segunda-feira, 29 de julho de 2019

Somos seres de gratuidade


Generosidade, gratuidade, doação: palavras quase desconhecidas do nosso vocabulário e em nosso contexto social. Mas são elas que nos levam em direção aos outros, libertando-nos de nosso pequeno eu. São elas que nos afastam da mesquinhez, da vaidade, do egoísmo, da busca do “próprio amor, querer e interesse”. Por serem mais afetivas, mais espontâneas, ligadas ao coração, elas revelam-se na ação, não em função de um mandato, de uma lei, de um interesse…, mas unicamente de acordo com as exigências do amor, da solidariedade

São elas que alargam o nosso coração até dilatar-nos às dimensões do universo, rompendo nossos estreitos limites e lançando-nos a compromissos mais profundos. Sentimo-nos livres para qualquer desafio e cada nova entrega é uma libertação maior: são novas oportunidades de serviço, de maior aproximação d’Aquele  que veio, não para ser servido, mas para servir e para dar sua vida pelo mundo.

A grandeza, a dignidade, a capacidade redentora de toda atividade em favor dos outros  provém do fato de ser vivido numa profunda união pessoal com Cristo e com o desejo intenso de que nossa ação esteja em sintonia com a vontade e a glória do Pai, e não com as nossas buscas de compensações.

A atitude de gratidão (consciência viva daquilo que cada dia nos é dado gratuitamente) nos motiva a viver o trabalho como serviço, libertando-o radicalmente de suas dimensões de rotina, de carga, e esvaziando-o de toda pretensão egoísta.
Quando vivemos nosso trabalho a partir da gratidão, o esforço que o mesmo trabalho exige brota de um modo mais natural, mais espontâneo…; por isso, “cansa” menos, “desgasta” menos…

A verdadeira maturidade espiritual coincide com o sentido da gratuidade, ou seja, ajustar-se ao modo de agir de Deus, superando todo auto-centramento e todo voluntarismo; quem assim vive experimenta o consolo de sentir-se amado, perdoado e chamado por Deus, pois “o ser humano é fundamentalmente um ser de gratuidade”.

A gratuidade só pode ser vivida equilibradamente  em toda sua profundidade e intensidade por aquele que  é plenamente consciente de sua pobreza e indignidade radical, por aquele que, por ter-se sentido pecador e amado ao mesmo tempo, não deseja ser nem melhor nem mais perfeito, senão mais filho(a) de Deus pelo compromisso e doação.

A pessoa que confia em seu próprio esforço para se projetar e brilhar, sem abrir espaço à graça de Deus, vê-se condenada à esterilidade, experimenta a aridez interior, a insatisfação de quem se empenha inutilmente, a angústia de quem se esforça sem conseguir a alegria da comunhão, e o desamparo de quem se vê triste, só e desolado. 

Trechos de Pe.Adroaldo Palaoro sj 

terça-feira, 23 de julho de 2019

A felicidade na Selfie

quinta-feira, 11 de julho de 2019

sexta-feira, 5 de julho de 2019

A Eucaristia, nosso caminho

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Jesus é o Caminho, a Verdade, e a Vida. Assim Ele o afirma no Evangelho de São João, capítulo 14, versículo 6. Estas palavras continuam vivas no Santíssimo Sacramento. Ele as poderá sempre afirmar com a mesma segurança. E por quê?  Porque só se vai ao céu pela participação na vida de Nosso Senhor. E essa vida nos é transmitida no Batismo, e  fortificada pela recepção dos Sacramentos. Portanto, Jesus na Eucaristia, embora num estado onde está velado seu poder e majestade, vem a nós, e está presente em nossos sacrários como a eterna presença divina.

No Calvário, Jesus era desconhecido pelos carrascos. Aqui, no Sacramento da Eucaristia Ele é conhecido, mas continua a ser ultrajado e a exercer a paciência e o perdão pelo descuido com que é tratado, pelas injúrias e sacrilégios que se cometem pelos que se dizem cristãos. 

"Mui poucas pessoas pensam nas virtudes, na Vida, no estado de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Quantos o tratam qual estátua, acreditando que Ele está aí, unicamente, para nos perdoar e receber as nossas preces. Que ilusão! Nosso Senhor vive e opera, age. Fitemos nele o olhar, estudemo-Lo, imitemo-Lo". São Pedro Julião Eymard, Fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento

Ele não é apenas um dispensador de graças, mas é hoje nosso Caminho Verdade e Vida. Ele é o modelo a ser seguido, imitado, difundido. Ele está no Santíssimo Sacramento para todos a fim de que possam consultá-Lo, observar suas virtudes, meditar sobre elas e colocá-las em prática na vida de todo o dia. 

Será que um filho precisa raciocinar para conhecer seus pais? Claro que não. Esse conhecimento vem da intimidade, do convívio constante e familiar com eles. Na medida que a voz do Divino Mestre se torna mais familiar, e nosso coração mais vazio de si mesmo e mais simpático à escuta de Sua voz, Ele manifesta-se de um modo mais luminoso e mais íntimo que só aos que amam é dado conhecer.

"Seja, portanto, nosso estudo espiritual seja a contemplação da Eucaristia, a adoração, procurando  nela como proceder em qualquer circunstância  da vida cristã. É por aí que nos tornamos eucarísticos em nossa vida. É por aí que nos santificamos segundo a graça da Eucaristia". S. Pedro Julião Eymard

Reflexão baseada em texto do livro "A Divina Eucaristia" de São Pedro Julião Eymard