domingo, 29 de abril de 2018

"A religião cristã é a mais perseguida no mundo", segundo bispo de Basileia




O bispo da Basileia (Suíça), Dom Kurt Koch, em um artigo publicado na Itália pelo Giornale del Popolo, afirma que «80% das pessoas perseguidas hoje por sua fé no mundo são cristãs». 

“A religião cristã é hoje a mais perseguida no mundo. Só em 2008, dos cerca de 2,2 bilhões de cristãos, 230 milhões sofreram discriminações, marginalizações, hostilidade permanente e inclusive perseguições por causa de sua fé”, acrescenta. 

Como documenta o informe deste ano, “Liberdade religiosa no mundo”, de Ajuda à Igreja que Sofre, as perseguições aos cristãos acontecem sobretudo nas ex Repúblicas Soviéticas, na República Popular Chinesa e nos países vizinhos, assim como em vários países árabes e norte-africanos. 

Ao menos em 25 países, os cristãos são maltratados, presos ou mortos por sua fé.

Para Dom Koch, é “particularmente triste que em nossos países ocidentais esta tragédia nem sequer seja conhecida pelos próprios cristãos. Uma razão deste desinteresse pode ser o fato de que, enquanto os irmãos perseguidos proclamam publicamente sua fé, nós a tenhamos reduzido a um assunto privado”. 

“Nós nos fechamos em nossos problemas internos e não tomamos seriamente em consideração nossa missão pública na sociedade, na política, no Estado, quando não a esquecemos totalmente”, acrescenta o prelado. 

Recordando as palavras de Bento XVI, segundo as quais “se os cristãos se resignam a considerar fé e Igreja como assunto privado individual, então a própria fé perde força”, Dom Koch afirma que “quanto mais a religião se converte em um assunto privado, mais perde sua alma”. 

Recentemente aconteceu um curso sobre religiões, promovido pela Associação Movimento Donna (A.M.D.), com a colaboração da Universidade de Roma Tor Vergata e a sala de imprensa do Conselho Nacional de Investigação italiano (CNR), no qual se tratou sobre as perseguições religiosas, em particular contra os cristãos. 

Segundo Marco Ferrazzoli, chefe da sala de imprensa do CNR, inclusive na Itália, onde o cristianismo é sólido, está surgindo uma certa intolerância para com o Papa e a hierarquia eclesiástica. 

A propósito disso, Ferrazzoli recordou a falida conferência do Papa na Universidade «La Sapienza» de Roma e as ameaças, não só verbais, dirigidas contra o cardeal Angelo Bagnasco. 

Zenit
 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Papa assegura que não existe uma evangelização de poltrona e propõe 3 chaves


VATICANO, 19 Abr. 18 / 10:30 am (ACI).- O Papa Francisco explicou que não existe "evangelização de poltrona" e propôs 3 chaves para levar o anúncio de Deus a qualquer lugar do mundo.

Na homilia pronunciada na manhã de hoje durante a Missa na Casa Santa Marta, o Santo Padre sublinhou que os cristãos têm "a obrigação" e a "missão" de evangelizar pedindo para ser "atentos ao Espírito" para "sair "e demonstrar" proximidade às pessoas”. Para isso, temos que começar “da situação concreta”, não de uma “teoria”.

O Pontífice comentou a leitura dos Atos dos Apóstolos, a qual Felipe "se levanta" e vai evangelizar.

Assinalou que depois do martírio de Estevão, “começou uma grande perseguição” para os cristãos e “os discípulos se espalharam por todos os lados”, na Judeia, em Samaria. Mas justamente aquele “vento da perseguição” levou os discípulos a irem “além”.

“Assim como faz o vento com as sementes das plantas, as leva além e semeia, assim aconteceu aqui: eles foram além, com a semente da Palavra, e semearam a Palavra de Deus”.

“E assim podemos dizer, brincando um pouco, que nasceu a ‘propaganda fide'. Assim. De uma perseguição, de um vento, os discípulos levaram a evangelização. E este trecho que hoje lemos, dos Atos dos Apóstolos, é de uma grande beleza. Mas é um verdadeiro tratado de evangelização. Assim o Senhor evangeliza. Assim o Senhor anuncia. Assim o Senhor quer que evangelizemos”.
Em seguida, Francisco sublinhou três palavras-chave que descrevem como o Espírito impulsionou Filipe a evangelizar: "levante-se", "aproxime-se" e "parte da situação concreta".

“É o Espírito que diz como você deve ir para levar a Palavra de Deus, para levar o nome de Jesus”.

Nesse sentido, sugeriu que "não existe uma evangelização de poltrona”. “Levante-se e vai, vai ao lugar onde você deve anunciar a Palavra”.

O Papa recordou que muitos homens e mulheres que deixaram pátria e família para evangelizar: “despreparados fisicamente, porque não tinham os anticorpos para resistir às doenças daquelas terras” e morriam “martirizados”. São “mártires da evangelização”.

Em sua opinião, não existe “vade-mécum da evangelização”, mas é preciso “proximidade”, aproximar-se “para ver o que acontece” e partir “da situação”, não de uma “teoria”.

“Não se pode evangelizar em teoria. A evangelização é um pouco corpo a corpo, pessoa a pessoa. Parte-se da situação, não das teorias. E anuncia Jesus Cristo, e a coragem do Espírito o impulsiona a batizá-lo. Vai além, vai, vai, até que sente que acabou a sua obra”.

“Isto é o que a evangelização faz. Essas três palavras são fundamentais para todos nós cristãos, que devemos evangelizar com a nossa vida, com o nosso exemplo e também com a nossa palavra”.

“É um método simples, mas é o método de Jesus. Jesus evangelizava assim. Sempre em caminho, sempre na estrada, sempre próximo às pessoas, e sempre partia de situações concretas, das concretudes. Somente se pode evangelizar com essas três atitudes, mas sob a força do Espírito. Sempre o Espírito nem mesmo essas três atitudes servem. É o Espírito que nos impulsiona a nos levantar, a nos aproximar e a partir das situações”.

ACI

sexta-feira, 13 de abril de 2018

segunda-feira, 9 de abril de 2018

terça-feira, 3 de abril de 2018