terça-feira, 24 de abril de 2012

Oração à Santa Família de Nazaré




São José, «homem justo», trabalhador incansável, fidelíssimo guarda dos penhores a vós confiados, guardai, protegei e iluminai sempre todas as famílias do mundo, na fidelidade a seus deveres cotidianos, em suportar ansiedades e tribulações da vida, na generosa abertura para com as necessidades dos outros, no cumprimento alegre do plano de Deus...
Virgem Maria, Mãe da Igreja e Mãe da família, «igreja doméstica», com vosso auxílio materno, cada família cristã possa tornar-se verdadeiramente «pequena Igreja», onde se manifeste e se reviva o mistério da Igreja de Cristo. Sois a Serva do Senhor, o exemplo de acolhimento humilde e generoso da vontade de Deus. Sois a Mãe das Dores aos pés da Cruz! Confortai e enxugai as lágrimas de quem sofre pelas dificuldades de suas famílias.
Cristo Senhor, Rei do universo, Rei das famílias! Como em Caná, permanecei em cada lar cristão para lhe conceder luz, felicidade, serenidade e fortaleza.
A vós pedimos que cada família saiba generosamente oferecer sua contribuição própria e original para a vinda do vosso «Reino de verdade e vida, de santidade e graça, de justiça, amor e paz». Reino para o qual se encaminha a história.
Jesus, Maria, José, a vós confiamos cada família. Fazei que nossos corações se abram para a luz que o Evangelho irradia sobre cada família.

João Paulo II, Familiaris consortio, n. 86

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A importância da participação dos leigos na sociedade


Aqueles que aceitam o chamado de viver sua fé em qualquer circunstância são objeto de uma graça que os capacita para que sejam Cristo na sociedade e no mundo. Ele nos envia e nos acompanha.
"Não temais, estou convosco..." Desta iluminação que Pe. Alberione recebeu diante do Santíssimo Sacramento, na virada do século XIX para XX, podemos afirmar que todos quantos já experimentaram semear nos mais diversos ambientes não foram decepcionados. Cristo caminha conosco e à nossa frente, esperando que façamos a nossa parte.
50°Assembléa Geral da CNBB em Aparecida
APARECIDA, quinta-feira, 19 de abril de 2012(ZENIT.org) – Os bispos participantes da 50° Assembléia Geral da CNBB discutiram o tema do Estado Laico, ressaltando a importância da participação ativa dos leigos na sociedade.
A CNBB informou que após acompanhar uma palestra sobre o Estado Laico, dirigida pelo professor Fábio Comparato, doutor em Direito Internacional, os bispos participantes da 50ª Assembleia Geral discutiram o tema, ressaltando a importância da participação ativa dos leigos na sociedade.
Entre as intervenções dos bispos, dom Angélico Sandalo Bernadino (noviço no Instituto de Vida Secular Consagrada Jesus Sacerdote - para padres diocesanos) afirmou que,  para que os cristãos leigos façam esta participação, é preciso formar a consciência do compromisso, especialmente pela promoção dos Direitos Humanos. “A preocupação com o capitalismo é legítima. Mas o fundamental é cuidar do cristianismo. O culto cristão não pode estar dissociado da libertação plena do ser humano”, continuou a notícia da CNBB.
O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer lembrou que muitas atitudes ou posições assumidas na sociedade são confundidas como posturas da Igreja. “Há uma dificuldade muito grande de aceitar a presença pública da Igreja e dos cristãos enquanto cidadãos”.  Ele recordou que a Igreja não tem problemas de conviver com o Estado Laico. “É muito importante a fortalecer o nosso laicato a terem uma presença cristã na sociedade, não como Igreja, mas como cidadãos”, concluiu dom Odilo.



domingo, 15 de abril de 2012

Segundo Dia Paulino em ´preparação para o Centenário


Aconteceu hoje na Cidade Paulina (Seminário), em São Paulo, o Segundo Dia Paulino preparando o Centenário da Fundação da Família Paulina que acontece em 2014.
Com a presença de mais de 150 membros da Família, foi uma experiência que suscitou alegria e reflexão, pois no encontro fraterno também se pensou na unidade e na vivência do carisma paulino.
Veja em Falando em Família outros detalhes.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A vida indefesa em nossas mãos





