segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Como fazer para salvar os filhos das armadilhas da Rede?



 
É correto proibir totalmente o uso da rede, ou seria sensato definir uma fronteira de fruição?
 
Por Osvaldo Rinaldi

A rede hoje é algo "natural" para as novas gerações. Há um número crescente de nativos digitais e, consequentemente, torna-se cada vez maior o número de crianças e adolescentes que utilizam os novos meios de comunicação. Então, um dever colocar certas perguntas: é correto proibir totalmente o uso da rede, ou seria sensato definir uma fronteira de fruição?

É óbvio que não é possível, e não seria nem sequer correto proibir totalmente o uso da rede, mas é necessário colocar alguns limites, para evitar expor as novas gerações a perigos e armadilhas que constituem uma séria ameaça para as suas vidas.

Por esta razão, um dos deveres de um pai com os filhos é a educação na utilização da rede. A primeira forma de educação é a do exemplo e testemunho pessoal. Como um pai pode dizer ao seu filho para não usar muito as redes sociais, quando ele, em vez de ficar perto de seu filho para ajudá-lo com a lição de casa, está no sofá lendo informações de seu interesse em algum site?  

Dados estatísticos mostram que os pais, mesmo que não pertençam à geração de nativos digitais, estão cada vez mais atraídos pelas seduções da rede. Em média, um pai e uma mãe consideram tablets e smartphones ferramentas indispensáveis ​​para a vida, a tal ponto de considerá-las essenciais também para os seus filhos. 

Os tablets, os smartphones são considerados meios primários de comunicação, quase que comparados aos nossos órgãos sensitivos e comunicativos. Estamos testemunhando o fenômeno da conaturalidade do meio, considerado quase como um "órgão biônico" integrado na nossa pessoa, com a função específica de anexar o mundo exterior virtual com a realidade biológica. 

Esta tese se demonstra quando se permanece por alguns dias sem um aparelho que me conecte a internet, ou quando a conexão à rede não está disponível por várias razões, surge um sentimento de mutilação, que falta algo de importante e vital. 

A rede deveria ser usada para comunicações curtas, que excluem a esfera privada e afetiva, porque o coração da comunicação não é só a mensagem, mas o sentimento, o transporte e a modalidade de como se expressam os próprios pensamentos.

O acompanhamento na utilização da rede é a forma dos pais permanecerem próximos do seu filho. Dado que a rede é algo virtual, o acompanhamento deve se traduzir em permanecer, por breves, mas frequentes, momentos do dia, fisicamente ao lado do filho para verificar, sem ser muito invasivo, se ele está seguindo as sugestões dadas.

Precisamente por este motivo, os pais, que se preocupam com o destino de seus filhos, não têm vergonha e deixam de usar os "parent control” (controle dos pais), tanto para bloquear o acesso a certos tipos de sites, quanto para receber diariamente os informes diários sobre o uso dos aplicativos utilizados e por quanto tempo.

Quando a tecnologia coloca um limite e controle na sua utilização, repara todas as vezes que responsabiliza muito o usuário da rede, que, se for menor de idade, é provável que seja imaturo e despreparado para entender as consequências de suas ações.

Mesmo que as escolhas sejam feitas virtualmente, através de uma tela, as consequências têm impactos sobre a alma de quem as faz. E, infelizmente, vemos que o meio virtual é muitas vezes o princípio da fraude, do engano, e permite entrar em contato com pessoas indesejadas. 

Livrar as crianças das armadilhas insidiosas da rede é parte integrante da missão educativa dos pais. Este é um dos temas que deveria ser incluído nos cursos de preparação ao sacramento do matrimônio e deveria se tornar frequentes argumentos de congressos nas paróquias.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Deus governa o mundo



São Cipriano afirma :"Somente Deus governa o mundo; com a palavra comanda tudo o que existe; regula tudo com a sua suprema razão; conduz tudo ao fiar totalmente nele e acolher de maneira criativa tudo o que ele nos quer dar".

