segunda-feira, 22 de outubro de 2018
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Doze ensinamentos do Papa Francisco sobre Nossa Senhora
Toda a existência de Maria é um hino à vida
Nosso caminho de fé está unido de maneira indissolúvel a Maria, desde o momento em que Jesus, morrendo na cruz, entregou-a a nós como Mãe.
O Papa Francisco, em cada uma de suas homilias sobre
Nossa Senhora, nos garante que Maria vela por todos e cada um de nós,
como mãe e com uma grande ternura, misericórdia e amor, e sempre nos
incentiva a sentir seu olhar amável.
Apresentamos, a seguir, alguns dos ensinamentos do Papa Francisco sobre Maria:
1. Um cristão sem Maria está órfão. Também um cristão sem a Igreja é
um órfão. Um cristão precisa destas duas mulheres, duas mulheres mães,
duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus.
2. Maria faz precisamente isso conosco: nos ajuda a crescer
humanamente e na fé, a ser fortes e a não ceder à tentação de ser homens
e cristãos de uma maneira superficial, mas a viver com
responsabilidade, a tender cada vez mais ao alto.
3. Ela é uma mãe que ajuda os filhos a crescerem, e quer que cresçam
bem. Por isso, educa-os a não ceder à preguiça (que também deriva de
certo bem-estar), a não conformar-se com uma vida cômoda que se contenta
somente com ter algumas coisas.
4. Maria nos dá saúde. Ela é a nossa saúde.
5. É a mãe que cuida dos seus filhos para que cresçam mais e mais,
cresçam fortes, capazes de assumir responsabilidades, de assumir
compromissos na vida, de tender a grandes ideais.
6. Maria é mãe, e uma mãe se preocupa sobretudo com a saúde dos seus
filhos. A Virgem protege a nossa saúde. O que isso quer dizer? Penso
sobretudo em três aspectos: Ela nos ajuda a crescer, a enfrentar a vida,
a ser livres.
7. A Virgem Maria educa seus filhos no realismo e na fortaleza diante
dos obstáculos, que são inerentes à própria vida, e que Ela mesma
padeceu ao participar dos sofrimentos do seu Filho.
8. Ela é uma mãe que nem sempre leva seus filhos pelo caminho mais
“seguro”, porque dessa maneira eles não podem crescer. Mas tampouco
somente pelo caminho arriscado, porque é perigoso. Uma mãe sabe
equilibrar estas coisas. Uma vida sem desafios não existe, e uma pessoa
que não sabe enfrentá-los arriscando-se não tem coluna vertebral!
9. Maria luta conosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal.
10. Maria é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma.
11. Maria é a mamãe boa, e uma mamãe boa não somente acompanha os
filhos no crescimento sem evitar os problemas, os desafios da vida; uma
mamãe boa ajuda também a tomar decisões definitivas com liberdade.
12. Toda a existência de Maria é um hino à vida, um hino de amor à
vida: Ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no
calvário e no cenáculo.
Oração
Maria,
faze-nos sentir teu olhar de Mãe,
guia-nos até o teu Filho,
faze que não sejamos cristãos de vitrine,
mas cristãos que sabem construir,
com teu filho Jesus,
o seu reino de amor,
de alegria e de paz.
Amém.
faze-nos sentir teu olhar de Mãe,
guia-nos até o teu Filho,
faze que não sejamos cristãos de vitrine,
mas cristãos que sabem construir,
com teu filho Jesus,
o seu reino de amor,
de alegria e de paz.
Amém.
Aleteia
terça-feira, 9 de outubro de 2018
"O que Deus uniu, o homem não separe"
“No
entanto, desde o princípio da criação Deus os fez homem e mulher”
(Mc 10,6)
No evangelho deste último domingo,
partindo da pergunta que lhe fazem, Jesus não foca tanto na questão do divórcio
(ou repúdio), quanto no lugar e na dignidade da mulher; sua resposta vai centrar-se em outra direção, pela qual não
lhe haviam perguntado.
Na realidade, a atitude de Jesus
é coerente com toda sua trajetória. Se algo fica claro, no relato evangélico, é
seu posicionamento decidido a favor dos “últimos”, dos “pequenos”, das
“crianças”, das mulheres...Por tudo isso, não parece casual que, depois do
relato no qual defende a igualdade da mulher com relação ao homem, apareça a
cena de Jesus abraçando as crianças.
