sábado, 26 de dezembro de 2020

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Reflexão para o III Domingo do Advento

 


A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. É, na linguagem do Evangelho segundo João, um convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, os comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os preconceitos, a instalação, o comodismo, a auto suficiência, tudo o que desfeia a nossa vida, nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade. Em termos pessoais, quais são as mudanças que eu tenho de operar na minha existência para passar das “trevas” para a “luz”? O que é que me escraviza e me impede de ser plenamente feliz? O que é que na minha vida gera desilusão, frustração, desencanto, sofrimento?

A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes, mais angustiados, mais perdidos, mais frustrados. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva. A quem dou ouvidos: às propostas de Jesus, ou às propostas da moda, do politicamente correto, das pessoas “in” que aparecem dia a dia nas colunas sociais e que ditam o que está certo e está errado à luz dos critérios do mundo? Que significado é que Jesus e a sua proposta assumem no meu dia a dia?

Jesus marca, realmente, a minha existência? Os valores que Ele veio propor têm peso e impacto nas minhas decisões e opções? Quando celebro o nascimento de Jesus, celebro um acontecimento do passado que deixou a sua marca na história, ou celebro o encontro com alguém que é “a luz” que ilumina a minha existência e que enche a minha vida de paz, de alegria, de liberdade?

O “homem chamado João”, enviado por Deus “para dar testemunho da luz”, convida-nos a pensar sobre a forma de Deus atuar na história humana e sobre as responsabilidades que Deus nos atribui na recriação do mundo… Deus não utiliza métodos espetaculares e assombrosos para intervir na nossa história e para recriar o mundo; mas Ele vem ao encontro dos homens e do mundo para os envolver no seu amor através de pessoas concretas, com um nome e uma história, pessoas “normais” a quem Deus chama e a quem confia determinada missão. A todos nós, seus filhos, Deus confia uma missão no mundo – a missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente, para os nossos irmãos, a proposta libertadora de Jesus. Tenho consciência de que Deus me chama e me envia ao mundo? Como é que eu respondo ao chamamento de Deus: com disponibilidade e entrega, ou com preguiça, comodismo e instalação?

A atitude simples e discreta com que João se apresenta é muito sugestiva: ele não procura atrair sobre si as atenções, não usa a missão para a sua glória ou promoção pessoal, não busca a satisfação de interesses egoístas; ele é apenas uma “voz” anónima e discreta que recorda, na sombra, as realidades importantes. João é uma tremenda interpelação para todos aqueles a quem Deus chama e envia… Com ele, o profeta (isto é, todo aquele a quem Deus chama e a quem confia uma missão) deve aprender a ficar na sombra, a ser discreto e simples, de forma a que as pessoas não o vejam a ele mas às realidades importantes que ele propõe.

Dehonianos

domingo, 6 de dezembro de 2020

Reflexão para o II Domingo do Advento




Com alegria nos preparamos para receber o Senhor; Neste tempo de pandemia, nosso enfoque será mais o Homenageado, já que presentes, decorações, espetáculos e comidas passam a segundo plano.

A primeira leitura, Isaías 40, 1-5.9-11, nos fala palavras de carinho, libertação e incentivo. O Senhor também diz a Jerusalém e a nós que nossa servidão terminou e nossas culpas foram redimidas.

Em seguida nos é mandado preparar o caminho do redentor e prepará-lo na solidão, na intimidade, mas também gritando no lugar bem alto para que todos ouçam e acolham o momento da graça!

Podemos espiritualizar essa perícope e trazê-la para o cunho pessoal de pacificação e amadurecimento de nossa personalidade. Mais que nos libertar o entorno material e embelezá-lo, somos convidados a algo mais profundo, a purificação interna, aquela que nada poderá mudar sem nosso consentimento. Chegou a hora de nossa libertação interior, de nos possibilitarmos a verdadeira, a autêntica felicidade. Do mesmo modo que o banhista que deseja “pegar uma cor” nada precisa a não ser tirar a roupa e deixar o sol trabalhar, também o homem espiritual que desejar crescer internamente, nada deverá fazer, a não ser se colocar diante do Senhor, desnudar-se de proteções e permitir que o Todo Poderoso aja em seu coração e mente. Imaginemos um povo amadurecido, lúcido, disposto a fazer a vontade do Senhor. Será o início da instauração do Reino de Deus.

No Evangelho, o início do escrito por Marcos 1, 1-8 nos é apresentada a figura de João Batista, que congrega em si, todos os apetrechos da primeira leitura, a necessidade de aplainar os caminhos do Senhor, a conversão pessoal e comunitária e acrescenta o batismo com o Espírito Santo a ser realizado pelo Messias, o Redentor e, aí, o surgimento do Reino!

Na segunda leitura, a 2 Pedro 3, 8-14, o príncipe dos apóstolos vai direto ao ponto e nos fala que o dia do Senhor chegará como um ladrão e tudo será dissolvido e desintegrado; daí a necessidade de levarmos a sério as observações da primeira leitura e a transformação do caos da primeira criação no verdadeiro e perene Reino da Justiça, do Amor e da Paz, onde permanecerão os encontrados em uma vida pura e sem mancha e em paz.

Padre César Augusto dos Santos

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Reflexão para o 1º Domingo do Advento

1º Domingo Advento: Reconciliação - Paroquia Bom Jesus

Temos, pela frente, um tempo para reconstruir, restaurar nossa vida de acordo com as virtudes teologais: fé, esperança e amor.

