segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Vigiai!

I Leitura :“Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá”. 
(Jr 33,14) 

Evangelho: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo”.               (Lc 21,25)

Na mesma celebração, proclama-se como Palavra do Senhor duas afirmações tão afastadas uma da outra! Como resolver esta contradição? Primeiro, sendo realistas. O universo conhece transformações constantes, tremores de terra, erupções vulcânicas, tsunamis, meteoritos… A sol e as estrelas, um dia, apagar-se-ão. No fundo, Jesus, com os conhecimentos e a mentalidade da sua época, chama a nossa atenção para essa realidade: o nosso mundo, um dia, acabará. Não somente o “nosso” mundo, mas primeiro o “meu” próprio mundo, no dia da minha morte. Jesus convida-nos a não esquecer o fim de todas as coisas. Diz-nos: “Vigiai”. Vigiai para que não vos instaleis neste tempo como se ele fosse durar sempre! Mas aí, no coração da nossa condição mortal, Deus diz-nos uma palavra que não passará. Esta Palavra é o próprio Jesus.

Começamos hoje um novo ciclo litúrgico. Mas não é um ciclo fechado sobre si mesmo. Cada ano que passa aproxima-nos do nosso fim terrestre, mas é-nos dado também como o tempo durante o qual Jesus vem visitar-nos, dar-nos a sua presença de Ressuscitado. Segundo a bela palavra de Jeremias, oferece-nos a nós como “um rebento de justiça”, como a “promessa de felicidade” que se realizará em plenitude no fim dos tempos. Desde agora, está em acção no segredo dos corações, como o poder da vida que, secretamente, constrói um novo ser no seio materno. “Vigiai e orai em todo o tempo”, a fim de estardes de pé no Dia da sua Vinda na plenitude da Luz.

A realidade da história humana está marcada pelas nossas limitações, pelo nosso egoísmo, pelo destruição do planeta, pela escravidão, pela guerra e pelo ódio, pela prepotência dos senhores do mundo… Quantos milhões de homens conhecem, dia a dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade… A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: “alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima. Com a vinda próxima de Jesus, o projecto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova realidade, de vida e de felicidade para todos”.

No entanto, a salvação/libertação que há de transformar as nossas existências não é uma realidade que deva ser esperada de braços cruzados. É preciso “estar atento” a essa salvação que nos é oferecida como dom, e aceitá-la. Jesus vem; mas é necessário reconhecê-lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. É preciso, também, ter a vontade e a liberdade de acolher o dom de Jesus, deixar que Ele nos transforme o coração e Se faça vida nos nossos gestos e palavras.

É preciso, ainda, ter presente, que este mundo novo – que está permanentemente a fazer-se e depende do nosso testemunho – nunca será um realidade plena nesta terra, mas sim uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo, o Senhor, haver destruído definitivamente o mal que nos torna escravos. 

Padres Dehonianos

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tiago Alberione, uma luz para comunicar o Evangelho




Quando se pensa em Tiago Alberione, vem logo à mente o grande número de suas obras. Efetivamente, além de numerosas iniciativas apostólicas em todos os campos, é conhecida sua fecundidade como fundador: cinco congregações religiosas, quatro institutos de vida secular consagrada, uma associação apostólica de leigos e outras instituições.

Em contrapartida, se conhece bem a fonte dessa atividade: seu coração de apóstolo. Ele fez sua a sede do Mestre Jesus expressa nas palavras: "Vinde a mim todos...", que se converteram no ponto de partida de uma vida dedicada, no estilo de seu inspirador, o apóstolo São Paulo, elevar à luz de Cristo a todos os homens, a fazer penetrar sua palavra de salvação no coração das massas, a fazê-la chegar rápida e ao maior número  possível de pessoas, chegando até elas onde se encontram, até nos lugares mais distantes. 

Ele viu a necessidade de utilizar todos os meios "mais rápidos e eficazes", especialmente os meios de comunicação social ou de massas. E com esse objetivo fundou toda uma Família que deverá viver e agir de tal modo que chegue a "ser São Paulo vivo hoje".

Sua intensa atividade pastoral, porém, não o impedia de estar constantemente imerso em Deus, como os grandes contemplativos: e mais ainda, seu incrível dinamismo provinha de uma profunda vida interior, convencido como estava de que "as obras de Deus se fazem pelos homens de Deus".

Descobriu o tesouro precioso, e aprendeu a viver intensamente ao redor dele, em admirável intimidade, todas as dimensões de sua personalidade.