Temos assistido a um sem fim de manifestações a favor da vida no planeta, que inclui uma consciência mais compassiva e respeitosa pelas criaturas de Deus, especialmente os animais.
Isso é bom, e desperta o sentido de criatura que compreende que, apesar de estar no topo da lista da Criação, não lhe é permitido dizimar espécies, ou tratar de forma cruel e sádica os animais, porque isso gera desequilíbrio ecológico e brutaliza a forma de exploração consciente das riquezas naturais.
Infelizmente, essa mesma preocupação com a vida do planeta em suas formas e espécies não se aplica ao próprio ser humano, o que em si mesmo já é uma aberração.
A aprovação da lei que descriminaliza o aborto de anencéfalos, aprovada pelo Superior Tribunal Federal, é uma afronta ao direito à vida desde a sua origem até o seu ocaso.
A cultura hedonista, que tenta afastar do homem todo e qualquer tipo de sofrimento, está levando a sociedade e as famílias à sua destruição. Além de se estar destruindo a vida animal e vegetal, somos também os nossos próprios predadores.
Leia em Artigos, a nota da CNBB sobre o fato.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ressurreição: tempo de homens e mulheres novos





Surrexit Christus spes mea: precedet vos in Galileam


Ressuscitou Cristo minha esperança, precede-vos na Galiléia!

"Com a Ressurreição de Cristo, a morte já não tem poder sobre o homem.
Com a Ressurreição de Cristo, tudo se renova. "O Senhor da vida estava morto; mas agora vivo, triunfa" (Sequência Pascal).


Esta é a novidade!

Uma novidade que muda a vida de quem a acolhe, como sucedeu com os santos, como aconteceu com São Paulo.

Se é verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e sobre o mundo, todavia restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio.

Se, por meio da Páscoa, Cristo já extirpou a raiz do mal, todavia ele precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d'Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor.

Ninguém deserte desta pacífica batalha iniciada com a Páscoa de Cristo, o Qual - repito-o - procura homens e mulheres que o ajudem a consolidar a sua vitória com as suas próprias armas, as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor." Papa Bento XVI. Mensagem Urbi et Orbi, 2009.

Todo o legado de Cristo é construído sobre o amor. Não poderia ser diferente.

Somos convidados pelo Papa Bento, numa mensagem sempre atual, a agirmos como pessoas renovadas pela caminhada quaresmal que nos amplia os horizontes de batizados, e nos impele a uma renovação pacífica das atitudes. Justiça, verdade, misericórdia, perdão e amor. Esses são os instrumentos que temos de utilizar para sermos pessoas novas, sempre bebendo da fonte que jorra do lado aberto de Cristo, e que são a Sua marca.


"Banhados em Cristo somos uma nova criatura!
As coisas antigas já se passaram...
Somos nascidos de novo!
Aleluia, aleluia, aleluia!!!"

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Tríduo Sagrado da Páscoa

O Tríduo Sagrado da Páscoa





Jesus morto, sepultado e ressuscitado
Um olhar de conjunto
Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são insondáveis seus juízos e impenetráveis seus caminhos!... Porque tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória pelos séculos! Amém” (Rm 11, 33.36).

A expressão acima resume a aliança que vai além da infidelidade do povo de Israel. Do evento do Mistério Pascal emana a vida divina e perene da Igreja.

Na tarde da quinta feira Santa tem início o Tríduo Pascal, com a celebração da Ceia do Senhor, cujo término ocorre com as vésperas do dia Páscoa. A luz pascal constitui a interface que ilumina a história da Salvação. É um farol que orienta tanto a compreensão e sentido do Antigo Testamento (AT) quanto ao mistério da vida de Jesus (NT), desde a encarnação, paixão, morte e ressurreição, até os fins dos tempos.

A Quinta Feira Santa
A Missa do Crisma, presidida pela manhã pelo bispo em sua catedral, com a participação do clero e do povo, encerra a quaresma e prepara os Óleos santos finalizados à celebração da iniciação cristã - especialmente durante a grande vigília pascal - e a da unção dos enfermos.

A Ceia do Senhor, ao anoitecer, abre o Tríduo celebrando na forma sacramental da Eucaristia o dom do Corpo e Sangue do Senhor. A humildade com que Jesus, o Mestre, lava os pés dos discípulos, instaura novo modelo nas relações recíprocas entre os discípulos e entre toda e qualquer pessoa em toda situação e tempo.