Cidade do Vaticano

Deus nos abençoa, mais uma vez, com as graças de um novo Ano Litúrgico e, mais uma vez, reviveremos, um por um, os grandes mistérios da Vida de Jesus Cristo em favor de nossa redenção.

A Igreja o inicia com o tempo do Advento, a preparação para a vinda definitiva de Jesus e também a celebração da espera pelo seu Santo Natal.

Neste domingo, o primeiro do Advento, a liturgia nos fala de reconstrução. Temos, pela frente, um tempo para reconstruir, restaurar nossa vida de acordo com as virtudes teologais: fé, esperança e amor.

A primeira leitura fala da realização das promessas de restabelecimento da justiça e da paz. Fala do surgimento do descendente de Davi, isto é, do Messias, o Príncipe da Paz.   Contudo Deus deseja que a ação do Cristo seja completada por seus seguidores que, segundo a leitura, são designados pelo sugestivo nome, pela identidade “O Senhor é nossa Justiça”.

No Evangelho, a visão apocalíptica do cosmos quer nos falar do mundo de hoje, onde, por causa do pecado, a desordem, a violência e a angústia se instalaram. Mas a mensagem de Boa Nova é a própria promessa de Jesus de um mundo novo, que irá se realizar com sua chegada e a consequente libertação de todos os seus seguidores.

Nossa postura, enquanto aguardamos essa realização, deverá ser a de pessoas fiéis à sua palavra e à sua ação renovadora e definitiva, isto é, cabeça erguida, rejeição de consolações enganosas e fugazes. Finalizando, o Senhor nos indica a vigilância e a oração. Através dela seremos capacitados ao discernimento e, com isso, a conhecermos onde está a presença salvadora de Deus.

Concluindo, as leituras de hoje nos propõem uma atitude madura frente aos problemas da vida, do dia a dia. Ela deve ser marcada pela fé em Jesus, esperando sua ação restauradora da justiça e da paz. Enquanto isso, deveremos ir praticando a caridade, o amor e, de consequência, esta nossa atitude positiva, já estará realizando a chegada de Jesus, a nossa Justiça.

Vatican News

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O que é surdez espiritual?


Ora, a vida espiritual consiste na reciprocidade para com esta constante voz de Deus chamando-nos: é preciso não só ouvi-la, como corresponder a ela. Porque se é falta de educação não retribuir o cumprimento de alguém com quem nos cruzamos, sobretudo esta atitude é impensável perante Deus.

Devemos ter a postura de Samuel ao escutar o apelo do Senhor: levantou-se de imediato, e disse: Præsto sum — Estou pronto! (cf. I Sm 3, 5).

Por que acontece, então, de ficarmos surdos, se Deus fala com tanta vivacidade e através de tantos meios? A causa principal deste mal é abrir o coração para vozes estranhas, alheias a Deus e que não conduzem a Ele. A impureza, a avidez por dinheiro, o gozo da vida e as concessões feitas ao pecado tornam duro o ouvido espiritual, bem como encardida e entorpecida a alma.

Barbarizado pelo ruído de seus sentidos, perde o homem a audição do Espírito Santo e se torna inteiramente refratário à voz de Deus. Esta nada mais significa para ele, não o impressiona nem lhe toca o fundo da alma.

O surdo espiritual é tão incapaz de compreender os assuntos da Fé, quanto um cão o é em relação aos raciocínios da inteligência humana. O próprio Nosso Senhor Se queixa várias vezes — comprovamos isso ao longo dos Evangelhos — a respeito do povo que ouve, e não entende. Por isso, Ele intimava aqueles que assistiam à sua pregação: “Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!” (Mc 4, 9).
O perigo de cair na surdez parcial

Todavia, existe também a surdez parcial. Ao ouvirmos certos temas espirituais vibramos e até nos emocionamos… mas, em parte. Eis que a linguagem usada pelo mundo, com todos seus atrativos, nos seduz e, por vezes, em lugar de combatermos tais solicitações, as aceitamos. Então, os ouvidos carregados por estes rumores não mais percebem aquela voz divina austera, contudo muito suave e deleitante, desde que saibamos apreciá-la.

Com efeito, como é possível escutar a voz de Deus enquanto estamos com a atenção posta no bulício da internet, das redes sociais e de tantas outras coisas? Como manter-se numa perspectiva que faça crescer a própria fé, se nossos atos são completamente desprovidos de qualquer significado sobrenatural, pois vivemos como ateus práticos? Como ter o pensamento tomado pela grandeza e beleza de Deus quando temos nossa mente presa àquilo que é imoral?

Dois objetivos opostos não cabem na mesma ação do homem: é Deus ou satanás, é o Céu ou o inferno. Isto nos leva a concluir que o mundo, em geral, é muito mais surdo do que, a princípio, imaginaríamos.

Quem hoje em dia fala de Deus? Quem O conserva no centro de suas preocupações? Quantos rezam seriamente? Ora, se não há oração, não há conversa com Deus; se não há conversa com Deus, só há surdez.

Supérfluo é dizer que tal enfermidade traz como consequência o mutismo, ao qual bem podemos dar como significado sobrenatural o esquecimento de glorificar a Deus. O surdo não tem Deus nos lábios e não eleva sua consideração ao Criador; sua conversação é vulgar, orientada para as bagatelas e… com facilidade gosta de falar de si mesmo. É mudo porque, ao entrar em diálogo com o demônio, tornou sua língua inábil para discorrer sobre as verdades da Fé.
O remédio: aproximar-se d’Ele

A estas alturas nos perguntamos: “Qual é o remédio para isto?”. Só o poder de Deus há de sanar quem chega ao estado de surdez e de mutismo espiritual. No meio do tumulto do mundo, das atrações da sensibilidade e das ilusões do demônio, é impossível para um surdo dar-se conta de sua situação espiritual.

Por tal motivo, cumpre tirá-lo das ocupações moralmente perigosas, separá-lo dos maus relacionamentos, levá-lo a desapegar-se de tudo o que o afasta de Deus.

Ou seja, a primeira condição para a cura é unir-se a Deus e apartar-se do mundo. Para perseverar em meio à decadência moral da sociedade atual, é indispensável nunca abandonar a mão estendida por Cristo. Devemos procurá-Lo, pois Jesus nos toca através dos Sacramentos. Qual não será o efeito da Eucaristia — que é Ele em substância —, se a tomarmos com fé e abertura de alma!

Se nosso amor a Jesus por meio de Maria for pleníssimo a ponto de substituir nosso egoísmo, saberemos discernir, em meio à zoeira e às aflições do mundo moderno, a voz da graça.

Mons João Scognamiglio Clá Dias, EP

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Halloween: O problema não está nas fantasias ou doces, esclarece sacerdote



DENVER, 30 out. 20 / 05:00 am (ACI).- Pe. Vincent Lampert, exorcista e pároco na Arquidiocese de Indianapolis, nos Estados Unidos, afirmou em diálogo com a CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que os sacerdotes devem recordar as origens cristãs do Halloween e fazer uma celebração consistente na Véspera de Todos os Santos “em vez de glorificar o mal”.

“Em última instância, não acredito que há nada de ruim que as crianças se fantasiem, vistam-se de vaqueiro ou de Cinderela, pedindo doces nos seus bairros. É uma diversão saudável”, disse Pe. Lampert.

O sacerdote assegurou que o perigo está nas fantasias que glorificam o mal deliberadamente e infundem o medo, ou quando as pessoas pretendem “ter poderes especiais” através da magia e da bruxaria, mesmo por um simples entretenimento.

“No capítulo 18 do livro do Deuteronômio, mencionam sobre não tentar consultar os espíritos dos mortos, nem os espíritos que praticam magia, bruxaria ou atividades relacionadas a elas. Isso seria uma violação de um mandamento da Igreja, ao colocar outras coisas antes da relação com Deus”.

“E esse seria o perigo do Halloween, que de alguma maneira Deus se perde em tudo isso, que a conotação religiosa se perca e, finalmente, as pessoas glorifiquem o mal”, acrescentou.

Também disse que é importante recordar que o diabo e os espíritos malignos não têm nenhuma autoridade adicional no Halloween, embora pareça.

“O diabo age através do que as pessoas fazem, não porque ele em si mesmo faça algo. Talvez, pela maneira de celebrar esse dia, isso na verdade é o que convida o mal a entrar em nossas vidas”, disse.

Finalmente, Pe. Lampert assegurou que uma das melhores coisas que os sacerdotes podem fazer é usar o Halloween como um momento de aprendizagem e explicar às crianças “por que certas práticas não são favoráveis à nossa fé e identidade católica”.

Por outro lado, Anne Auger, uma mãe católica de três filhos, natural do estado de Wisconsin (Estados Unidos), disse à CNA que embora deixasse os seus filhos vestir fantasias e pedir doces, ela sempre verifica as casas por onde eles passarão, deste modo, evita que passem pelas casas que estão enfeitadas “com coisas assustadoras”.

“No ano passado, uma pessoa bateu na porta da minha casa vestida de lobo demoníaco. Às vezes, as pessoas se vestem de bruxas e posso entender isso, mas isso foi um nível totalmente novo, tão diferente de quando nós éramos pequenos”.

Também assegurou que os pais devem ensinar aos seus filhos o significado do Halloween, sempre em relação ao Dia de Todos os Santos.

“Nós falamos com eles que estamos tendo uma festa porque celebramos os santos que estão no céu, e por isso pedimos doces”, acrescentou.

Kate Lesnefsky, outra mãe católica, com filhos de 3 a 16 anos, também permite que eles escolham as suas fantasias para pedir doces, desde que não sejam assustadoras ou tenham uma aparência demoníaca.

No dia seguinte, leva os seus filhos à Missa de Todos os Santos e a família aproveita esta oportunidade para falar sobre o que significa a morte e a santidade.

“Eu tenho uma irmã que morreu aos 19 anos. Então, falamos de diferentes pessoas que sabemos que estão no céu, dos meus avós ou dos diferentes santos”, disse Lesnefsky.'

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Igrejas queimam no Chile: fogo, silêncio e mentira


Redação (21/10/2020 10:52, Gaudium Press) Fato revoltante. “Comemorações” pelo aniversário de um ano dos protestos sociais no Chile: dois templos – a capela dos Carabineiros e a Igreja de Nossa Senhora da Assunção – serviam de “combustível” para iluminar a “festa”, composta de homens e mulheres encapuzados, que se entretinham e exclamavam ao ver os edifícios ruindo pelas chamas.

