, 01 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- “A Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de ‘Mãe de Deus’”, diz a Constituição dogmática Lumen Gentium (parágrafo 66) da Igreja. A seguir, apresentamos 7 dados sobre a importante Solenidade de Santa Maria, Mae de Deus, celebrada neste dia 1º de janeiro.

1. Conclui a Oitava de Natal
Com esta Solenidade se conclui a Oitava de Natal, um conjunto de oito dias desde o dia 25 de dezembro nos quais a Igreja atualmente celebra o nascimento de Jesus.
No Antigo Testamento (Gn 17,9-14), pode-se ler que há muitos séculos, Deus fez uma aliança com Abraão e sua descendência, cujo sinal era a circuncisão ao oitavo dia depois do nascimento. O Filho de Deus também viveu assim e recebeu, nesse momento, o nome anunciado à Virgem Maria
“Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,21).

2. A Theotokos
Os primeiros cristãos costumavam chamar a Virgem Maria de “Theotokos”, que em grego significa “Mãe de Deus”. Este título aparece nas catacumbas debaixo da cidade de Roma e em antigos monumentos do Oriente (Grécia, Turquia, Egito).
Os Bispos reunidos no Concílio de Éfeso (431), cidade onde, segunda a tradição, a Virgem passou seus últimos anos antes de ser assunto ao céu, declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”.

3. Criado pela fé
“Sob seu amparo nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”, diz uma das antigas orações marianas dos cristãos do Egito do século III. Cabe ressaltar que esse título de “Mãe de Deus” (“Theotokos”) não existia e que foi criado pelos cristãos para expressar sua fé.

4. Antiga festa mariana
A “Maternidade de Maria” é uma das primeiras festas marianas na cristandade. Conta-se que, por volta do século V, em Bizâncio, havia uma “memória da Mãe de Deus”, que se celebrava no dia 26 de dezembro, o dia seguinte ao Natal.
Aos poucos, foi se introduzindo na liturgia romana em um dia da Oitava de Natal e, já no século VIII, encontram-se para esta comemoração antífonas com o título de “Natale Sanctae Mariae”, assim como orações e responsórios com os quais se honrava a divina “Maternidade de Maria”.

5. Dia da Paz
Com o tempo, esta memória da Virgem foi transferida para comemorar a “Circuncisão do Senhor”, mas seria mantido o caráter mariano. Em 1931, o Papa Pio XI a restabeleceu para o dia 11 de outubro, por ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso e lhe deu uma categoria equivalente à Solenidade atual.
Anos depois, nesta data, São João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano II (1962). Com a reforma litúrgica de 1969, a “Maternidade de Maria” passou a ser celebrada em 1º de janeiro, dia em que se inicia o “calendário civil”. Um ano antes, em 1968, o Beato Paulo VI havia instituído para esta data o Dia Mundial da Paz. Assim, o primeiro dia do ano celebra Maria e reza pela paz.

6. Fundamento de dogmas marianos
O título “Mãe de Deus” é o principal e mais importante dogma sobre a Virgem Maria e todos os demais dogmas marianos encontram seu sentido nesta verdade de fé. Os outros dogmas marianos são que Maria teve uma Imaculada Concepção, Perpétua Virgindade e que foi levada em corpo e alma para o céu (Assunção).
Do mesmo modo, Nossa Senhora tem os seguintes títulos: Mãe dos homens, Mãe da Igreja, Advogada nossa, Corredentora, Medianeira de todas as graças, Rainha e Senhora de toda a criação e todo louvor contidos nas ladainhas do Santo Rosário.
 
7. Decisão da Virgem
Em novembro de 1996, São João Paulo II explicou que “a expressão ‘Mãe de Deus’ nos dirige ao Verbo de Deus, que na Encarnação assumiu a humildade da condição humana para elevar o homem à filiação divina”.
“Mas, esse título, à luz da sublime dignidade concedida à Virgem de Nazaré, proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. De fato, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável e não realiza a encarnação de seu Filho a não ser depois de ter obtido seu consentimento”, afirmou.