sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A missão da família no Ano da Fé






O Ano da Fé, tem por finalidade celebrar os 50 anos do Concílio Vaticano II. É também um desejo do Santo Padre, o Papa Bento XVI, despertar aquele sentimento de entusiasmo pós conciliar vivido, e a fé que abrasou a Igreja naquela época.
Acompanhe na seção Entrevista uma conversa da Zenit (agência internacional de informação) com o polonês Jowita Kostrzewska sobre o papel da família no Ano da Fé que está próximo.

domingo, 26 de agosto de 2012

O leigo é discípulo de Cristo.



O fiel leigo é discípulo de Cristo a partir dos sacramentos e em força destes, em virtude de tudo quando Deus operou nele imprimindo-lhe a própria imagem do Seu Filho, Jesus Cristo. Deste dom divino de graça, e não de concessões humanas, nasce o tríplice «munus» (dom e dever), que qualifica o leigo como profeta, sacerdote e rei, segundo a sua índole secular. (Compêndio da Doutrina Social da Igreja 542)

O que é um leigo senão o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo? Sim, somos aqueles a quem o Mestre confiou a missão, através do nosso Batismo, de sairmos em missão cada manhã da nossa vida, para fazermos o Reino de Deus acontecer no hoje, e no agora dos dias que Ele nos concedeu.
Ele não nos pede o impossível, pois para isso Ele é Deus. Não existe o impossível para Ele.
O que Ele espera de nós, o que está ao nosso alcance, pode ser um abraço sincero àquele que sofre, um sorriso acolhedor a um desconhecido, pelo simples fato de ser uma criatura de Deus, o ouvir o desabafo de um aflito, o dar um copo de água fresca a um caminhante fatigado... Poderíamos elencar aqui muitíssimos exemplos de pequenas atitudes possíveis, mas que achamos não ser da nossa alçada.
O fiel leigo é um discípulo de Cristo, e com isso, não um repolho encruado em si mesmo, fechado em sua realidade fácil ou dolorosa, mas um imitador dos braços abertos do Crucificado, não poupando esforços para que o Reino de Deus aconteça através de si.
Por mais que isto soe estranho, eu e você somos parte da Igreja, e com isso, trazemos impressa em nossa alma um sinal indelével da pertença a Deus. Isto é uma realidade pouco vivida e cultivada pelos leigos, que precisa ser revista e mudada, para que possamos exalar o bom odor de Cristo neste mundo que necessita de um pouco de perfume.
O leigo é aquele que anuncia a Boa Nova da salvação em todos os ambientes, mesmo que não seja compreendido, porque o Mestre também não o foi. Ele caminha sustentado pelo Pão descido do Céu, e alimenta seus dias com a oração e com a Palavra.
Ele deseja crescer no conhecimento de sua mãe, a Igreja, e está sempre em sua casa, porque é filho.
Ele tem fome e sede de justiça, e não compactua com o mal. Ele é sim, sim, e não, não.
O leigo é uma expressão do amor que procede do Pai, porque ele é Igreja, reunião dos remidos que caminham para a pátria celeste.
O leigo é tudo isto e tudo aquilo que o Espírito Santo lhe inspira a ser...
O leigo é você, e eu.
Vamos abraçar com amor nossa vocação de sermos Igreja?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Consagrado, testemunho de vida doada.



Olhando para a vida consagrada, sentimos gratidão a Deus pelo chamado, e a correspondência, de tantos e tantas que doam suas vidas pela implantação do Reino de Deus.
Todo batizado é um consagrado. A vida consagrada é uma radicalização das promessas feitas no Batismo. É elevar a consagração em nível de escolha definitiva de vida, como caminho de entrega total a Deus.
Todo consagrado é um missionário do amor. Ele deve testemunhar na vivência dos conselhos evangélicos (obediência, castidade e pobreza) o estilo de vida do próprio Cristo.
A vida consagrada é um grande dom para a Igreja, na medida que reproduz e atualiza a opção pelo Divino Mestre, que evangeliza, que opta e prioriza o pobre.
São Paulo exorta: “...ai de mim se eu não evangelizar”. ( 1Cor 9,16)
Na letra da música "O Profeta" (Comunidade Recado), a essência é uma expressão da urgência do anúncio. Até o ritmo desta música é no estilo de uma marcha, como que anunciando a importância da missão. É um hino ao apostolado.
A todos os consagrados religiosos ou seculares, nossa gratidão e oração. Rezemos pedindo ao Senhor da messe, para que surjam mais e mais vocações consagradas na Igreja!