Impressiona, desde já, o profundo gosto que os manifestantes contemporâneos têm demonstrado por vandalizar o patrimônio religioso – católico, evidentemente – quando seus protestos visam, em princípio, objetivos políticos… Enfim, vamos adiante.

O quadro, que chamaríamos, no mínimo, assustador, estava bem ao gosto de um certo Imperador Nero. Este costumava promover festas, onde os convivas transitavam despreocupadamente em meio a postes de luz, cujo combustível eram seres humanos, todos eles cristãos, sendo queimados vivos!!! Os gemidos de dor dos executados serviam de fundo musical para as comemorações, que se davam, é claro, nos próprios jardins do imperador.

É verdade que, no Chile, até agora só se queimaram edifícios, e infelizmente, estes não têm voz para gritar…

E onde estavam aqueles que poderiam defendê-los?

Um dos templos atacados foi a capela dos carabineiros: há queixas de que não se viu nenhuma atuação significativa por parte deles durante o ocorrido. O curioso é que havia sim carabineiros defendendo um hotel, desativado há um ano, e este permaneceu ileso.

Mais ainda, há militares acusados de estarem presentes, promovendo o ato!

No campo civil, a única medida tomada foi enviar bombeiros para jogar água nas chamas, quando a igreja já estava no chão.

Esperamos que, quando o fogo dos acontecimentos começar a se alastrar – e vai se alastrar – eles não esperem estar tudo reduzido a cinzas para começar a apagar o incêndio.

Silenciosa também foi a reação de tantas outras autoridades que, a muito mais títulos, teriam obrigação de se pronunciar a respeito.

Ora, hoje em dia, com a facilidade de comunicação, não é preciso que um incêndio ocorra no próprio jardim para dele se tomar conhecimento, haja vista as queimadas na Amazônia, tão criticadas em certos meios atualmente…

Deixar de tomar posição diante de um ato desses significa, ou uma ignorância completa dos acontecimentos – o que é menos provável –, ou uma omissão. E, se esta última hipótese for a verdadeira, não será esta omissão um sinônimo de conivência, cumplicidade e encobrimento? Afinal, “quem cala consente”.

Ademais, sabemos que nos jardins onde tanto se fala de queimadas, há muita coisa pegando fogo, e muita gente calada.

Por fim, a mentira: durante a Revolução Francesa, Madame Roland proferiu uma célebre frase, enquanto subia à guilhotina: “Liberdade, liberdade, quantos crimes são cometidos em teu nome!”

Estes atentados que têm sido perpetrados contra igrejas – e, consequentemente, contra a Igreja – costumam ser feitos em nome da liberdade.

Profunda contradição: para defender a liberdade, ataca-se a própria liberdade.

O problema é que mentira tem perna curta. Se aqueles que devem atacar esses atos de vandalismo continuarem sendo omissos, e não tomarem uma atitude séria, daqui a pouco, verão a máscara desses “manifestantes políticos” cair, e por detrás dela, diante deles, estará apenas a guilhotina.

Por Oto Pereira.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Como o Padre Pio tratava a questão do aborto? O que ele pensava do aborto?

Padre Pio, cos'è per te la Messa?” – San Pio da Pietrelcina

Ainda temos bem junto de nós as recentes comemorações referentes ao Santo Padre Pio. O aroma de agradável odor a Deus emanado de sua vida sofrida e santificada ainda nos envolve.

Porém, nunca é demais recordar ou vir a saber coisas novas sobre ele. Seus muitos ensinamentos, muitos exemplos e muita sabedoria deixados como um legado para todos nós, merecem ser recordados, revividos.

Aborto: tema atual, tratado muitas vezes sem os contornos morais e religiosos que lhe são indispensáveis

Muito atual em nossos dias é o tema do aborto. Lamentavelmente, nem sempre ele é colocado no contexto que lhe é devido, ou seja, trata-se pouco do tema do aborto como sendo ele uma temática de contornos morais e religiosos, muito embora ele seja também um tema social e cultural, sem dúvida.

Como o Padre Pio tratava a questão do aborto? O que ele pensava do aborto?

Em certa ocasião numa conversa que teve com um amigo sacerdote, o santo dos estigmas mostrou que considerava essa prática não apenas o assassinato de um ser humano inocente, mas “um verdadeiro suicídio” para a humanidade.

Sem dúvida, uma história que ficou famosa, muito embora tenha surgido em meio a uma conversa (despretensiosa?) entre dois sacerdotes filhos de São Francisco
A conversa aconteceu entre Padre Pio e Frei Pellegrino Funicelli, que a descreveu em seu livro “Jack of All Trades of Padre Pio”, publicado em de 1991.

Padre Pio nega absolvição a uma mulher que praticou voluntariamente um aborto

É verdade, Padre Pio às vezes se recusava a dar a absolvição a um penitente se ele mostrasse uma contrição insuficiente. Estes penitentes, com frequência voltavam e só recebiam a absolvição se dava mostras de um arrependimento sincero.
Na conversa que tiveram, o Pe. Funicelli perguntou ao santo:
–“Hoje o senhor negou a absolvição a uma mulher porque tinha se submetido voluntariamente a um aborto. Por que foi tão rigoroso com esta pobre infeliz? “

Padre Pio respondeu:
–“O dia em que as pessoas perderem o horror pelo aborto será o dia mais terrível para a humanidade.
O aborto não é apenas um homicídio, é também um suicídio.
Não deveríamos ter a coragem de manifestar nossa fé diante daqueles que cometem dois crimes em um só ato? ”.

O senhor disse “Suicídio?”, perguntou o Pe. Pellegrino. E o Padre Pio respondeu aafirmativamente:

–“O suicídio da raça humana será compreendido por aqueles que verão a terra povoada por idosos e despovoada de crianças: Queimados como um deserto”, respondeu Padre Pio. ” (JSG)

Gaudium News


 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Radicados Nele


Como a raiz que busca o centro da terra, escondendo-se para melhor servir e melhor nutrir, prendendo-se com maior força quanto mais se aprofunda, assim deveria ser eu. 

Eu deveria mergulhar-me cada dia mais nas profundezas de Deus, abismando-me na Verdade e na Justiça, prendendo-me cada vez mais, por minhas ações e meus desejos, sem desfalecimentos ao Eterno que me alimenta. Porque o solo em que fui plantado é capaz de me fazer viver. A raiz não escolhe o lugar, mas utiliza-o. O solo onde a Providêncioa me colocou está cheio de seiva que desconheço ou desdenho, e recuso deitar raízes em funções desagradáveis, num meio arenoso e triste, num dever austero, exigente. Sou uma planta altiva e orgulhosa, que se murcha por falta de abandono confiante.

Não queremos entregar a nossa estabilidade, o nosso progresso, o nosso futuro, a nossa felicidade, o nosso ser unicamnete a Deus; e porque fazemos esta reserva, definhamos. 

O nosso meio, por ser nosso, deve ser amado por nós. Onde quer que a Providência nos coloque, aí devemos viver. Estamos enraizados numa imensa bondade inteligente, e a graça de Cristo subirá em nós por todos os canais de nossos desejos.

Ser justo, ser sincero e bom, mesmo quando ninguém nos vê; cuidar bastante do pensamento secreto que nos move, e cuja vulgaridade é por vezes tão culposa; preocupar-se não tanto pela planta visível, que é efêmera, como da subterrânea, princípio e regeneração da outra, não será  isso começar a crescer pela raiz e colaborar com o solo divino?

Por isso, só a Vós entrego o cuidado de me abrigar e dar crescimento. Só de Vós espero a graça de poder lançar raízes no meio providencial que me marcastes, e de me alimentar com meu dever, muito embora rude e de obscuro aspecto.

E quando precisar de mais energia, de mais resignação e mais doçura, e de uma paciência a toda prova, lembrar-me-ei de que é só penetrando mais profundamente em Vós, e dependendo mais estreitamente de Vós, que se podem adquirir todos esses aumentos. 

Pe. Pierre Charles, SJ

domingo, 13 de setembro de 2020

A pandemia do coronavírus pode levar os católicos a abandonar a frequência à Missa?


Um sinal de alarme e alerta: a pandemia pôs a descoberto e acentuou o abandono da celebração dominical pelos católicos e por parte das novas gerações? ”

Fátima – Portugal ( 09/09/2020, 13:00 – Gaudium Press) O Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, Cardeal Dom Antônio Marto, acaba de lançar uma Carta Pastoral intitulada “A Eucaristia, Encontro e Comunhão com Cristo e os Irmãos”.

A pandemia acentuou a tendência de abandonar a Celebração da Santa Missa?

Na Carta Pastoral que norteará o biênio 2020-2022 na Diocese de Leiria-Fátima, o Cardeal alerta que a pandemia poderia estar acentuando uma tendência nas novas gerações de abandonar a celebração da Santa Missa.

O Purpurado recorda que “o tema da Eucaristia, na sua amplitude, aponta para o essencial da fé cristã: Jesus Cristo que, no Sacramento do Altar, é o coração da Igreja e alimento de vida espiritual para os fiéis”.

Dom Antônio revela que “muitas pessoas ainda estão reticentes em participar na celebração dominical, dominadas pelo medo ou pelo comodismo” e expressa sua “tristeza e preocupação, particularmente com a ausência de pais, crianças e jovens”.
As novas gerações abandonarão a celebração dominical?

A pergunta que o Cardeal faz logo em seguida é se esse não seria “o sinal de alarme e alerta de que a pandemia veio pôr a descoberto e acentuar o que já estava acontecendo, isto é, o abandono da celebração dominical por parte das novas gerações? ”

Na pandemia, o longo confinamento abalou profundamente o espírito dos fiéis

“Nunca tínhamos imaginado ver as igrejas vazias, suspensas as celebrações comunitárias, a catequese e tantas atividades. A impossibilidade de aproximar-se dos sacramentos, de receber a comunhão sacramental, de se encontrar com os irmãos e irmãs em comunidade, de celebrar um funeral religioso digno aos entes queridos falecidos, de viver confinados a Quaresma, a Páscoa e todo o tempo pascal, tudo isto constituiu uma dura provação”, recorda e lamenta o Bispo de Leiria-Fátima.

Fomos levados a fechar muitas igrejas, proibir a Missa com a presença dos fiéis. “O longo período do confinamento abalou profundamente as nossas comunidades”, declara em sua Carta Pastoral o Cardeal Antônio Marto.

Na pandemia: solução precária que pode levar à tentação do comodismo ou da virtualização da Missa

Em sua Carta Pastoral, o Purpurado reconhece que um o confinamento trouxe “provas de criatividade pastoral para alimentar a fé e manter vivo o sentido de comunidade nos fiéis”.