A providência de Deus não é apenas uma idéia, mas um empenho de Deus a nosso respeito. Ele não deixará faltar nada aos seus pobres; "Não vos preocupeis... Olhai os pássaros...O vosso Pai celeste conhece as vossas necessidades"(Mt 6,25; 10,29-31; Lc 12,6-7; 2Cor 9,10; Sl121; Eclo34,16-17).

Estamos nas mãos de Deus que provê e dirige os acontecimentos. O esforço do homem não será o de procurar os próprios interesses, mas "o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo" ( Mt 6,33; Sl 62; Sb 1,1-15; Am 5,14; Sf 2,3; 2 Tm 2,22; 1Pd 3,11).

Estas frases fazem parte do livro "Catequese Paulina" usado no período formativo dos membros da Família Paulina. Elas nos exortam a fé na onipotência de Deus que tudo sabe e tudo ordena para o nosso bem.

É comum as pessoas comentarem entre si: "Porque Deus permite que aconteça esta tragédia, este acidente, esta crise financeira, esta maldade desenfreada, esta morte, esta doença... Há um consenso de que os males se originam no coração de um Deus "ausente". Mas isto não é verdade!

"Deus governa o mundo", afirma São Cipriano. Mas dá liberdade ao homem para que faça suas escolhas. E neste sentido podemos afirmar que temos escolhido mal. Claro que nem tudo depende das nossas escolhas, mas ainda nestes casos, a providência divina quando permite algo que nos traz algum sofrimento o faz visando um bem maior, nossa salvação.

Não é verdade que depois de uma tormenta, de um tempo de provação nos tornamos mais humildes, mais gratos a Deus pelas pequenos milagres do dia a dia? Quantos sobreviventes de doenças graves testemunham que depois da cura abandonaram o velho estilo de vida e hoje vivem cada dia como se fosse o último, que apreciam a natureza de uma forma nunca antes percebida, e que estão conscientes de que a vida é um dom de Deus e que deve ser bem vivida?

Estamos num ritmo enlouquecedor... Procuramos fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo para dar conta das demandas do nosso mundo tecnológico, cada vez mais rápido e eficiente. O único problema é que não somos máquinas, somos seres humanos que possuem uma alma e que não ficarão aqui para sempre. Vamos morrer, e logo, nesse ritmo...

Se Deus é o Todo Poderoso, o Criador do céu e da terra, Aquele que controla todo o orbe, porque nos afadigamos com as coisas que passam, se elas nos fogem das mãos? Se você que lê este artigo tiver mais de trinta anos, com certeza já deve ter constatado que não controlamos nada. Somos criatura, não criador...

Como é bom para os que creem, se saberem objeto do olhar providente do Pai. Pois não cai um só fio de nossa cabeça sem que Ele o permita. Portanto, coragem, tudo está como deveria estar. E de toda a tribulação tiraremos um bem maior, nosso amadurecimento espiritual e humano, e a valorização da graça divina que constantemente nos acompanha. Só não a percebemos porque estamos muito ocupados com as coisas do mundo. Sejamos gratos pelo dom de nossa vida, e trabalhemos para que ela termine em Deus. Nada mais importa!

ISF

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

"O diabo seduz, mas é um mau pagador"



Durante a homilia desta manhã, o papa Francisco nos convida à imitação fiel de Cristo, que "se abaixou para nos salvar"

Por Luca Marcolivio
Cidade do Vaticano, 14 de Setembro de 2015 (ZENIT.org)
As tentações malignas e a Cruz de Cristo que as derrota foram os principais temas da homilia do papa Francisco nesta manhã, durante a missa celebrada na Casa Santa Marta em presença dos cardeais do C9, que se reúnem no Vaticano de hoje até quarta-feira, 16 de setembro.

As leituras falam da serpente diabólica, "uma sedutora" que fascina, mas também "uma mentirosa" e "invejosa", porque foi pela "inveja do diabo, da serpente", que o pecado entrou no mundo. O diabo "promete muitas coisas, mas, na hora de pagar, paga mal, é um mau pagador", disse Francisco.

Falando aos Gálatas, São Paulo diz: "Vós, que fostes chamados à liberdade, quem vos encantou?" (Gl 3,1). A corrupção da serpente diabólica "não é algo novo; estava na consciência do povo de Israel", disse o pontífice.