A Sexta Feira Santa: celebração da Paixão do Senhor
No centro da celebração está o evento e o mistério da cruz, proclamado nas Escrituras (Is 52,13-53,12; Jo 18,1-19,42), honrado com a adoração e o beijo da cruz por parte da a assembléia, reconhecido como intercessão permanente junto do Pai (Oração universal), interiorizado na comunhão. A cruz é tragédia em nível humano, porém a fé a proclama como revelação suprema do amor de Jesus e início da vida nova que dele brota.

Neste dia predomina a contemplação silenciosa e adorante do evento da crucifixão. A cruz é “o eixo do mundo”, diziam os padres da Igreja, pois nela se manifesta o extremo compromisso de Deus em favor do mundo. Porém este silêncio se torna o grito mais alto que testemunha seu amor sem limite.

O grito sofrido e confiante de Jesus, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34; Sal 21, 2), assume em si mesmo o grito dos crucificados de todos os tempos, e abre para eles a esperança, pois “por isso Deus o exaltou e lhe concedeu um título (Kyrios- Senhor) que é superior a todo título”, e o fez raiz e modelo de vida nova entre os irmãos (Fil 2, 6-9).

Sábado Santo: dia do silêncio de Deus e dos homens
O Sábado Santo é o dia do grande silêncio. Só a Liturgia das Horas acompanha as etapas do dia.

“Que está acontecendo hoje?”, se pergunta o autor de uma antiga homilia sobre o sábado santo (séc. IV). “Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos.” (LH, IV, Sábado santo).

O Sábado Santo testemunha que Deus continua descendo até as entranhas mais obscuras e ambíguas da alma humana, e nas experiências mais marginalizadas, para recuperá-las e trazê-las à vida. Nada e ninguém é abandonado a si mesmo. Aprender a conviver com a “fraqueza” de Deus, com os silêncios de Deus, com os tempos e os diferentes ritmos de Deus, dos seus projetos, com a pedagogia com a qual ele nos dirige e acompanha com amor fiel embora às vezes incompreensível. Eis a lição do Sábado Santo. O Sábado Santo não é somente o segundo dia do tríduo: é uma dimensão constitutiva da identidade cristã e de todo caminho espiritual cristão.

Para perceber e acolher a voz silenciosa que sobe da escuridão, é preciso o silêncio interior que abre à escuta e à uma visão mais aguda.

Baseado em texto de Dom Emanuele Bargellini
Prior do Mosteiro da Transfiguração, Mogi das Cruzes – SP
Doutor em liturgia pelo Pontificio Ateneo – Santo Anselmo – Roma



domingo, 1 de abril de 2012

Entramos na Semana Santa


Entramos na Semana Santa


Estamos na Semana Santa!
Agora tudo se torna mais violáceo, e passamos a sentir a tensão dos acontecimentos e tramas que levaram Nosso Senhor ao Getsêmani, à flagelação, ao julgamento ignominioso, e finalmente ao trágico e redentor desfecho no Gólgota: a crucifixão e morte.
A Quaresma dá lugar às cerimônias cheias de significado - que fazem memória e atualizam os últimos passos do Cristo Homem entre nós - e aos panos roxos que cobrem as imagens nas nossas igrejas. Nosso olhar não pode se deter senão no amor de um Deus que vai ao extremo de se fazer pecado por nós.
Vamos com Ele ao encontro do nosso destino de remidos, e O acompanhemos com a mente, a vontade e o coração.
Jesus segue à nossa frente... Nós vamos fazer este trajeto no silêncio, e na prontidão daquele(a) que com o coração cheio de arrependimento e confusão, não consegue compreender a profundidade deste amor, mas pressente o preço deste Sangue Redentor.
Entramos na Semana Santa! Entramos no Mistério da Paixão de Jesus. Que o Espírito de Jesus nos ajude a sairmos dela mais convertidos.

Na página Formação há um texto do Pe. Raniero Cantalamessa, que foi objeto de retiro dos Institutos de Vida Secular Consagrada em época de Quaresma.
Trata-se de uma reflexão sobre o aspecto "traidor" de cada um de nós.
É um texto maravilhoso e profundo que merece ser revisto pelos que já o conhecem, e meditado pelos que ainda querem entrar no clima da Semana Santa, bem como numa revisão de vida.
Vale à pena tomá-lo como um retiro mesmo.