O Pe. Tiago Alberione, fundador de uma grande Família, apóstolo e profeta dos meios de  comunicação social a serviço do Evangelho, foi, antes de tudo, e sobretudo, um homem de Deus, dócil ao Espírito e fiel à missão que o Senhor havia-lhe encomendado.

Em 26 de novembro de 1971, vítima de uma broncopneumonia e um bloqueio renal, com esforço extremo, abençoou a todos seus filhos e sussurrou: "Estou morrendo... Paraíso... Rezo por todos". O Papa Paulo VI, informado da gravidade da enfermidade, foi espontaneamente visitá-lo. E ajoelhando-se junto ao leito do moribundo se recolheu em oração. Em seguida deu-lhe a última absolvição, o abençoou e, profundamente comovido deixou sua assinatura no livro de registro. Pouco depois às 18h25, o Pe. Alberione entrava definitivamente na casa do Pai. Tinha 87 anos.

Na realidade, o Pe. Alberione foi um homem que amou de verdade: amou a Deus com todas as suas forças, amou sinceramente a seus filhos e filhas como autênticos tesouros da Providência, e amou intensamente a missão que lhe fora confiada.

Hoje seus seguidores estão presentes em mais de 60 países dos cinco continentes e , em fidelidade criativa ao Fundador, adotam todos os meios modernos para a glória de Deus e a paz dos homens. 

João Paulo II  o elevou às honras dos altares após reconhecer o milagre em favor de María Librada González Rodríguez, membro do Instituto das Anunciatinas, hospitalizada em 4 de abril de 1989 em Guadalajara (México) por causa de um acidente. Em 20 de dezembro de 2002, o Papa leu o decreto da Beatificação do venerável Tiago Alberione, cuja proclamação solene teve lugar na Praça de São Pedro, em 27 de abril de 2003. A festa litúrgica celebra-se no dia 26 de novembro, aniversário de seu nascimento para o céu.

Pe. José Antonio Pérez Sánches, ssp, Postulador Geral da Família Paulina

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A modernidade líquida e a vida humana transformada em objeto de consumo





Os trechos do artigo abaixo, de autoria de Eliton F. Felczak (seminarista da Diocese de Joinville-SC), são um relato preciso do que vivemos em nossa sociedade em constante transformação. Não temos tempo nem de assimilar uma mudança e outra já se instala, sem permitir ao menos que possamos avaliar seus acertos e erros. Os valores que foram transmitidos de gerações à gerações, e que possibilitaram ao homem viver eticamente, em família e em sociedade, parecem ter evaporado... É a modernidade líquida que transforma a vida humana em objeto de consumo.
Será que esta falta de referências não estará gerando tanta violência e adesão às barbáries que vemos acontecer em nossos dias?

O filósofo polonês Zygmunt Bauman é um dos pensadores, em seu ambiente de atuação, que alimentam reflexões sobre a realidade consumista na qual o ser humano está inserido. O ser humano, ancorado no discurso consumista, vive a sua vida sem se questionar sobre o que realmente acontece à sua volta. Num ambiente incerto como atual, o consumo aparece como resposta à satisfação das ansiedades dos indivíduos.

O conceito de sociedade líquida caracteriza-se pela incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros e referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes e hábitos e verdades "autoevidentes". 

A liberdade adquirida surgiu com o derretimento dos sólidos, tirando o indivíduo da terra firme e levando-o ao oceano das incertezas. O pensamento não é mais denso e ordenado, mas leve e desordenado, para poder abarcar tudo o que a vida pode oferecer.

As comunidades existentes na modernidade sólida eram éticas. Bauman também as chamava de compreensivas e duradouras, ou seja, genuínas. Elas se baseavam em normas e objetivos, nos quais os destinos eram partilhados visando à sua permanência. Na modernidade, líquida ocorre o inverso: Bauman designa suas comunidades como estéticas. Elas se reúnem em torno do entretenimento, de celebridades e de ídolos. Essas comunidades estéticas, comunidades cabide, dificilmente oferecem laços duradouros a seus membros.

O ser humano líquido é um dos reflexos do novo jeito de pensar, no qual "virtualmente todos os aspectos da vida humana são afetados quando se vive a cada momento sem que a perspectiva de longo prazo tenha mais sentido" (Pallares_Burke, 2004, p. 322). A certeza está na constante mudança, devendo cada indivíduo buscar por si próprio uma maneira de melhor sobrevivência.

A liberdade do indivíduo ante os mecanismos da mídia de massa refere-se à escolha entre o leque de possobilidades oferecido. O indivíduo é livre, desde que seja maleável perante as investidas dos modismos criados e desmontados pelos meios de comunicação de massa.