A metáfora da serpente reaparece na história bíblica quando o Senhor pede a Moisés para "fazer uma serpente de bronze" a fim de que todos os que a olhassem fossem salvos (cf. Nm 21,4b-9).

A "profecia" da serpente "não é fácil de entender". Ela é mencionada na conversa com Nicodemos, quando Jesus explica que, "assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é preciso que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna".

A serpente de bronze foi, portanto, uma metáfora de "Jesus levantado na cruz". De fato, Ele "tomou sobre si todos os nossos pecados, tornando-se o maior pecador sem ter cometido pecado algum", disse o Santo Padre.

São Paulo explica na sua carta aos Filipenses: "Apesar da condição de Deus, Jesus não a considerou um privilégio, mas esvaziou-se tomando a forma de escravo, tornando-se semelhante aos homens; humilhou-se e fez-se obediente até à morte e morte de cruz" (Fl 2,8).

Por sua vez, São Francisco de Assis afirma: "Jesus se esvaziou de si mesmo, tornou-se pecado por nós, Ele que não conheceu o pecado".

E o papa comentou: "Podemos dizer que Ele se fez como uma serpente, feio".

Jesus é representado na cruz em muitas "belas pinturas", disse o papa, mas elas não revelam a realidade: "Ele ficou ensanguentado pelos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele tomou para vencer a serpente". E, assim como Jesus "se esvaziou" e "se abaixou para nos salvar", todo cristão, se quer mesmo ser cristão, "deve abaixar-se como Jesus",
"humilhando-se como Jesus".

Em referência à liturgia de hoje sobre a Exaltação da Santa Cruz, Francisco pediu à Virgem Maria a graça de "chorar de amor" e de "ter gratidão, porque o nosso Deus nos amou tanto que nos enviou o seu Filho", vindo ao mundo para "se abaixar e se aniquilar a fim de nos salvar".

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

“Nascemos com a Palavra, para a Palavra, na Palavra, em religiosa escuta da Palavra.”



                Com muita simplicidade, quero motivá-los, especialmente neste mês da Palavra, a fazerem uso dela abundantemente, sobretudo nos momentos de oração pessoal e comunitária. Bem sei que os jovens são criativos também no modo de rezar. Então, fica o desafio para que rezem com a Palavra do modo que melhor lhes convier. Quem sabe alguns de vocês se atrevem, no bom sentido, e produzem algo para a internet?! Deixo algumas dicas na certeza de que serão úteis e bem aproveitadas por vocês.

1. REZANDO COM A PALAVRA DE DEUS

A. A Palavra de Deus, na Bíblia, significa:

§ A ação criadora de Deus (cf. Sl 33,6; Gn 1,1-31; Sb 9,1; Eclo 42,15).
§ A manifestação de sua vontade (cf. Sl 107,20; Is 9,7; Jr 1,4-5.11; 2,1; 13,8; 16,1; 24,4; 28,12; 29,30; Zc 1,7).
§ Sua lei e seus mandamentos (cf. Dt 5,5; 4,13; 10,4; Ex 20,1-17).

B. Virtude da Palavra de Deus

§ Beatifica (cf. Lc 11,28).
§ Condena os que não a recebem (cf. Jo 12,48).
§ Faz-nos discípulos de Cristo (cf. Jo 8,31).
§ Faz-nos Tabernáculos da Santíssima Trindade (cf. Jo 14,23).
§ Imortaliza-nos (cf. Jo 5,24; 8,51).
§ Veículo de fé e de esperança (cf. Rm 14,17).

C. Qualidades do Pregador

§ Falar com clareza (cf. 1Cor 1,17; 14,19).
§ Falar com destemor (cf. Mt 10,27-28; Tt 2,15; At 20,23-24; 2Cor 4,1; Is 58,1).
§ Falar com caridade (cf. 1Cor 13,1).
§ Falar com fidelidade (cf. 2Cor 2,17; 2Cor 4,2; 1Tm 6,20-21; 2Tm 1,14).
§ Praticar primeiro, ensinar depois (cf. Mt 5,19; At 1,1; 2Cor 6,3).
§ Procurar não seu interesse, mas a salvação do próximo (cf. 1Cor 10,33).
§ Ser zeloso (cf. Gl 4,18-20; Rm 1,16).