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A família é chamada a ser imagem do Deus Uno e Trino



O amor entre um homem e uma mulher, fundado no sacramento do matrimônio, pode ser uma expressão do amor de Deus.
Como?
Na medida em que os cônjuges se acolhem, partilhando o desejo do bem mútuo, e experimentando a alegria do dar, e do receber. Assim sua relação torna-se fecunda.
A fecundidade acontece também na transmissão da vida aos filhos, e junto dela, numa educação sábia e cuidadosa que prioriza o ser sobre o ter.
A família é fecunda ainda para a sociedade, na medida em que é a primeira formadora de cidadãos forjados sobre valores como a gratuidade, a responsabilidade, a cooperação, o respeito, a cidadania...
Numa família que irradia do amor da Trindade, os pais cuidam dos filhos transmitindo-lhes ideais nobres, que superam o simples desejo de sucesso material e social, infundindo-lhes razões para viver, e a fé que não decepciona.
Os filhos, por sua vez, procuram uma relação afetuosa, solícita e respeitosa com seus pais e irmãos, certos de que vivendo assim crescerão no amor.
Deus confia ao homem e à mulher (cf. Gen 1, 27-28; 2,15) a missão de cuidar da criação, de cultivá-la segundo Seus desígnios. Ele a convida a transformá-la no, e pelo amor.
Já nos precederam tantas famílias que nos deixaram um testemunho de como crescer no amor: perseverar no relacionamento com Deus, participar da vida da Igreja, cultivar o diálogo, respeitar o ponto de vista do outro, ser paciente com os defeitos alheios, saber perdoar e pedir perdão, estar abertos a outras famílias, atentos aos necessitados, ser responsáveis na vida social, enfim ser um Evangelho vivo.
Não podemos esquecer a poderosa intercessão da Virgem Maria e de seu esposo São José, que na Sagrada Família também se afadigaram com sua missão.
Nesta semana vocacional da família, peçamos a Deus a graça de podermos refletir Seu  pleno amor na vivência do matrimônio entre um homem e uma mulher, que foi a porta de entrada de Deus em nossa humanidade.
“É preciso educar-se para crer, em primeiro lugar na família, no amor autêntico: o amor que vem de Deus e nos une a Ele e, por isso mesmo, «nos transforma em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja “tudo em todos” (1 Cor 15, 28)» (Enc. Deus caritas est, 18). Amém”. (Bento XVI)

Texto baseado na homilia do Papa Bento XVI no encerramento do VII Encontro Mundial das Famílias em Milão, em 3 de junho de 2012.




sábado, 11 de agosto de 2012

Ser pai é oferecer-se



A paternidade é uma dádiva divina que permite ao homem participar do ato criador de Deus.
É sentir sobre seus pés o peso de outra(s) vida(s) gerada de si, que depende de sua rota para se firmar como pessoa na sua totalidade de alma e corpo.
É dar-se, oferecer-se, entregar-se!
Feliz Dia dos Pais!!

OFERECER 


Oferecer. 
Colocar nas mãos do outro um objeto é sempre oferecer algo de invisível, que revela aquilo que você é.
No fundo é sempre oferecer-se a si mesmo.
Como as folhas no final da estação, se oferecem ao vento, como um barco, depois da tempestade, se oferece ao sabor das ondas, da mesma forma oferecer-se é sentir a força ou a doçura do outro. É deixar-se levar pelos cuidados ou esperas dos outros em você.

Oferecer é um gesto que acontece no presente, mas que traz em si o futuro.
É começar a caminhar sobre uma ponte da qual não se enxerga o final, imerso na neblina do lado oposto.
É saborear o sentimento de um futuro que acolhe e que se aproxima de você.
Entretanto quem olha apenas o passado, e se fecha para admirá-lo, perde a chance de mudar. Fecha-se em si mesmo e em certezas que, talvez, não tenham amanhã.

