segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A Família de Nazaré


 
Na casa de Nazaré reinava uma bendita normalidade que a enriquecida a todos os instantes, pelo empenho fecundo de em tudo colocar o amor de Deus.
Entre os esposos José e Maria havia um carinho santo, um espírito de compreensão e serviço mútuos; atitudes que permitiram ao menino Jesus crescer num lar comum, mas perpassado de virtudes humanas que delineavam sua formação.
 
De Maria, Jesus aprendeu as primeiras palavras e as orações e os costumes hebreus, os limites, a educação elementar para a vida em sociedade, os ditos populares, a rotina do trabalho e da casa, e tudo o que uma criança absorve de sua mãe.
 
De José, Ele aprendeu o ofício da carpintaria, a serenidade nas adversidades, a constância no serviço a Deus e aos homens, a laboriosidade, o respeito e as atitudes dignas de um varão santo, e pai diligente.
 
A Sagrada Família é o modelo da santidade perfeita para todos quantos abraçam a vocação ao matrimônio. Os lares cristãos, se imitarem suas virtudes, serão lares luminosos e alegres, porque cada membro da família se esforçará em primeiro lugar por aprimorar seu relacionamento pessoal com o Senhor, procurando uma convivência cada dia mais amável com todos os da casa. É na família que se pratica por primeiro a obediência, a preocupação pelos outros, o sentido da responsabilidade, a compreensão e a ajuda mútuas...
 
Uma família unida a Cristo é uma "Igreja doméstica" ( Conc. Vat. II, Const Lumem gentium), uma escola do Evangelho, onde se aprende a olhar, a escutar, a meditar e a penetrar este estilo de vida de Jesus.
"Na Família, os pais devem ser para seus filhos os primeiros educadores da fé, mediante a Palavra e o exemplo" ( Conc. Vat. II, Const Lumem gentium). Isto cumpriu-se de maneira singularíssima no caso da Sagrada Família. Jesus aprendeu de seus pais o significado das coisas que o rodeavam.
 
A Festa da Sagrada Família, que é a festa titular de nosso Instituto, nos exorta a nos colocarmos em constante oração pelas famílias do mundo inteiro, pedindo a Deus que, seguindo o modelo da Família de Nazaré, possamos unir esforços em prol da família como a unidade geradora de homens e mulheres capazes de construir a civilização do amor.
 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Começamos uma vida nova




Se, estando o sol no céu, não o suportamos durante o verão, que aconteceria se ele descesse à Terra?
Se, estando Deus no céu havia aqui em baixo quem o amasse - um Abraão, que por amor d'Ele deixou a sua terra e vagueou como um cigano por regiões estranhas; um Isaías, um Jeremias, que foram mortos por pregar a verdade (cf. Hb 11,37), com um amor que tanto sofreu...
Se, estando outrora lá em cima , o Sol abrasava, o que não será agora que desceu e se colocou numa manjedoura, e passa frio... e,  quanto mais frio passa, mais eu me aqueço; e quanto mais incômodos sofre, mais eu descanso; e quanto mais Te vejo padecer por mim, Senhor, mais acredito que me amas!..
Comecemos uma vida nova, porque o Menino a começa.
Saístes, Senhor, do ventre de vossa Mãe, percorrendo o caminho como um gigante (Sl 18,6). Ides pelo caminho da humildade, da pobreza. Ides à corte para resolver os meus problemas. Quero ir convosco.
Que absurdo ver-Vos, meu Rei, no lugar mais desprezível, numa manjedoura, e eu a querer ser honrado!
Que absurdo ver-Vos pobre e eu querer ser rico!
Será possível que Deus chore pelos meus pecados e eu me sinta bem? Que trabalhe por mim e eu descanse?
Serei o vosso companheiro, Senhor. Quero ir convosco, pois ides para resolver os meus problemas.
Dou-Vos graças por terdes nascido. Dou-Vos graças por terdes preferido a manjedoura.
 
São João de Ávila

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Constância e paciência, virtudes que não estão na moda


Este texto do Papa Emérito Bento XVI, que data de dezembro de 2010, faz uma bela e oportuna reflexão sobre a segunda leitura deste III Domingo do Advento.

"Queridos irmãos e irmãs:

Neste terceiro domingo do Advento, a Liturgia propõe uma passagem da Carta de São Tiago, que começa com esta exortação: “Tenham, pois, paciência, irmãos, até a Vinda do Senhor” (5, 7). Parece-me particularmente importante, em nossos dias, sublinhar o valor da constância e da paciência, virtudes que pertenciam à bagagem normal de nossos pais, mas que hoje são menos populares, em um mundo que exalta mais, em contrapartida, a mudança e a capacidade para se adaptar a situações sempre novas e diversas. Sem nada tirar desses aspectos, que também são qualidades do ser humano, o Advento nos chama a fortalecer essa tenacidade interior, essa resistência de espírito, que nos permite não desesperar na espera de um bem que tarda a chegar, mas sim prepara sua vinda com confiança operante.

“Olhai o agricultor: ele espera com paciência o precioso fruto da terra, até cair a chuva do outono ou da primavera. Também vós, exercei paciência e firmai vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima" (São Tiago 5, 7-8). A comparação com o camponês é muito expressiva: quem semeou no campo tem perante si meses de espera paciente e constante, mas sabe que a semente enquanto isso cumpre seu ciclo, graças às chuvas de outono e primavera. O agricultor não é fatalista, mas é um modelo dessa mentalidade que une de maneira equilibrada a fé a razão, pois, por um lado, conhece as leis da natureza e cumpre bem o seu trabalho, e, por outro, confia na Providência, dado que algumas coisas fundamentais não dependem dele, mas estão nas mãos de Deus. A paciência e a constância são precisamente sínteses entre o compromisso humano e a confiança em Deus.

“Fortalecei vossos corações”, diz a Escritura. Como podemos fazer isso? Como podem ser mais fortes nossos corações, se já por si são frágeis, e se a cultura em que estamos submersos os tornam mais instáveis? A ajuda não nos falta: é a Palavra de Deus. De fato, enquanto tudo passa e muda, a Palavra do Senhor não passa. Se as vicissitudes da vida nos fazem sentir perdidos e parece que se derruba toda certeza, temos a bússola para encontrar a orientação, temos uma âncora para não ir à deriva. Aqui é-nos apresentado o modelo dos profetas, quer dizer, dessas pessoas a quem Deus chamou para falar em seu nome. O profeta encontra sua alegria e sua força na Palavra do Senhor, e enquanto os homens buscam com frequência a felicidade por caminhos que se revelam equivocados, ele anuncia a verdadeira esperança, a que não nos decepciona, pois está fundamentada na fidelidade de Deus. Todo cristão, em virtude do Batismo, recebeu a dignidade profética: que cada um possa redescobrir e alimentá-la, com uma assídua escuta da Palavra divina. Que assim nos alcance a Virgem Maria, a quem o Evangelho chama de bem-aventurada, porque acreditou no cumprimento das palavras do Senhor" (Cf. Lucas 1, 45).


[Traduzido por ZENIT

©Libreria Editrice Vaticana]

sábado, 7 de dezembro de 2013

Imaculada, Maria de Deus


 
Amanhã, dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
Imaculada Conceição de Maria significa que a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Nascendo, há dois mil anos, na zona da Palestina, Nossa Senhora teve como pais São Joaquim e Santa Ana.
A maternidade divina de Maria é base e origem de sua imaculada conceição. A razão de Maria ser preservada do pecado original reside em sua vocação: ser Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus que assumiu nossa natureza humana.
Ainda que de maneira implícita, a Igreja encontrou na Bíblia os fundamentos desta doutrina. Em seu Evangelho, São Lucas diz que Maria é “cheia de graça” (Lc 1,28), significando que ela está plena do favor de Deus, da graça divina. Se está totalmente possuída por Deus, não há, em sua vida e coração, lugar para o pecado.

O dogma de Nossa Senhora foi proclamado pelo papa Pio IX, em 1854, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos.


 
Ato de Consagração à Imaculada Conceição
 
Imaculada Conceição,
Rainha do céu e da terra,
Refúgio dos pecadores e Mãe muito carinhosa,
a quem Deus quis confiar toda a Misericórdia,
eis-me aqui, aos teus pés, eu (colocar o seu nome), pobre pecador.
Eu te suplico, aceita todo o meu ser,
como teu bem e tua propriedade;
age em mim segundo a tua vontade,
em minh´alma e em meu corpo,
em minha vida, em minha morte e em minha eternidade.
Dispõe, antes de tudo, da minha pessoa como o desejas,
para que se realize, enfim, o que foi dito de ti:
“A mulher esmagará a cabeça da serpente” e também
“Somente tu vencerás as heresias no mundo inteiro.”
Que em tuas mãos imaculadas, tão ricas de misericórdia,
eu possa me tornar um instrumento do teu amor,
capaz de reanimar e de fazer desabrochar
tantas almas tíbias ou afastadas.
Assim se estenderá para sempre o Reino do Divino Coração de Jesus.
Verdadeiramente, basta a tua presença para atrair as graças
que convertem e santificam as almas,
pois que a Graça do Divino Coração de Jesus jorra sobre nós,
passando por tuas mãos maternais.
Amém
Por São Maximiliano Kolbe

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Natal e a poesia das crianças

Assista a este vídeo cheio de doçura e pureza, e saboreie a poesia desta produção que visa apresentar o relato da Anunciação, e de como nasceu Jesus, através do olhar de uma criança.
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