D. Como pregar

§ Perseverantemente (cf. 2Tm 4,1-2).
§ Visando mais o aproveitamento espiritual do que a retórica (cf. 1Cor 2,1-5; 10,33).
§ Ao lado dos verdadeiros pastores, não faltam os falsos, os interesseiros (cf. Ez 34,1-10; Fl 1,15-17).

E. Efeitos vários da Palavra de Deus

§ Admiração (cf. Lc 4,22).
§ Adesão (cf. Jo 4,39-42; 1,49-50; 2-22).
§ Contradição (cf. Jo 7,12; 7,40-44; 10,19-21).
§ Desprezo (cf. At 13,43-46).
§ Indignação (cf. Lc 4,28-30; Jo 8,58-59).
§ Derrota (cf. Jo 18,6).
§ Louvor (cf. Lc 11,27).
§ Ódio para os maus, alegria para os bons (cf. Lc 13,15-17).
§ A palavra divina é sempre eficaz, pois para Deus dizer equivale a fazer = eficácia (cf. Sl 33,9; Is 55,10-11).
§ Transforma o coração e leva o seu povo à conversão (cf. Zc 1,6; Nm 23,19; Is 44,26ss.).
§ É ativa naqueles que creem (cf. 1Ts 2,13).

F. Cristo, pregador da Galileia

§ Cristo é a Palavra de Deus por excelência (cf. Jo 1,1-14; Fl 2,6; Cl 1,16).
§ Fala-nos o Pai por meio do Filho (cf. Hb 1,1-2).
§ Começa sua pregação na Galileia (cf. Mt 4,12-17.23).
§ Prega na Sinagoga dos Judeus (cf. Mt 9,35; Mc 1,39).
§ Para as suas pregações mesmo uma barca serve de púlpito (cf. Lc 5,1-3).
§ Prega com autoridade a ponto de causar surpresa em seus ouvintes (cf. Mt 7,28-29).
§ É através da palavra viva e pessoal de Jesus que os discípulos conhecem o Pai (cf. 1Jo 1,1-4; Jo 17,6ss.).
§ Prega por meio de parábolas (cf. Mc 4,33-34; Mt 13,34-35).
§ Seu célebre Sermão da Montanha (cf. Mt 5,1-3; Lc 6,1-49).
§ É aclamado por todos (cf. Lc 4,14-15.22).
§ Arrastava as multidões (cf. Mt 4,25; 19,1-2; Lc 19,3).
§ Madrugando até para escutá-lo (cf. Lc 21, 37-38).

G. Dever dos cristãos (fiéis) frente à Palavra

§ Orientar toda a vida de acordo com ela (cf. Ex 20,1ss; 34,28).
§ Escutá-la com interesse e cumpri-la (cf. Mt 7,24; Lc 5,1; At 8,5-6; 13,42-44; Tg 1,21-25).
§ Reter na memória (cf. Cl 3,16; Tg 1,25).
§ Escutar os pregadores como mensageiros de Deus (cf. 1Ts 2,13; 1Cor 4,1).
§ Louvor aos que escutam e praticam a Palavra (cf. Rm 2,13; Lc 11,28).
§ Não faltaram, entretanto, os que desprezam a Palavra (cf. 2Tm 4,3-4).
§ Castigo, contra os que desprezam a Palavra (cf. Mc 8,38; Lc 9,26).
§ Cada cristão (fiel) deve ser um portador da Palavra (cf. Fl 2,16; At 4,18-20; 2,29; Ef 6,19-20).
§ O trabalho dos apóstolos é o “ministério da Palavra” (cf. At 6,4).