Oferecer na verdade é sempre um desafio ao medo do novo, do vazio da reação do outro.
Oferecer é romper o círculo fechado da lógica do levar, do aproveitar ou do apossar-se. Para unir-se à gratuidade evangélica dos lírios do campo e dos pássaros do céu.

Oferecer-se é reunir nas palmas das mãos aquilo que você é, e entregá-lo.
Como uma onda que vem de longe, você oferecerá aquilo que já recebeu faz tempo. E, ainda, o amor que concebeu você, quando os outros lhe deram a vida.
É dessa forma que a macieira sustenta seus ramos carregados de frutos e folhas, no ato de mostrar aquilo que nela produziram o céu e a terra, o esforço dos seres humanos, a alegria de florescer e a espera paciente...
Oferecer é fruto de uma história de dádivas que abarrotaram você e que o ensinaram a oferecer-se.

Mas oferecer é também abrir os braços para unir entre eles duas extremidades.
Oferecer-se é tornar-se um elo em terras que antes não eram conhecidas e que, com você, podem finalmente ser tocadas. E é um milagre que você possa fazer isso entre duas partes quando, por vezes, um abismo os separa.
Entre as criaturas humanas e culturas diferentes, entre imigrantes e habitantes de um lugar, oferecer-se é considerar o encontro com elas mais importante que sua própria pessoa, quando então seu corpo, abrindo-se comunga com eles.
É o gesto humilde e fecundo de unir realidades distantes entre si.

Retirado do livro "Elogio do Encontro" de Renato Zilio - Ed. Paulinas

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Falando em fidelidade conjugal.

Até que a morte os separe!
Esta é a exigência para os casais unidos pelo sacramento do matrimônio.
Segundo a Exortação Apostólica Familiaris  Consortio,  A Missão da Família Cristã no Mundo de Hoje, do Papa João Paulo II:

"A comunhão de amor entre Deus e os homens, conteúdo fundamental da Revelação e da experiência de fé de Israel, encontra uma significativa expressão na aliança nupcial, que se instaura entre o homem e a mulher.
O seu vínculo de amor torna-se a imagem e o símbolo da Aliança que une Deus ao seu povo ( cf. Os 2,21; Jr 3,6-13; Is 54). E o mesmo pecado que pode ferir o pacto conjugal, torna-se imagem da infidelidade do povo para com o seu Deus: a idolatria é prostituição, a infidelidade é adultério, a desobediência à lei é abandono do amor nupcial para com o Senhor. Mas a infidelidade de Israel não destrói a fidelidade eterna do Senhor e, portanto, o amor sempre fiel de Deus põe-se como modelo das relações de amor fiel que deve existir entre os esposos". (FC pgs 19 e 20)

Veja em Artigos, um texto que aborda esta questão de forma prática e sensível.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Família Paulina em Aparecida



Aconteceu no dia 4 de agosto, a Romaria da Família Paulina ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).

Este é o 3º Dia Paulino, que acontece em preparação para a celebração do Centenário da Família Paulina na Igreja, que reúne os membros dos dez ramos: os Padres e Irmãos Paulinos, as Irmãs Paulinas, Irmãs Discípulas do Divino Mestre, Irmãs Pastorinhas, Irmãs Apostolinas e os Institutos São Gabriel Arcanjo – Gabrielinos, Nossa Senhora da Anunciação – Anunciatinas, Jesus Sacerdote, Santa Família e todos os leigos, os Cooperadores Paulinos.

A Celebração Eucarística aconteceu às 9h no Altar Central, e teve como motivação principal a abertura oficial do segundo ano do triênio das atividades em preparação ao Centenário.

A celebração foi presidida pelo arcebispo emérito da Arquidiocese de Campo Grande (MS), Dom Vitório Pavanello.

Dom Vitório salientou em sua homilia a importância do apostolado através meios de comunicação social, especialmente numa época em que as mídias têm grande abrangência no mundo moderno. E este é justamente o carisma paulino.
Citou a docilidade de Pe. Alberione à inspiração divina que o impulsionou a fundar esta Família e a criatividade e coragem em expandir suas ramificações.

Veja mais imagens em Álbum de Família.
 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O que é o Sacerdote?


Ainda em espírito de ação de graças pelo Jubileu de Ouro de Pe. Vittorio Saraceno,  nós o vemos acima em Roma, diante do túmulo de Pe. Alberine, Fundador da Família Paulina.
O que será que Pe. Vittorio está sentindo diante de seu Fundador, ele que quando seminarista conviveu com Pe. Alberione, acompanhou as lutas da Família Paulina, o empenho missionário de tantos e tantas que não se pouparam no apostolado da comunicação social? 
Com certeza continua a pedir por esta mesma Família. Pede a intercessão de Pe. Alberione pelo crescimento dos Institutos de Vida Secular Consagrada no Brasil, que num primeiro momento foram totalmente conduzidos por ele, pede luzes, força e perseverança em seu próprio ministério sacerdotal que é missionário também, enfim, exerce sua vocação de sacerdote orante pelo povo de Deus.

Diante desta imagem onde vemos dois homens que se consagraram a Deus, vamos acompanhar um trecho da homilia de Pe. Vittorio em seu Jubileu aqui no Brasil em fins de junho. Este texto nos mostra o que é o sacerdote, e é uma oportunidade que nos leva a agradecer por tão sublime dom:

Quando Bento XVI recentemente visitou Cuba, sentiu-se provocado por Fidel Castro: “O que faz o papa?”. À esta pergunta já havia respondido o Papa Pio XI na encíclica Ad Catholici Sacerdotii(Sacerdócio Católico) falando do sacerdote. A pergunta poderia ser um pouco diferente: O que é o sacerdote? O que é Pe. Vittorio? Leio esta maravilhosa síntese mais para mim que para vocês:

“O sacerdote foi constituído como dispensador dos mistérios de Deus a favor dos membros do corpo místico de Jesus Cristo, ministro ordinário de quase todos os sacramentos, através dos quais corre, em benefício da humanidade, a graça do Redentor. Assim, os cristãos em qualquer hora grave de sua vida mortal, encontram apoio no sacerdote que, por meio do poder recebido de Deus, lhes comunica, ou, uma vez dada, aumenta, esta mesma graça, que é o supremo princípio da vida celestial.

Logo que nasce o homem, o sacerdote o regenera com o batismo à vida sobrenatural, e o faz filho de Deus e da Igreja de Jesus Cristo.
Para fortificá-lo e torná-lo mais apto a combater generosamente as lutas espirituais, o sacerdote — revestido de especial dignidade — o faz soldado de Cristo por meio da confirmação.


Quando a criança é capaz de discernir e apreciar o pão dos anjos, dom do céu, o sacerdote a alimenta e a fortifica com este manjar vivo e vivificante, a eucaristia.
Se o homem teve a desgraça de cair, o sacerdote o levanta em nome de Deus e o reconcilia por meio do sacramento da penitência. Um grande poder que ‘Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos’ (São João Crisóstomo).

Se Deus o chama para formar uma família, para cooperar com ele na transmissão da vida humana no mundo e para aumentar o número dos fiéis sobre a terra, e depois, dos eleitos no céu, o sacerdote está ali presente, para abençoar suas bodas e seu casto amor no matrimônio.

Quando finalmente, o cristão, próximo já ao epílogo de sua vida mortal, necessita de fortaleza e de auxílio para suportar a presença do Divino Juiz, o ministro de Cristo, inclinando-se sobre os membros doloridos do moribundo, o conforta com a unção do sagrado óleo.Assim, depois de ter acompanhado os cristãos através da peregrinação terrena da vida até as portas da eternidade, o sacerdote, com as súplicas dos sagrados ritos e as preces da esperança imortal, acompanha também o corpo até a sepultura.
E não abandona os que participam da outra vida; antes, ao contrário, se necessitam expiação e alívio, os alivia com o consolo dos sufrágios.

Portanto, desde o berço até o túmulo, e mais ainda, até o céu, o sacerdote é para os fiéis, guia, consolo, ministro de salvação, distribuidor de graças e de bênçãos
” (Pio XI).

A TODOS OS SACERDOTES, UM FELIZ DIA DO PADRE!
DEUS OS RECOMPENSE LARGAMENTE PELA VIDA DOADA PARA A IGREJA
!