Seja qual for o motivo da
pergunta feita pelos fariseus, a resposta de Jesus vai se centrar neste ponto:
a “intuição primeira” (e, portanto, também o “horizonte”) para a qual tende a relação
amorosa entre homem e mulher: “o que Deus
uniu o homem não separe”. Mas Deus não une pelas leis canônicas e sim pelo amor cuja intenção é a plena comunhão
entre duas pessoas. Uma coisa é a indissolubilidade canônica e outra é a
fidelidade que o casal deve atualizar cada dia e em cada instante de sua
convivência.
Sabemos que o ser humano se
humaniza quando em companhia, e uma estável relação de casal
alcança o grau mais profundo de realização humana. Esta é a chave de todo o
discurso de Jesus.
Este projeto matrimonial é para
Jesus a suprema expressão do amor humano. É Deus mesmo que atrai mulheres e
homens para viverem unidos por um amor livre e gratuito. O matrimônio é
a verdadeira escola do amor. Nenhuma outra relação humana chega a tal
grau de profundidade.
O amor não é puro instinto, não é
paixão, não é interesse, não é simples amizade nem simples desejo de um querer
mútuo. É a capacidade de ir ao(à) outro(a) e encontrar-se com ele(ela) como
pessoa, para que, no mútuo crescimento e experimentando-se como dom, ambos
possam se ajudar para serem mais huma-nos. E uma das qualidades mais bonitas do
amor é que deve estar crescendo toda a vida.
Nesse sentido, o matrimônio
não é uma realidade estática, mas dinâmica, é chama divina, é mudança, é
abertura ao novo, é projeto a ser construído cotidianamente a dois, é movimento
na direção de um “Amor maior”, “amar melhor”, fundado sobre o
amor incondicional de Deus.
O Vat. II define a vida matrimonial
como “comunhão
de vida e de amor”.
1. Comunhão de amor.
Não de amor como mero enamoramento transitório; homem e mulher uniram-se em
matrimônio não só porque se queriam, senão para plenificar o amor entre ambos.
2. Comunhão de vida, porque
prometeram percorrer, mutuamente unidos, o caminho de sua vida, não meramente “até que a morte os separe”, mas “até que a vida inteira, percorrida em
uníssono, os una por completo”.
Ao
envelhecer juntos, meta desafiante, consuma-se o matrimônio. Assim é que se realiza a vida
juntos, fazendo-se companhia digna, ajudando-se mutuamente a se tornarem mais
humanos; uma companhia experimentada como dom, com alegrias e sombras,
querendo-se muito e também sendo mútuo suporte, mesmo no outono da vida.
Por isso, ao falar de
“indissolubilidade matrimonial”, é preciso assumir com lucidez e serenidade o
caráter processual da relação de “duas
pessoas unindo-se” em “comunhão de
vida e amor”.
Os
trâmites legais que certificam o consentimento conjugal se firmam em um
momento. Mas a união de duas pessoas em “comunhão de vida e amor” não é
momento, mas processo; não tem efeito instantâneo a partir de uma declaração
legal, nem de uma fusão biológica, nem de um artifício mágico, nem sequer de
uma benção religiosa; não é uma foto estática e morta, mas um processo dinâmico
e vivo.
Assim,
podemos afirmar que o
casamento é um momento, mas o matrimônio é um processo que deve ser
re-inventado, re-construido cada dia. Isso implica ser criativo na maneira de
vivê-lo, buscar novas expressões, novos gestos... A cada dia, o casal deveria
dizer, um ao outro: “Hoje eu te recebo novamente como minha esposa/meu
esposo, e te prometo ser fiel, na alegria e na tristeza...”.
A
indissolubilidade matrimonial não é um caráter selado a fogo como um carimbo,
mas uma meta, fim e horizonte do processo em direção a uma profunda unidade de
vida: “Serão os dois um só ser” (Gen 2,24); unidade
sem costuras, na qual não se nega a diferença, mas esta fica integrada ou
abraçada na Unidade
maior que nada deixa fora. “Projeto
a dois”, mas sem anular a identidade, a originalidade do outro. O amor faz do
homem e da mulher não “duas metades” que se encontram, mas dois inteiros que se
doam, e que generosamente acolhem e transbordam o Amor de Deus semeado em seus
corações, desde sempre.
Baseado em
reflexão de Pe. Adroaldo, SJ
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