sábado, 27 de dezembro de 2014

Ainda há tempo?


 
Celebramos neste domingo a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. É a festa do Instituto Santa Família. Este Instituto foi gerado no coração de Pe. Alberione para a consagração, em caráter secular, de casais que procuram seguir a Jesus de perto.
 
Numa época em que os índices econômicos regem a vida da pós modernidade, e a cadência da vida é medida pelo preço dos barris de petróleo e pela cotação do dólar, fica difícil falar nos valores que constituem os pilares da família.
 
Hoje, por conta das exigências profissionais e das necessidades de sobrevivência, é comum que as famílias já não se reúnam mais à mesa, ou simplesmente para se falarem, ou passarem um tempo juntas. Como é possível que tenhamos assentido com este estado de ausência que gerou tantos orfãos de pais vivos? Nossas crianças e nossos jovens estão muitas vezes à mercê das mídias como seus modelos e conselheiros. Já não temos mais compromisso com a educação deles. Esta vai acontecendo circunstancialmente pela escola, pelos redes sociais e pelos amigos.
 
Quando sobra um tempinho para o encontro entre pais e filhos, esta oportunidade frequentemente é trocada pelas idas aos shopping centers onde o diálogo sempre é substituído por algum agrado material.
 
Como é que podemos ter tranquilidade se não sabemos o que tem alimentado a cabeça e os desejos destes filhos? Como vamos acompanhar seu crescimento se não assumimos a responsabilidade que nos compete, e pela qual responderemos diante de Deus?
 
Olhemos para a Sagrada Família. Olhemos para este modelo das virtudes domésticas vividas perfeitamente: gratuidade, gentileza, trabalho honesto, humildade, vida de oração, respeito, valorização do outro, enfim tudo aquilo que é o esteio da família.
 
Peçamos a intercessão de Jesus, Maria e José, para que ainda haja tempo de recolhermos com nossos braços e orações a nossa família.
 
Malu

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O que Maria não sabia


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O primeiro presente de Natal


 


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

São José e o Natal

 

O Natal está próximo e acho importante considerar o papel de São José em todo o processo da encarnação de Jesus até a noite feliz de seu nascimento.

São José era um homem de vida interior, um homem justo e temente a Deus.  Ele foi escolhido para desposar uma mulher sabendo que não coabitaria com ela, em virtude de um voto de consagração total que ela fez a Deus. Isso não o impediu de amá-la com um profundo amor, nem de assumir a maravilhosa missão de pai adotivo do Menino Jesus.

Fico imaginando os sentimentos de Maria e de José nos dias que antecederam o nascimento de Jesus. Na sua pobreza, como devem ter se empenhado para preparar tudo com um carinho quase que sobrenatural, aguardando a entrada do Filho de Deus no mundo. Será que perdiam o sono? Será que ficavam imaginando como iriam pegar "Deus" no colo? Será que os paninhos e as vestes do bebê conseguiriam envolver o infinito? Era tudo tão inusitado, tão sem referências... Como agir, como fazer?

Quantos pensamentos não povoavam o pensamento destes pais de primeira viagem... E, no entanto, para muito além destas situações humanas, o céu estava para se romper do útero de Maria, e vir à luz sob a forma de um bebê igual a tantos que já vimos. O Deus Menino habitando naquele ventre virginal, tomou as características de DNA de Maria, foi formado com os nutrientes do sangue de Nossa Senhora, e veio ao mundo para nos salvar e nos falar de Deus.

São José foi o referencial masculino de Jesus. Foi o pai humano que o sustentou com o suor do seu labor, que brincou com Ele, que o ensinou o ofício da carpintaria, que deve ter se encantado com seus primeiros passinhos, e que ficou imensamente comovido ao ouvi-lo chamar de pai. São José acompanhou cada momento da vida de Jesus, enquanto esteve entre eles. Por isso ele é o Patrono das Famílias, aquele que zela pela vida familiar fundada nos valores do Evangelho, porque ele viveu na família onde Deus habitou, e tem, junto ao seu Filho adotivo um lugar de predileção.

