sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

As belíssimas Antífonas do Ó


Chegamos à última etapa para a chegada do Natal. Nesta última semana, a liturgia nos brinda com as "Antífonas do Ó". Compostas entre os séculos VII e VIII, fazem parte da cristologia da antiga Igreja, são o resumo expressivo do desejo de salvação tanto do Israel antigo, quanto da Igreja do Novo Testamento. A primeira letra de cada antífona em ordem inversa no original em latim (Emmanuel, Rex, Oriens, Clavis, Radix, Adonai e Sapientia), forma a expressão latina “ERO CRAS”, isto é, “estarei amanhã”, ou “virei amanhã”. Mais uma vez, as antífonas recordam a expectativa pela iminente vinda do Senhor.

As antífonas servem como "arautos do Natal", construindo um sentimento de expectativa à medida que o Natal se aproxima. Uma antífona diferente é cantada em cada uma das sete noites que antecedem a data.

Estas antífonas são aclamações a Cristo precedidas pelo vocativo “Ó”. Constituem um resumo da teologia do Advento: expressam o desejo de salvação da humanidade e a expectativa pela vinda de Jesus Cristo, invocado com títulos messiânicos do Antigo Testamento. Atualmente, a Igreja propõe estas antífonas na Liturgia das Horas, acompanhando o Cântico Evangélico das Vésperas, o Magnificat (Lc 1, 46-55), bem como na aclamação do Evangelho da Missa.

17 de dezembro

Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo,
e atingis os confins de todo o universo
e com força e suavidade governais o mundo inteiro:
Ó vinde ensinar-nos o caminho da prudência!
 
18 de dezembro
 
Ó Adonai, guia da casa de Israel,
que aparecestes a Moisés na sarça ardente
e lhe destes vossa lei sobre o Sinai:
Vinde salvar-nos com o braço poderoso!
 
19 de dezembro
 
Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, levantado em sinal para as nações!
Ante vós se calarão os reis da terra,
e as nações implorarão misericórdia:
Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora!
 
20 de dezembro
 
Ó Chave de Davi, Cetro da casa de Israel,
que abris e ninguém fecha, que fechais e ninguém abre:
Vinde logo e libertai o homem prisioneiro,
que nas trevas e na sombra da morte está sentado.
 
21 de dezembro
 
Ó Sol nascente, justiceiro, resplendor da Luz eterna:
Ó vinde e iluminai os que jazem entre as trevas
e na sombra do pecado e da morte estão sentados!
 
22 de dezembro
 
Ó Rei das nações, Desejado dos povos;
Ó Pedra angular, que os opostos unis:
Ó vinde e salvai este homem tão frágil,
que um dia criastes do barro da terra.
 
23 de dezembro
 
Ó Emanuel, Deus-conosco, nosso Rei Legislador,
Esperança das nações e dos povos Salvador:
Vinde enfim para salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário