sexta-feira, 21 de julho de 2017

5 dicas dos pais de Santa Terezinha de Lisieux para criar bons filhos!

 

Sim, eles foram santos e criaram santos, mas as suas técnicas eram incrivelmente simples, práticas e imitáveis

Seus filhos são difíceis de disciplinar? Eles copiam todos os seus maus hábitos? Você se preocupa com as suas birras e caprichos?
Bom, você não está só. São Louis e Santa Zelie Martin, pais de Santa Terezinha de Lisieux, enfrentaram essas mesmas lutas e precisaram discernir o que fazer.
Sim, é verdade, eles eram pais santos de filhos santos, mas exercer a paternidade e a maternidade também foi desafiador para eles, que nem sempre sabiam as respostas mais claras. O que eles fizeram foi perseverar e lutar para atender às necessidades dos filhos num ambiente familiar de grande amor.
Aqui vão cinco dicas úteis inspiradas nesses pais santos:

1 – Reconheça desde o início que cada filho é de Deus e dedique-o a Ele

Zelie tinha o costume de, imediatamente após o nascimento de cada filho, dedicá-lo a Deus com a seguinte oração:
“Senhor, concedei-me a graça de que esta criança seja consagrada a Vós e que nada possa manchar a pureza de sua alma”.
Os frutos dessa dedicação a Deus não eram imediatamente visíveis, é claro, mas ela revela o estilo intencional da sua maternidade. Ela queria que os seus filhos fossem santos aos olhos de Deus e sabia que “agora mesmo” é o melhor momento para começar a viver em santidade – e não “mais tarde”.

2 – Ame seus filhos com carinho superabundante

É fácil esquecer o quanto nossos filhos precisam de amor – de muito amor. Louis e Zelie amavam seus filhos com imenso carinho e se certificavam de que eles soubessem desse grande amor. Celine Martin, uma das filhas, escreveu sobre seu pai:
“Mesmo sendo duro consigo mesmo, ele sempre foi afetuoso conosco. Seu coração era excepcionalmente tenro para conosco. Ele viveu só para nós. Nenhum coração de mãe poderia superar o dele”.
Louis demonstrava afeto inclusive em gestos pequenos e aparentemente insignificantes, como apelidar as crianças com elogios: Marie era “o diamante”; Pauline, “a pérola fina”; Celine, “a intrépida”; Léonie, “o bom coração”; e Thérèse, ou Santa Terezinha, era “a pequena rainha” ou “o buquê de flores”.

3 – Não desista quando o seu filho é difícil

Zelie tranquilizou seu irmão em uma carta recomendando não se preocupar se um dos filhos pequenos fosse “difícil de administrar”.
O temperamento desafiador de uma criança não a impedirá de se tornar excelente mais tarde e de vir a ser o maior amparo dos pais. Pauline, conforme a mãe recordava, exigiu muita paciência dos pais até os dois anos de idade, mas se tornou a filha mais exemplar. Zelie observa, porém, que não a “estragou com mimos”: por menorzinha que ela fosse, seus caprichos raramente eram atendidos.
E Pauline não foi a única filha da família Martin a criar estresse para os pais. Terezinha e a irmã Léonie também foram fonte de grandes angústias para Zelie. Ela e Louis, no entanto, não desistiram sequer quando seus esforços pareciam infrutíferos.

4 – Seja exemplo de caridade para seus filhos

Nossos filhos são influenciados e tendem a imitar cada um dos nossos movimentos, tanto para o bem quanto para o mal. Louis e Zelie fizeram tudo o que podiam para dar o exemplo de como tratar bem as pessoas. Celine testemunhou em seus escritos o quanto o pai era paciente com os outros, mesmo sendo duro consigo mesmo.

5 – Brinque com seus filhos

Hoje em dia é muito fácil e tentador sentar seu filho diante de uma tela e quase nunca brincar com ele. Mas, muitas e muitas vezes, o que os nossos filhos precisam mesmo é da nossa atenção, inclusive para brincar. Celine escreveu sobre sua mãe:
“Ela brincava conosco de bom grado, apesar do risco de ter de prolongar seus trabalhos até a meia-noite ou mais tarde ainda”.
Louis também se juntava às brincadeiras e muitas vezes produzia pequenos brinquedos para as crianças, além de inventar atividades e cantar junto com elas.

Philip Kosloski

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Sabia que a aliança de casamento pode ter a força de um exorcismo?

Usá-la sempre é uma excelente proteção
De ferro, prata , ouro ou qualquer outro metal: o anel adquiriu um significado maior do que tinha na antiguidade pagã depois que a Igreja o constituiu em símbolo da aliança indissolúvel entre os casais.

Entre os judeus e os romanos – até mesmo entre os povos pagãos – os homens tinham o costume de colocar um anel no dedinho de sua futura esposa, mas era um anel com um significado diferente. Tratava-se de um voto de confiança, em que o homem entregava à mulher uma réplica do anel ou carimbo pessoal que ele usava no polegar, com o qual lacrava correspondências pessoais e contratos. Era um costume das classes mais abastadas.

Por outro lado, os casais, de qualquer classe social, trocavam anéis nupciais no dia do casamento e costumavam colocá-los no dedo anelar da mão esquerda, bem perto do coração, onde se sente mais o pulsar do órgão poderoso, que simboliza o amor que deve ser somente para Deus.

Pode soar muito romântico e até sentimental, mas o costume que nasceu na Europa do século VI se espalhou por todo o planeta, e, ainda hoje, sob qualquer nominação religiosa ou cultural, os casais trocam anéis e os colocam no dedo anelar da mão esquerda.

Em alguns países, como no Brasil, estes anéis são chamados de aliança e é comum que, no dia do casamento, eles entrem solenemente na igreja sobre uma elegante almofadinha conduzida pelas mãos de um pajem. Durante a aplicação do sacramento, o padre abençoa as alianças e, em seguida, convida os noivos a colocarem-nas mutuamente, repetindo palavras de compromisso, fidelidade e amor.

Claro que esse pequeno cerimonial inserido na solenidade do sacramento não é obrigatório – e sua ausência não invalidaria o matrimônio. Porém, dignificado pela solenidade sobrenatural, como somente a Igreja poderia ter concebido para maior glória de Deus e consolidação do amor conjugal, transmite maior sentido ao contrato mútuo de um casal.

A aliança de casamento pode chegar a revestir a condição de sacramento autêntico, como o anel do pescador usado pelos papas depois do conclave. Ou como os que recebem os religiosos – desde cardeais, bispos e até freiras.

Abençoada e elevada de categoria, a aliança passa de um simples anelzinho a um instrumento de vida consagrada, uma profissão de vida religiosas, cheia de renúncias e sacrifícios santificantes.

Símbolo de oração da Igreja por seus filhos, a aliança pode até chegar a ter a força de um exorcismo contra tentações e ataques de espíritos malignos que induzem o adultério e a fornicação.

Usar sempre a aliança, mais do que um ato de amor, fidelidade e dever conjugal, é uma proteção, já que , quando se casa, Deus manda um anjo especial para o casal e sua finalidade é proteger o homem e a mulher individualmente, em função da “uma só carne” que são os dois depois do casamento, até que a morte os separe e no Céu sejam como os anjos. (Marcos 12,25)

Por Antonio Borda

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Como ensinar nossos filhos a sobreviver à cultura do “like”?

Os avanços tecnológicos e a proliferação das redes sociais mudaram nossa maneira de viver.  O acesso cada vez mais cedo de nossos filhos à tecnologia fez com que eles adotassem maneiras diferentes de socialização que, muitas vezes, não são entendidas pelos pais.

As mensagens de texto e vídeo substituíram as chamadas telefônicas e as visitas pessoais. Ao mesmo tempo, com seus celulares, os jovens podem interagir com milhares ou milhões de pessoas ao redor do mundo.

Neste cenário, fala-se muito das precauções que nossos filhos devem ter com essa interação social, além dos perigos que eles enfrentam ao se relacionar com desconhecidos. No entanto, há um tema que, como pais, devemos ter ciência: a cultura do “like”. Hoje em dia, os jovens têm um jeito de medir sua atuação nas redes sociais, comparando-a com a dos outros, além de saber qual é o impacto que possuem suas publicações, fotos e vídeos. É o chamado “like”.

A socialização de nossos filhos se vê superada pela obsessão de conseguir os “likes”, já que isso traduz na visibilidade ou aceitação que eles podem ter por parte de seus pais e amigos virtuais. A busca pelos “likes” pode se transformar, então, em um vício, que faz com que os jovens publiquem cada vez mais coisas novas ou impactantes para conseguir mais seguidores.

A imagem deles para o mundo está afetada, já que eles estão longe de se mostrar tal como são e concentram-se em uma espécie de campanha publicitária, em que a própria imagem deve ser vendida, custe o que custar.

A cultura do “like” também tem um forte impacto na autoestima de nossos jovens, já que a interação ou aceitação pessoal é substituída por um número específico que determina e afeta de maneira muito real a imagem que eles têm deles mesmos e como se valorizam diante dos outros.

Como podemos então, como pais, nos aproximar desses temas com nossos filhos? Em primeiro lugar, reconhecendo que a tecnologia e as redes sociais têm um lugar essencial na vida deles e que não podemos mudar isso.

O que podemos é ensiná-los a reconhecer a diferença entre um fenômeno social e a sua dignidade como pessoa. Sempre é preciso deixar claro que o valor, a beleza e a personalidade que eles têm não são determinados pela opinião que os outros formam a partir de uma foto ou de um momento publicado nas redes. Também devemos ensiná-los que, embora esses meios pressupõem uma plataforma de interação social massiva, eles nunca poderão substituir a interação humana face a face.

Devemos, ainda, ensinar com o exemplo e demonstrar-lhes que, mesmo que a tecnologia faça parte de nossa vida, não dependemos muito delas. É bom propor momentos livres de tecnologia dentro da família. Instantes que favoreçam as relações interpessoais e atividades diferentes, que lhes comprovem que nem tudo deve ser regido pela tecnologia.
Finalmente, devemos nos assegurar que nossos filhos encontram, na família, um lugar em que são queridos e aceitos da forma como são. Desenvolver neles o sentido de pertinência ajudará a elevar a sua autoestima e a segurança em si mesmos, ao mesmo tempo em que eles estarão menos inclinados a medir seus valores pela quantidade de “likes” que conseguem em uma rede social.

María Verónica Degwitz