quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Evangelii Gaudium, primeira exortação apostólica do Papa Francisco



Acaba de ser lançada a primeira exortação apostólica do Papa Francisco:  Evangelii Gaudium, A Alegria do Evangelho.
Recolhendo as conclusões do último Sínodo dos Bispos sobre os desafios da evangelização nos tempos de hoje, o Papa quer despertar em cada cristão o "ser missionário" inerente à vocação que nos foi confiada no Batismo e na Crisma.
Acompanhe na seção Artigos um olhar sobre essa Exortação, e o que ela nos diz em termos gerais.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Credo na Bíblia


Ontem, na Solenidade de Cristo Rei do Universo, foi encerrado o Ano da Fé.
Foi uma oportunidade de aprofundamento nos fundamentos de nossa fé no Deus Uno e Trino  - Pai, Filho e Espírito Santo - e nas verdades proferidas no Credo.
Segue abaixo o Credo na Bíblia:

CREIO EM DEUS- Nosso Deus é o único Senhor (Deuteronômio 6,4; Marcos 12,29).
 
PAI TODO-PODEROSO – O que é impossível para os homens é possível para Deus (Lucas 18,27)
 
CRIADOR DO CÉU E DA TERRA – No princípio, Deus criou o céu e a terra (Gênesis 1,1).

CREIO EM JESUS CRISTO – Ele é o resplendor glorioso de Deus, a imagem própria do que Deus é (Hebreus 1,3).

SEU ÚNICO FILHO – Pois Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo aquele que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna (João 3,16).

NOSSO SENHOR – Deus o fez Senhor e Messias (Atos 2,36).

QUE FOI CONCEBIDO POR OBRA E GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO – O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Deus Altíssimo repousará sobre ti como uma nuvem. Por isso, o menino que irá nascer será chamado Santo e Filho de Deus (Lucas 1,35).

NASCEU DA SANTA VIRGEM MARIA – Tudo isto ocorreu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito por meio do profeta: A virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Emanuel, que significa: (Deus está conosco) (Mateus 1,22-23).

PADECEU SOB O PODER DE PÔNCIO PILATOS – Pilatos tomou então a Jesus e mandou açoitá-lo. Os soldados trançaram uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça de Jesus e o vestiram com uma capa escarlate (João 19,1-2).

FOI CRUCIFICADO – Jesus saiu carregando sua cruz para ir ao chamado lugar da caveira (que em hebraico chama-se Gólgota). Ali o crucificaram e, com ele, outros dois, um de cada lado. Pilatos mandou afixar sobre a cruz um cartaz, que dizia: Jesus de Nazaré, rei dos judeus (João 19,17-19).

MORTO E SEPULTADO – Jesus gritou fortemente: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito, e, ao dizer isto, morreu (Lucas 23,46). Depois de baixá-lo da cruz, o envolveram em um lençol de linho e o puseram em um sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado (Lucas 23,53).

DESCEU AOS INFERNOS – Como homem, morreu; porém, como ser espiritual que era, voltou à vida. E como ser espiritual, foi e pregou aos espíritos encarcerados (1Pedro 3,18-19).

AO TERCEIRO DIA, RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS- Cristo morreu por nossos pecados, como dizem as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1Coríntios 15,3-4).

SUBIU AOS CÉUS, ONDE ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI TODO-PODEROSO – O Senhor Jesus foi levado ao céu e se sentou à direita de Deus (Marcos 16,19).

DE ONDE HÁ DE VIR PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS – Ele nos enviou para anunciar ao povo que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10,42).

CREIO NO ESPÍRITO SANTO – Pois Deus encheu nosso coração com o seu amor por meio do Espírito Santo que nos deu (Romanos 5,5).

CREIO NA IGREJA QUE É UNA – Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e Eu em ti; que eles sejam também um em Nós para que o mundo creia que Tu me enviaste (João 17,21; João 10,14; Efésios 4,4-5).

É SANTA – A fé confessa que a Igreja… não pode deixar de ser santa (Efésios 1,1). Com efeito, Cristo, o Filho de Deus, a quem o Pai e com o Espírito Santo se proclama o Santo, amou a sua Igreja como sua esposa (Efésios 5,25). Ele se entregou por ela para santificá-la, a uniu a Si mesmo como seu próprio corpo e a encheu do dom do Espírito Santo para a glória de Deus (Efésios 5,26-27). A Igreja é, portanto, o povo santo de Deus (1Pedro 2,9) e seus membros são chamados santos (Atos 9,13; 1Coríntios 6,1; 16,1).

É CATÓLICA – E Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e nem o poder da morte poderá vencê-la (Mateus 16,18). Possui a plenitude que Cristo lhe confere (Efésios 1,22-23). É católica porque foi enviada em missão por Cristo à totalidade do gênero humano (cf. Mateus 28,19).

É APOSTÓLICA- O Senhor Jesus dotou a sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a total consumação do Reino. Antes de mais nada houve a escolha dos Doze Apóstolos, tendo Pedro como cabeça (cf. Mateus 3,14-15), visto que representavam as Doze Tribos de Israel (cf. Mateus 19,28; Lucas 22,30). Eles são os fundamentos da Nova Jerusalém (cf. Apocalipse 21,12-14). Os Doze (cf. Marcos 6,7) e os outros discípulos (cf. Lucas 10,1-2) participaram da missão de Cristo, em seu poder e também em sua sorte (cf. Mateus 10,25; João 15,20). Com todas estas providências, Cristo preparou e edificou a sua Igreja (2Timóteo 2,2).

CREIO NA COMUNHÃO DOS SANTOS – Depois disso, olhei e vi uma grande multidão de todas as nações, raças, línguas e povos. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, e eram tantos que ninguém podia contá-los (Apocalipse 7,9).

NO PERDÃO DOS PECADOS – Aqueles a quem perdoares os pecados ser-lhe-ão perdoados (João 20,23).

NA RESSURREIÇÃO DA CARNE – Cristo dará nova vida a seus corpos mortais (Romanos 8,11).

E NA VIDA ETERNA – Ali não haverá noite e os que ali vivem não precisarão da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque Deus, o Senhor, lhes dará sua luz e eles reinarão por todos os séculos (Apocalipse 22,5).

AMÉM - Assim seja! Vem, Senhor Jesus! (Apocalipse 22,20). 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mais dois olhos




O caminho para Cristo Mestre é um trajeto de despojamento.
Primeiro porque vamos compreendendo que quem determina o destino é o próprio Deus. Depois, porque as coisas vão acontecendo não segundo nossa vontade ou desejo, mas como a Divina Providência assim o determina.
 
Naturalmente, sempre temos a pretensão de achar que estamos conduzindo o barco da nossa vida, mas logo o leme se mostra rebelde e acaba nos levando para lugares que talvez jamais pensássemos em ir. Para essa situação há duas opções: ou você relaxa e deixa o Mestre tomar os remos, - e O ajuda a levar a embarcação a bom porto - ou se debate contra o Senhor de todos os mares, e acaba por navegar em condições desfavoráveis, por não conhecer completamente as correntes marítimas, ou quando as tempestades vão se precipitar sobre sua embarcação.
 
Quem viaja acompanhado tem a vantagem de contar com o auxílio de, pelo menos, mais dois olhos para vigiar sobre o caminho. E é isto que o Senhor nos oferece ao nos pedir lugar em nossa vida, em nossas escolhas, em nossos sonhos e projetos, certos de que Ele, que tudo sabe e tudo pode, estará sempre a favor daquilo que contribui para o nosso bem e salvação.
 
Somos pobres. Pobres mesmo! Somos tão pobres e iludidos a nosso respeito, que achamos que estamos bem sem Deus. Mas tudo não passa de uma tremenda escuridão. É a ilusão na escuridão. Tem coisa pior?
 