A forma de planejar e organizar a vida na modernidade líquida é antagônica à da modernidade sólida. As relações devem ser estabelecidas a curto prazo, aproveitando as chances que a vida oferece, abandonando as anteriores como quem troza de roupa. Planejamentos para a vida toda parecem ridículos, pois sacrificam os desejos momentâneos em vista de algo posterior no futuro.

A vida interior de cada um é exposta na mídia, já não sabendo os adolescentes diferenciar o que pertence ao público e ao privado. Na busca de serem atraentes e famosos, dificilmente os jovens pensam em construir uma carreira sólida nos campos da arte, da ciência, da filosofia, da tecnologia, entre outros. Querem tornar-se celebridades e ser desejados como objetos de consumo, mesmo que por breve momento.

Na vida "agorista" dos indivíduos da modernidade líquida, o motivo da pressa é, em parte, o impulso de adquirir e juntar. Mas o motivo que torna a pressa de fato imperativa é a necessidade de descartar e substituir.

Bauman não é otimista nem pessimista na sua descrição do homem como mercadoria, mas relata a situação atual e como ela veio a tornar-se manifesta. O autor acredita que outro mundo - alternativo e, quem sabe, melhor -m seja possível e que os seres humanos sejam capazes de tornar real esta possibilidade. Mas também - infelizmente - que talvez os indivíduos prefiram ignorar os acontecimentos e continuar a viver na "menoridade".

Artigo retirado da Revista Vida Pastoral nº 56 - Publicação bimestral da Editora Paulus 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Pais digitais com filhos superconectados




O desafio é a qualidade das relações

O que significa ser um pai na era digital? A resposta requer muito mais do que uma mera reflexão superficial, porque entre os chamados "nativos digitais" encontra-se a geração dos "milennials", ou seja, aqueles que nasceram entre 1980 e 2000, muitos dos quais estão começando a ter ou têm os seus primeiros filhos.

E, precisamente, os "milennials" são aqueles que estão na capa da revista Time de outubro de 2015 com um artigo cujo título é pouco inspirador: “Socorro, os meus pais são milennials".

O artigo começa mostrando os novos hábitos alimentares dessa nova geração de pais (veganos ou vegetarianos) e descrevendo sua característica principal: são pessoas que cresceram com smartphones e conectados nas redes sociais: sua vida é documentada com fotos no Instagram, pensamentos em blogs e comentários no Facebook.

Essa mentalidade 'digital' na qual a autoridade é determinada pela popularidade mensurável em "curtidas" ou número de "seguidores" passa depois, também, para o ambiente familiar: os filhos podem ir aonde quiserem porque o lar é uma mini democracia ou, o que é o mesmo, uma “autoridade consensual". A permissividade é quase, quase, uma lei de relações intrafamiliares.

Uma pesquisa feita pela Survey Monkey revelava que pelo menos 46% dos pais milennials postou fotos de seus filhos, até mesmo quando estes só se encontravam no útero materno ou antes de que o seu filho fizesse um ano. De acordo com a mesma pesquisa, alguns pais gostam de ver outros pais milennials cuidando dos seus filhos. “A maioria dos pais joga, consciente ou inconscientemente, com o custo-benefício de estar nas redes sociais", diz Sarita Schoenebeck, professora da Universidade de Michigan, que realizou um estudo sobre o uso do Facebook por parte de mães milennials. Entre as suas conclusões está o fato de que para a maioria das pessoas os benefícios de estar na mídia supera qualquer crítica no campo da educação dos filhos.

Para muitos pais milennials o modo de superar problemas sobre a sua tarefa como pais é precisamente as redes sociais: os seus amigos são os “especialistas” e as mães que não sabem o que fazer com os seus bebês se refugiam nos conselhos obtidos por meio dos grupos de Facebook ou WhatsApp. De acordo com TIME, isso acontece até com o 58% dos pais milennials. É evidente que não fazem o que o seus pais fizeram com eles: perguntar para verdadeiros especialistas.

Mas não é só nesse campo onde se nota a quebra da geração de pais milennials com as gerações anteriores: na maioria dos casos os milennials já não enviam os seus filhos para aulas de tênis, piano ou arte. A empresa Future Cast publicou em 2013 um informe sobre hábitos e atitudes de milennials: 61% deles disseram que os filhos precisam jogar de uma forma não estruturada. Isso, na prática, se reflete em algo tão simples como que as decisões sobre o que fazem ou não os filhos já não vêm dos pais, mas das pesquisas que os pais fazem aos seus filhos. TIME sugere que por trás disso é possível ter um forte individualismo e a ideia de competitividade como um dos valores mais altos sob o slogan "seja você mesmo".

É verdade que também os pais milennials reconhecem que é preciso fazer malabarismos para ter a atenção das crianças hoje. Mas pelo menos eles têm a intenção de testar, pois os milennials são de mente aberta e pessoas que procuram a empatia; tendem a ser excessivamente otimistas, acreditam no progresso e, acima de tudo, confiam no Google. De fato, junto com as redes sociais o seu principal conselheiro é o famoso motor de busca.
É, pois, evidente que as famílias digitais são famílias conectadas e comunicadas mas, a qualidade das relações e a facilidade das conexões não estão mudando o modo como as relações familiares são vividas e experimentadas? A resposta a esta pergunta, de não pouco valor, poderá vista com mais nitidez nos próximos anos. 

Jorge Enrique Mujica


domingo, 1 de novembro de 2015

Após o Sínodo a questão dos recasados está em aberto

 Após o término do Sínodo da Família, Dom Sergio da Rocha, presidente da Conferência Episcopal do Brasil, foi arguido por Zenit se, depois do Sínodo, mudou alguma coisa sobre a disciplina dos sacramentos para as pessoas ou famílias feridas, ou se é necessário, ainda, esperar uma palavra definitiva do Papa. Seguem abaixo alguns alguns trechos desta conversa.

“O texto, na verdade - ressaltou o presidente da CNBB - é um texto que em parte, deixa em aberto a questão". Na verdade, "não há um pronunciamento sobre essa questão". Ou seja, no texto aprovado "não aparece a questão do acesso aos sacramentos por parte de pessoas nessas condições".

Porém, Dom Sergio esclareceu que no final do texto há um pedido claro que os padres sinodais fizeram ao papa. "Nós pedimos ao papa uma palavra definitiva, isto é, um documento que fosse sobre a família", recordando também que na terceira parte do relatório final do sínodo se "retoma a Familiaris Consortio, 84, que é justamente a respeito das diferentes situações que precisam ser discernidas".

Acolhida
Portanto, segundo Dom Sergio, "a ênfase é na acolhida, isto é, na participação dessas pessoas na vida da Igreja para que elas não se sintam excluídas" 
"E não se esqueçam -disse também o arcebispo de Brasília - que o Papa já tinha, anteriormente, publicado aquele documento chamado Motu Proprio sobre os processos de nulidade matrimonial", o qual não "é para facilitar, como alguns entendem, mas para favorecer aquilo que é justo. Isto é, muitos casais que, de fato, estão numa situação de segunda união, mas que o seu primeiro casamento foi nulo, quer dizer, não houve, na verdade, propriamente o casamento". Esse tema, portanto, de acordo com o prelado, "recebeu de novo uma ênfase significativa. Ou seja, nós precisamos de atenção pastoral, acompanhamento dessas situações".

Contudo, não se altera a disciplina atual da Igreja
Dom Sergio reiterou que "pedimos ao Santo Padre para que, depois, haja uma palavra definitiva" e que o tema "apareceu mais nas discussões", disse, recebendo "na mídia uma importância muito grande, que de fato tem, mas não é objeto explícito do texto". De tal forma que - acrescenta o presidente da CNBB - "o nosso entendimento é esse" que "o texto insiste na questão da acolhida, na questão da orientação, da ajuda a estes casais, que favoreça, naquilo que for possível, sua atuação, sua participação, e o pedido ao santo padre de uma palavra mais definitiva sobre isso, a partir dessas reflexões que o sínodo traz".

O texto deixa a cada bispo o discernimento
"Nesse momento, é claro, - diz o prelado - nós não temos aqui um pronunciamento diverso, da conferência episcopal, até porque não cabe à conferência episcopal esse pronunciamento, o texto não deixa, mas, sim, deixa a cada bispo o como orientar esses casais na vida de comunidade". De tal forma que "o padre, junto com o bispo, ao atender, possa ver qual é o grau possível de participação" no concreto. 

É importante lembrar que não é um texto legislativo
Por último, o arcebispo chamou a atenção para um ponto: esse texto não tem caráter legislativo. "Na verdade, cuidado". Este Sínodo não "tem um caráter como tem outros documentos do magistério. São sugestões, são propostas, ou melhor, reflexões e propostas que os padres sinodais apresentam ao santo padre", destacou. "Então, por causa disso e da expectativa, às vezes, se dá a esse texto também um peso maior do que ele realmente tem. Ele deve ser respeitado, valorizado, acolhido... o próprio Papa autorizou a publicação dele. Agora, os pontos em aberto, estão em aberto para a reflexão continuar e também para que as medidas pastorais mais adequadas sejam tomadas", disse.

Por Zenit