Nesta caminhada que já segue adiantada para o Natal, olhemos com carinho para São José. Ele foi um homem corajoso e entregue à vontade de Deus. Foi um pai heroico que soube enxergar os desígnios do Pai e não hesitou, mesmo angustiado diante dos perigos que rondaram a vida do pequeno Jesus, em seguir na noite escura para fazer a sua parte naquele que, até hoje, é um mistério de amor insondável para nós.

No presépio pequenino, Deus se fez nosso irmão. Acolhamos também a São José como nosso protetor e guarda de nossas vidas. Aquele que foi responsável pela vida, pelo sustento e pela segurança do Menino Deus, não nos deixará nos perigos, nas aflições, na construção da paz em nosso lar.

São José, rogai para que este Natal nos traga a graça da conversão.

Malu

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Imaculada, aquela que nunca pecou




Celebramos hoje a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, dia santo de guarda, e festa que se encaixa perfeitamente no espírito do tempo do Advento. Estamos aguardando o nascimento de Jesus, nosso Salvador, portanto cabe aqui compreender donde brotou a iniciativa deste mistério de amor que nos envolve tão ternamente.

Desde que o pecado original nos privou da amizade e da graça de Deus, o homem vinha aguardando ansiosamente que algo, ou alguém, pudesse oferecer um sacrifício expiatório que nos alcançasse o perdão da culpa original, e nos colocasse na graça de Deus. Na verdade sabemos que Deus sempre ofereceu aliança aos homens, e toda quebra desta aliança sempre aconteceu pela infidelidade humana. 

Antes que o pecado original acontecesse Adão e Eva viviam em um paraíso terrestre, e eram dotados de uma inteligência tão elevada que ultrapassa nossa compreensão. Depois da queda pelo pecado cometido, eles foram privados deste paraíso e passaram a ter que lutar por aquilo que lhes era oferecido de graça: o saber sem estudo, a alimento conseguido sem trabalho ou o suor da lida, a harmonia perfeita da criação, o convívio  humano sem a malícia ou a maldade, os afetos que não estavam submetidos às paixões e  aos desejos desordenados. Depois que pecaram, Adão e Eva foram expulsos do paraíso.

Nosso Criador, em sua infinita misericórdia, resolveu enviar seu Filho para que, assumindo todos os pecados da humanidade de todos os tempos, pudesse restabelecer novamente este laço rompido pelo pecado de nossos primeiros pais. Diga-se de passagem, que não haveria necessidade de enviar Jesus para isso. Sabemos que em sua onipotência Ele poderia de mil outras maneiras providenciar isso sem provocar qualquer sofrimento a seu Filho.

Contudo, querendo nos provar seu amor, enviou-nos o Cristo para que assumindo a natureza humana completasse seu desígnio amoroso em nosso favor. Jesus portanto, é o novo Adão, o pai da humanidade redimida que obedece aos planos do Criador, em contraposição a Adão que os desobedece.

Chegamos ao ponto crucial. Para se encarnar, Jesus precisava de uma mãe digna de sua santidade, que fosse imaculada, completamente livre do pecado original. Esta mulher é Maria, que foi concebida no ventre de sua mãe Ana, totalmente livre da nódoa do pecado original. Ela jamais pecou, e junto a seu Filho sempre esteve isenta do pecado.

Assim sendo, Maria é a nova Eva, aquela que se colocou completamente a serviço de Deus. Aquela que nunca obstou em nada ao Pai, aquela que obedeceu.

Esta festa vai dando o tom do Natal, vai sinalizando o que realmente é festejado na contemplação da simplicidade e entrega dos corações de Mãe e Filho. Mesmo na pobreza, e na falta de tudo, entregam-se à vontade de Deus sem reservas, sem nenhuma hesitação.
Deixam-se conduzir do presépio até o Calvário sempre buscando servir, espalhando o bem completamente esquecidos de si. 

Vamos continuar nosso itinerário rumo ao encontro com Jesus e sua Mãe no Natal. Peçamos à Imaculada Virgem "Maria que  traga sua luz celeste que se difunde placidamente nas almas, mesmo que nelas haja trevas e ignorância. Maria suaviza os corações, leva-os à prática do bem, santifica os costumes, difunde o bem querer entre todos".  
(Pe. Alberione em Pensamentos pg. 48)

Malu e Eduardo