Jesus, ao contrário, é a luz, a sabedoria, a ciência, a força, o poder. Ele é Aquele que É. Nós somos aqueles que não são, mas que podem vir a ser, na medida em que participarmos da Sua vida.
 
A vida em Cristo, Divino Mestre, é fonte de paz, de certezas que vão se confirmando como luzes que norteiam nossos passos. Essas luzes nos vão sendo dadas aos poucos, porque Ele sabe que por nossa pobreza e escuridão, não suportamos muita luz de uma vez só. Ele nos ensina a paciência ao nos iluminar, conforme vamos buscando Sua presença e vontade. Ele não desperdiça energia, mas opera sempre no momento certo.
Há uma frase de nosso fundador que diz:
 
“O Senhor vai acendendo as lâmpadas diante de nós à medida que caminhamos e precisamos delas. Não as acende todas de uma vez, no começo, quando ainda não são necessárias; não desperdiça energia, mas a envia sempre no momento oportuno”.
(Carissimi in San Paolo, livro de anotações pessoais de Pe. Alberione de 1933 a 1969)
 
Ele está encerrado nos sacrários das igrejas emanando a luz que expulsa as trevas da nossa incapacidade, do nosso egoísmo, da nossa impaciência, do nosso desamor, da nossa ignorância a respeito do outro, do mal, e de tudo o que não é Ele.
 
Do sacrário Jesus quer iluminar e conduzir nossos passos na segurança do seu amor que se estende a todos.
Ao entrar numa igreja, procure-O! Não é necessário perguntar se Ele está, ou se pode atendê-lo, porque agora Ele já está à sua espera, para depositar em seu coração a paz e a luz que só podem vir Dele.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, entra no barco da nossa vida e toma à frente.
Este é o Teu lugar!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A necessidade de uma educação familiar para o uso e abuso dos meios de comunicação

Há uma preocupação geral, e mundial -  como vemos no artigo abaixo -  com os meios de comunicação social como agentes deformadores na educação das crianças e adolescentes muitos expostos a eles. Realmente é necessário critério e vigilância sobre programas de TV, sites da Internet, vídeos do YouTube e outros veículos de mídia, que despejam diariamente conteúdos violentos, eróticos, satânicos, de desvio comportamental como padrão de conduta, e outras tantas ameaças tanto à formação de jovens e crianças, quanto à sua segurança espiritual.
 
Na falta de tempo, ou da presença vigilante dos pais, é preciso oferecer outras formas de ocupação e companhia para os filhos. Vale à pena repensar as prioridades, no que tange ao futuro desta geração bombardeada pela informação sem filtro. As consequências podem ser trágicas a curto, ou longo prazo.


 


Por Don Mariusz Frukacz

Terminou ontem em Czestochowa, o workshop organizado pela revista católica "Niedzela", sobre os perigos presentes na mídia

CZESTOCHOWA, 29 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Como a mídia pode influenciar os usuários? Como os meios de comunicação representam a realidade? Como as mensagens da mídia influenciar o comportamento de crianças e jovens? Diante deste fenômeno, é necessário educação sobre a mídia por parte das famílias? Estas perguntas, da atualidade, foram temas do workshop sobre os meios de comunicação realizado ontem, segunda-feira (28), na sede do jornal católico "Niedziela” em Czestochowa.

As oficinas dirigidas a pais, professores e catequistas, foram conduzidas por Małgorzata Więczkowska, educadora, especialista em mídia e autora do site www.edukacjamedialna.pl

Na abertura do evento, Don Ireneusz Skubis, editor-chefe do "Niedzela", destacou que "a família, cuja missão é educar e ensinar, está agora ameaçada pelos meios de comunicação que 'invadem' as relações familiares.”

A Dra. Więczkowska apontou que os meios de comunicação " promovem uma cultura pop" e afetam todos os dias milhões de crianças e jovens que com estes "crescem e vivem”.