Surgiram oportunidades, como a vivência da “experiência da fé em família e como família, qual pequena Igreja doméstica”; e também “evidenciou a necessidade da personalização da fé”. Houve também o surgimento de transmissões pelos meios de comunicação, permitindo “estar unidos espiritualmente e fazer a comunhão espiritual”. “Porém, sentíamos na pele e no coração que não era a mesma coisa que uma celebração presencial e comunitária”, diz o Cardeal que logo faz uma alerta:

Agora, com o retorno das Missas presenciais é preciso “estar atentos e evitar a grande tentação do comodismo ou da virtualização da Missa, pensando que basta segui-la comodamente em casa. A celebração da fé é incarnada, presencial, comunitária, relacional, de encontro, de afeto, de comunhão de irmãos e irmãs”.

A pandemia deixou heranças: falta de encanto e devoção para com a Eucaristia; indiferença, abandono das celebrações dominicais

Dom Antônio Marto observou que se vive atualmente na Igreja “uma situação de ‘emergência eucarística’” não oriunda “de heresias doutrinais como no passado, mas sobretudo pela indiferença e consequente abandono da celebração dominical como se fosse algo meramente opcional ou mesmo um fardo”.

“Constatamos a falta de enlevo, encanto, amor, atração e devoção a este sacramento, uma verdadeira desafeição e até desamor por parte de muitos cristãos que se afastam da celebração”, constatou.

Além da pandemia, o que contribuiu para o abandono da devoção Eucarística?

Segundo o Bispo, contribuem para este abandono “fatores de ordem social, cultural, familiar, próprios do mundo e deste tempo em mudança”.

Entretanto, sublinhou, “as razões mais profundas são o esmorecimento da fé, a ignorância do verdadeiro significado deste sacramento para a vida cristã e também a falta de qualidade de certas celebrações”.

Nesse sentido, o Purpurado indicou que “é fundamental descobrir e aprofundar a riqueza e a beleza do conteúdo e do significado que estão presentes na celebração eucarística e que dão sentido pleno à vida de cada cristão e da Igreja”. (JSG)

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

O Cardeal que se "confessou" com um leigo

 

-Ajoelhado no confessionário, o rosto banhado por um suor frio, um homem maduro desfiava hesitante suas falhas e pecados diante do confessor…

Na penumbra do confessionário apenas se distinguia uma figura imponente que infundia ao mesmo tempo confiança e respeito. Era o ilustre Cardeal Mercier, Arcebispo de Malines (Bélgica). De
pois de ouvir a confissão, o Cardeal sussurrou ao ouvido de seu penitente:
– Contaste-me os segredos de tua vida, agora eu vou te contar o meu!

O homem ficou assustado!
– Será que o cardeal vai confessar-me os seus pecados?

Apurou o ouvido e prestou atenção…

– Vou te revelar um segredo de santidade e de felicidade: todos os dias, durante cinco minutos, guarda a tua imaginação, fecha teus olhos a todas as coisas sensíveis, teus ouvidos aos ruídos do mundo, e recolhe-te ao santuário de tua alma batizada, que é templo do Espírito Santo e fala assim com Ele: “Eu vos adoro, ó Espírito Santo, alma de minha alma! Iluminai-me, guiai-me, fortificai-me, consolai-me. Dizei-me o que devo fazer e ordenai-me que o faça. Prometo-vos submeter-me a tudo que desejais de mim e aceitar tudo quanto permitirdes que me suceda: fazei-me sempre conhecer somente a vossa vontade.”

– Mas… Sr. Cardeal, para mim, será que isso dará certo?

– Se fizeres isso, tua vida transcorrerá feliz, serena e cheia de consolações, mesmo em meio às penas, pois a graça será proporcional à prova e receberás força para vencê-la. Assim chegarás às portas do Paraíso cheio de mé¬ritos; essa submissão ao Espírito Santo é o segredo da santidade!

E… para mim que estou lendo este artigo, servirá este conselho? Eu que sou uma pessoa comum… que não tenho a virtude dos santos?

Não se esqueça leitor, que o santo é alguém como nós, que quis cumprir com coerência o chamado de Deus, de acordo com o seu estado, como dizia nosso querido Papa João Paulo II: “Irmãos e irmãs… não tenhais medo de ser santos! Construí uma era de homens santos deste século, que se di¬rige ao seu fim, e do novo milênio” (ACI, 16-6-99).

Mas, como alcançar uma meta tão alta? A resposta nos é dada pelo Cardeal belga: “a submissão ao Espírito Santo é o segredo da santidade”.

É ao Espírito Santo que se atribui a nossa santificação. A sua ação em nossas almas é, portanto, de primordial importância para alcançarmos o progresso na vida espiritual.

O Espírito Santo é quem nos concede os dons tão necessários para nossa santificação: a Sabedoria, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus.

A Sabedoria é o dom pelo qual conhecemos as coisas como Deus as conhece.

Quantas vezes lemos a Bíblia, ou alguma outra obra de vida espiritual e temos dificuldade em entender o profundo significado das palavras divinas?

O dom do Entendimento nos auxilia a entender e viver aquilo que conhecemos através de nossos sentidos.

