terça-feira, 12 de março de 2013

Desfazendo os nós do egoísmo



O momento histórico que passamos, sem dúvida, não valoriza a família.
Estamos assistindo a uma guerra que quer extirpar os alicerces da nossa civilização.

Assim como em Gênesis vimos a primeira luta contra a vida e a família, sutilmente arquitetada pelo demônio, que sempre trabalha para colocar obstáculos aos projetos do Criador, continuamos a assistir ao longo da história da humanidade incompreensões e ódios, que geraram comportamentos que se  alicerçam numa razão cínica e fria, e que se tornaram crimes hediondos.

Basta lembrar dos campos de concentração e do extermínio de seres humanos, dos genocídios, da prática do aborto, da eutanásia e da manipulação genética, estes dois últimos considerados apenas “práticas médicas”.

Ao contemplarmos a luta que se ergue para desfazer aquilo que foi confiado pelos céus a um homem e uma mulher, ou seja, a formação de uma família, descortina-se diante de nós novamente o trágico cenário de Sodoma e Gomorra, onde  a destruição das cidades não ocorreu pela fúria de uma divindade consumida por vingança, mas pelo abismo dos vícios a que se lançaram seus habitantes.

Para que possamos reverter este quadro, não vamos consultar os profissionais do comportamento, nem tampouco perder tempo discutindo aquilo que já sabemos há muito tempo. A solução para a família é a santidade vivida, compartilhada e conservada em nossas casas.  Ela passa pelo exemplo da família de Nazaré, que sempre soube amar, servir e partilhar alegrias, à despeito das grandes dificuldades que passou. Uma família que soube dar completo e pleno sentido a cada lágrima e a cada tristeza, vividos como dons da graça, e oferecidos pela salvação do mundo.

Maria e José souberam unir forças para dar pleno cumprimento à vontade de Deus, trilhar os caminhos da santidade e alcançar juntos a meta do céu. Eles se ajudaram mutuamente na fé, quando as coisas não aconteciam como eles haviam sonhado. Eles desamarraram os nós do egoísmo, e foram de encontro um ao outro, para levar a cabo os planos do Pai, que lhes confiara seu próprio Filho, tesouro muito além de qualquer expectativa.

Já nos aproximamos da festa de São José (19 de março), modelo de pai, esposo, de fidelidade, de obediência à vontade de Deus, e defensor da família. Peçamos que ele interceda por nossas famílias, a fim de que elas encontrem de novo a coragem de se reconstruírem a partir do amor, e do sair de si em direção ao outro.


Que o modelo ideal dos esposos de Nazaré se reflita na imagem dos nossos lares, dê alívio às nossas preocupações, nos sustente na jornada dolorosa da vida.

Aos desafios crescentes de um mundo enlouquecido, que confunde as mentes, que apóia e defende leis devastadoras, nós queremos aprender na escola de Nazaré a ser homens e mulheres de verdade, santos, caridosos, células vitais de um tecido social desintegrado, mas sedento mais do que nunca, da luz e da verdade.

Reflexão baseada em texto de Pe. Mário Piatti, ICMS


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