De acordo com a educadora, as crianças e os jovens recebem diariamente da mass media verdadeiras "ameaças espirituais", além de mensagens maliciosas sobre temas como sexualidade desviante, o mundo da magia, ocultismo, satanismo, e assim por diante.

"Muitas vezes - acrescentou - celebridades, artistas, cantores, utilizam e exibem publicamente símbolos satânicos ou pertencentes ao ocultismo por meio de gestos, objetos, roupas, mas também nas letras de suas canções, nos filmes, mesmo aqueles para crianças".

Więczkowska concluiu chamando a atenção para o processo de "cobertura da mídia sobre a vida familiar": "a maioria dos meios de comunicação já substituiu os pais na transmissão da cultura e do conhecimento do mundo para as crianças”. Neste contexto, é absolutamente necessário uma educação familiar para o uso e abuso dos meios de comunicação.

(Trad.:MEM)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Encontro com o Presidente do Conselho Pontifício da Família


Ontem, dia 05 de novembro, participamos do encontro com o Presidente do Pontifício Conselho da Família (Roma), Dom Vicenzo Paglia, que está visitando o Brasil.

O encontro aconteceu no auditório das Paulinas, na Vila Mariana, e foi acompanhado pelo Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer.

Participaram do encontro três bispos, sacerdotes interessados nas questões da família, agentes da Pastoral da Família, e ainda membros dos Focolares, da Canção Nova, dos Casais com Nossa Senhora, do Encontro de Casais com Cristo, dos Cursos de Noivos, e outros. Havia pessoas de Guarulhos, de São José dos Campos, de Itu, de Campinas, enfim, o auditório ficou repleto.

Dom Vicenzo esclareceu qual o propósito do Santo Padre ao instaurar um Sínodo  extraordinário dos Bispos - que acontecerá em outubro de 2014 - cujo enfoque será a família. Ele afirmou que a Igreja quer saber quais são os desafios da família no contexto da evangelização, e como dar uma resposta a estas questões tão urgentes dos nossos dias.

Ele falou sobre a família como a prioridade máxima, numa sociedade atual que abandonou os valores éticos e morais, o respeito pela vida, a consciência da importância do Sacramento do Matrimônio como agente santificador do casal, e princípio de um caminho de santidade para os filhos.

Suas palavras foram muito vezes interrompidas pelos aplausos de uma platéia em uníssono com suas colocações. Dom Vicenzo Paglia enalteceu as famílias que são movidas pelo amor a Deus e à Igreja, onde há uma real preocupação dos pais com o futuro espiritual de seus filhos, onde a doação e o serviço mútuos são vividos com a consciência do fim que é sempre Cristo.

Falando de questões espinhosas, Dom Vicenzo lembrou que aqueles que estão mais estruturados devem sair ao encontro dos que estão feridos pelas inúmeras situações que hoje afligem as famílias: o divórcio, as uniões irregulares e por isso frágeis, o abandono da paternidade que vulnerabiliza os filhos e as mães, a falta de “espírito de família” que isola os membros dentro de um mesmo teto, os meios de comunicação de massa que desconstroem sistematicamente os valores cristãos e familiares, o egoísmo e a indiferença que fecha os olhos dos mais abastados com relação aos mais necessitados, as uniões de pessoas do mesmo sexo, a idolatria do dinheiro e do prazer individual, o afastamento da Igreja por comodismo e descompromisso, e outras tantas que tornaram a família doente, e incapaz de exercer sua função de célula construtora de uma sociedade fraterna e justa.

Por fim Dom Vicenzo nos exortou a amarmos mais, a “arregaçarmos as mangas” e fazermos nossa parte, porque é assumindo nossa vocação com amor é que seremos santos. Precisamos resgatar o sentimento e a ação das famílias heróicas que avançam contra a corrente, e dão o testemunho alegre de fidelidade e perseverança à aliança feita com Deus no Sacramento do Matrimônio.

Malu e Eduardo - Instituto Santa Família