Como é útil um bom conselho… Mas, como dar bons conselhos? O Espírito Santo faz brotar o conselho no coração e nos lá¬bios daquele que recebe este dom. É um dom gratuito, que a pessoa recebe não para si, mas pa¬ra auxiliar o próximo.

A Fortaleza é o dom que nos sustentará nas duras lutas e aflições que nos esperam nas curvas da vida!

O dom da Ciência, é um conhecimento da Criação por uma infusão direta do conhecimento divino.

O dom da Piedade nos dará o gosto pelas coisas espirituais.

E, por fim, o dom do Temor de Deus, nos faz ter sempre presente o respeito devido a nosso Criador, evitando, assim, que nos afastemos d’Ele.

Leitor amigo, devoto do Espírito Santo, guarde para si este conselho de tão sábio e piedoso homem de Deus!
Talvez este segredo, que você agora conheceu, venha a ser a chave de sua perfeição e o caminho de sua felicidade!

Por Alexandre de Hollanda Cavalcanti

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O Brasil precisa do compromisso cristão centrado no Evangelho

Diante das dificuldades que o Brasil está enfrentando, é preciso que todos os cristãos se mobilizem e exerçam a sua responsabilidade de seguir, anunciar e imitar a Cristo no mundo. Nosso País precisa disso mais do que nunca! Além de ser uma das nações mais desiguais do mundo (fruto, sobretudo, da história de escravidão mais longa e mais extensa da História recente), o Brasil vem enfrentando uma crise econômica, política e sanitária. É o segundo País em pior situação do mundo em termos de contaminação e mortes pela COVID-19. A população desempregada cresce com a crise. Do ponto de vista político, duas correntes de pensamento correm em grande velocidade, e suas vertentes mais ideológicas sacodem os brasileiros de fora, mas também os de dentro da Igreja.

É salutar que existam visões diferentes e pluralismo, porém, para a Igreja, se seguirmos a sabedoria expressa em sua Doutrina Social, o cair numa ou noutra ideologia é idolatria, como já dissemos em artigos anteriores. E as consequências são graves para uma nação quando adequada os próprios cristãos correm o risco de se apoiar em uma ideologia e não na única resposta  e exaustiva para todos os seres humanos, que é o próprio Cristo.

Qual o perigo da ideologia, seja ela de esquerda, seja de direita? A ideologia é uma construção feita por um conjunto de pensamentos e visões que tende a se autoavaliar como “perfeita”, “correta”, “exata” e que, portanto, deve ser seguida de forma “absoluta”, como única saída para os problemas da vida e, consequentemente, do País. Dizendo brevemente, para quem se apoia e propaga uma ideologia, há o “salvador da pátria da esquerda” ou o “salvador da pátria da direita”, e em um ou outro está a resposta para os nossos problemas.

A ideologia, por ser absolutizante, tende, aos poucos, a acabar com a democracia e a necessária e fundamental alternância de poder. Numa visão ideológica, a ação política, seja de esquerda, seja de direita, tende a ser o exercício do poder pelo poder. E se passa a fazer qualquer coisa para mantê-lo. Por isso, é fundamental a alternância de poder. Porque o poder, qualquer um, deve sempre ser relativo. Só o poder de Deus encarnado, Cristo, é absoluto.

A ideologia faz com que a esperança cada vez menos se deposite em Cristo, presente e atuante na História, e cada vez mais “nesse” ou “naquele” partido. Cristo? Sim, existe! Não conta muito na vida social concreta, no entanto. Ele fica distante dos nossos problemas reais e cotidianos. Como se não estivesse presente. Nem fosse, de fato, o único Senhor da História. É muito fácil e comum, atualmente, relegar Cristo para o plano espiritual e somente no fim de semana, no ambiente paroquial. No dia a dia, são “outras forças” que movem a História, e, por isso, apoiamo-nos nelas.

Enquanto a democracia desmorona, a pobreza, as mortes e o desemprego aumentam, assim como as rivalidades entre os brasileiros. Nós, que amamos a Igreja e temos consciência do seu papel único na História, devemos nos unir para nos educar todos a voltar os olhos para o que dizem as Escrituras Sagradas e para o ensinamento de como viver o que ali está descrito: como gerar o bem comum, o amor entre as pessoas, o cuidado com todos e não só consigo mesmo ou com a própria família, como amar o inimigo e como construir uma nação. Por isso, o Brasil precisa, mais do que nunca, que a Igreja se una e se mobilize para ajudar o povo neste momento tão difícil. O caminho para sairmos da situação em que estamos é a educação do povo. E a Igreja tem, nessa educação, uma responsabilidade única!

Ana Lydia Sawaya

 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Evangelho do dia 04-08-2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

O poder dos introvertidos

 O que você pensa sobre os introvertidos está provavelmente errado

Num mundo que ovaciona os extrovertidos e falantes, vale à pena assistir a este vídeo e entender a dinâmica e o valor do introvertidos.

https://www.ted.com/talks/susan_cain_the_power_of_introverts?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Se numa cidade se ateasse fogo

Se o Covid-19 não conhece fronteiras, fé, esperança e caridade ...
Se numa cidade, nos mais diferentes pontos, se acendesse o fogo que Jesus trouxe à terra, e esse fogo, graças à boa vontade dos habitantes resistisse ao gelo do mundo, teríamos em breve a cidade acesa do amor de Deus. 

