A abundância de reflexões sobre a misericórdia é oferecida, nestes tempos, em todas as partes do mundo. De caráter universal as reflexões vêm acompanhadas de gestos expressivos e significativos desde os pequenos aos adultos, dos pobres aos ricos. Todos são convidados para o banquete da reconciliação, a "festa da misericórdia".
Dentre várias abordagens está aquela de perceber qual a verdadeira necessidade das pessoas, e que, tantas vezes, elas não sabem manifestar. É a sede de algo a mais, é a fome de um pão que não perece, é a libertação de cadeias intrincadas e manipuladoras, é a proximidade que expele a solidão, é a veste da pureza e da verdade substituindo o falso e as meias verdades.
Um pequeno grande santo, o Beato Tiago Alberione, percebeu a profundidade e a exigência da misericórdia por excelência - dar ao mundo Jesus Mestre e Pastor. Este sim é aquele que ama, que cura, que é o Caminho, a Verdade e a Vida, de quem as pessoas tanto precisam e muitas vezes não sabem buscar. E Alberione como homem do Espírito, seguiu sua inspiração e deixou a mesma percepção e vocação para os continuadores de sua missão - a Família Paulina.
A essa grande Família ele confiou a missão de perguntar: "Para onde vai essa humanidade?" Alberione compreendeu que é no mundo da comunicação que as pessoas se alimentam, se vestem, se plasmam na verdade ou na mentira, constroem muros ou os derrubam, criam ou distorcem suas consciências, enfim, nutrem e formam suas mentes, suas vontades e seus corações.
Pediu então aos seguidores de jesus, no carisma paulino, que praticassem a "misericórdia por excelência", dar Jesus.
É preciso lutar para criar uma consciência ética que forma, alimenta e constrói uma sociedade que viva a vocação primeira: ser gente. A começar com o mundo da comunicação.
Vale então a pergunta: No mundo da comunicação, somos apenas vítimas? Ou realmente nos assentamos no "banquete da misericórdia", para darmos Jesus Mestre e Pastor de forma atual, criativa e corajosa?
Irmã Joana T. Puntel, fsp
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