O fogo que Jesus trouxe à terra é Ele mesmo, é caridade, aquele amor que não só une a alma a Deus, mas as pessoas entre si. Duas ou mais almas, fundidas no nome de Cristo, que não só não têm medo nem vergonha de se comunicarem recíproca e explicitamente o seu desejo de amor a Deus, mas que fazem da unidade entre si em Cristo o seu ideal, são uma potência divina no mundo.

E, em cada cidade, essas pessoas podem surgir na famílias: pai e mãe, filho e pai, nora e sogra; podem se achar nas paróquias, nas escolas, nos escritórios, em toda a parte. Não é necessário que já sejam santas, porque Jesus o teria dito; basta que estejam unidas em nome de Cristo e jamais venham a faltar a essa unidade. 

Naturalmente, estão destinadas a ficar por pouco tempo duas ou três, porque a caridade é difusiva por si mesma e aumenta em proporções desmedidas. Cada pequena célula acesa por Deus num ponto qualquer da Terra, espalhar-se-á necessariamente e a Providência distribuirá essas chamas, essas almas chamas, onde lhe aprouver, a fim de que o mundo seja restaurado em muitos lugares ao calor do amor de Deus, e recupere a esperança.

Chiara Lubich

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Fátima: «Precisamos uns dos outros», sublinha bispo auxiliar do Porto

Santuário de Fátima: Peregrinação internacional de julho

“Ainda debaixo da nuvem da pandemia, que nos escondeu e nos trouxe incerteza e preocupação, e ainda continua a esconder, a mensagem de Fátima recorda-nos o desafio que a história e a humanidade tanto esquecem: precisamos uns dos outros. Precisamos uns dos outros”.

A mensagem deixada em Fátima por D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto na homilia da missa de encerramento da peregrinação internacional aniversária do 13 de julho.

O prelado reafirmou os pedidos de Nossa Senhora de Fátima na terceira aparição, em julho de 1917, e falou da promessa deixada em Fátima da vitória definitiva do “coração da Paz, do Bem, da Bondade”.

“Queremos sacrificar-nos uns pelos outros? Queremos ser oferenda e oferta, uns pelos outros? Não se trata de sacrifícios de vítimas, ou bodes expiatórios, mas irmãos que por amor se oferecem uns aos outros, nos gestos pequenos do dia a dia”, disse o prelado.

“Hoje também o quereis dizer a cada um de nós: ‘O meu Imaculado Coração triunfará, o meu Imaculado Coração triunfará!’. No meio desta pandemia, no meio das nossas incertezas; no meio dos nossos sofrimentos; no meio das nossas dificuldades laborais e econômicas; no meio das nossas inseguranças e medos. Tu, Senhora de Fátima, continuas a dizer-nos: ‘O meu Imaculado Coração triunfará’”, precisou o bispo auxiliar do Porto.

Já na celebração de véspera, na vigília desta peregrinação D. Vitorino Soares evocou as questões e sofrimentos gerados pela atual pandemia e desafiou à confiança em Deus, perante interrogações face ao futuro.

A celebração das aparições do 13 de julho de 1917 centrada na descrição da Irmã Lúcia, lembra “o pedido de Nossa Senhora de voltarem, no dia 13 seguinte; a insistência na oração do terço, para o abrandamento da guerra; os pedidos da Lúcia para a cura de algumas pessoas próximas; e a promessa de Nossa Senhora de fazer um milagre, em outubro, para que todos acreditassem”.

Vatican News
 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

domingo, 28 de junho de 2020

O Espírito Santo nos renova




O Espírito Santo é aquele que organiza o Cosmos. “A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. Disse Deus: haja luz. E houve luz”. (Gn 1, 1-3)

Somos criaturas vindas das mãos de Deus, do seu querer. Assim, precisamos da força da mãos criadoras de Deus para continuarmos vivos, para respirarmos. Somos mantidos em nosso ser pela vontade de Deus. Que coisa tremenda e tão despercebida pelo homem...

Mas Deus não nos deu a vida para que a vivamos de qualquer jeito. Ele deseja que voltemos para Ele, que percebamos que para viver bem precisamos estar perto de nossa fonte geradora de vida: Ele mesmo. Quando decidimos nos afastar da fonte criadora, a morte começa rondar nossa alma, porque descuidamos de um princípio básico da natureza: o ramo que é cortado da planta não tem mais seiva para nutrir-se, e fenece.

Precisamos ser renovados, restaurados, precisamos mudar, voltar aos mandamentos: “Porque o mandamento é uma lâmpada, a instrução é uma luz, e a advertência que disciplina é caminho de vida” (Pr 6,23). Somos às vezes como as águas desorganizadas e mortas de antes da Criação que necessitam da presença do Espírito que lhes dê vida, forma, ordem.

A vida é um patrimônio de Deus. Só Ele a cria, só Ele a encerra. Portanto, hoje, ainda vivendo a tribulação da pandemia, precisamos nos responsabilizar por aqueles que ainda não entenderam que só Deus está no controle de todo o orbe. Há muito sofrimento, muitas perdas, e como irmãos, devemos nos ajudar, nos socorrer. E podemos fazer muito rezando pelos que não rezam, iluminando o nosso entorno com amor, gentileza e solidariedade. O céu também nos ajuda através da intercessão dos santos que pedem a Deus em nosso favor.

A vida é breve. Tenhamos nosso olhos voltados para a eternidade, trabalhando desde já para que o maior número de almas se salve.

Malu e Eduardo Burin