2. SUGESTÕES DE LEITURAS

A procura de lucro (Mc 10).
A procura de uma grande oportunidade (Is 55).
Na aflição (Jo 14).
Na depressão (Sl 27).
Na amargura e criticismo (1Cor 13).
Na preocupação (Mt 6,19-34).
Na solidão e no medo (Sl 23).
Na necessidade de afirmação cristã (Rm 8,1-30).
No perigo (Sl 91).
No pecado (Sl 51).
Para produzir frutos (Jo 15).
Para reavivar a fé (Hb 11).
Para o segredo da felicidade de São Paulo (Cl 3,12-17).
Para se dar bem com todos (Rm 12).
Quando Deus parece distante (Sl 139).
Quando falharem com você (Sl 27).
Saindo para o trabalho ou em viagem (Sl 121).
Se você está deprimido (Rm 8,31-39).
Se você deseja paz e repouso (Mt 11,25-30).
Se o mundo parece maior que Deus (Sl 90).
Se seu bolso está vazio (Sl 37).
Se suas orações são pequenas e egoístas (Sl 67).
Se você perdeu a confiança nas pessoas (1Cor 13).
Se necessita coragem no trabalho (Sl 126).
Se necessita coragem para o serviço (Js 1).
Se as pessoas parecem rudes (Jo 15).
Se você acha o mundo pequeno e você enorme (Sl 19).
Desanimado (2Cor 4,7-15; 2Cr 32,7-8).
Triste (Sl 119,28-33; 2Cor 2,1-8).
Alegre (Sl 5,12; 1Cr 16,8-11).
Deprimido (Sl 103; Sl 63).
Agradecido (Cl 3,15-17; Sl 138).
Solitário (Sl 25,16; Hb 13,5-6).
Cansado (Is 40,28-31; Mt 11,28-30).
Doente (Tg 5,15; Sl 6).
Sofrendo (Is 14,3-9; 2Tm 2,8-13).
Satisfeito (Sl 65, Is 58,11).
Paz (Sl 55,19; Jo 14,27-31).
Ânimo (Sl 23; Sl 43).
Fé (Mc 5,25-34; Rm 4,18-25).
Sabedoria (Ecl 8,1.16-17; Pr 3,13-20).
Perdão (Sl 130; Lc 6,37-42).
Conforto (Is 66,13-14; Jo 14,1-4).
Esperança (Sl 33,22; Rm 5,1-11).
Amparo (Esd 9,9-10; 2Sm 22).
Orientação (Sl 32; Sb 9,9-11).
Força (Ex 15,2; 2Sm 22).
O medo leva a pessoa ao ridículo (1Sm 21,10-15).
O medo leva a pessoa a buscas erradas (1Sm 28,5-7).
O medo leva a pessoa à mentira (Gn 26,7).
O medo leva a pessoa ao suicídio (1Sm 31,3-4).
Medo de escuro, Deus é a luz (Sl 27,1).
Medo da condenação, Deus é a salvação (Sl 27,1).
Medo de viver, Deus é a força (Sl 27,1).
Medo de ser atingido, Deus é o escudo (Gn 15,1).
Medo de nada receber, Deus é o galardão (prêmio) (Dt 3,22).
Medo de prosseguir, Deus está na frente (Dt 31,8).
Medo de solidão, Deus é o companheiro (Sl 23,4).
Medo de abandono, Deus jamais o abandona (Dt 31,8).
Medo de não ter para onde ir, Deus é o refúgio (Sl 46,1-2).
Medo de ser atacado, Deus é a fortaleza (Sl 46,1-2).
Medo de angústia, Deus é o socorro (Sl 46,1-2).
Medo de fraqueza, Deus é a força (Is 41,10).
Medo de fraquejar, Deus é o sustento (Is 41,10).
Medo de perder, Deus é a ajuda (Is 41,13).
Deus não quer que vivamos com medo, seja de fantasmas (Mt 14,26), de afundar (Mt 14,30), de gigantes (1Sm 17,24), ou de qualquer outra coisa. A frase “não temas”, aparece 365 vezes na Bíblia. Uma vez para cada dia do ano. Sendo assim, todo dia ao acordar, escute Deus lhe dizendo: “Não temas”.



3. DECÁLOGO BÍBLICO DO PE. TIAGO ALBERIONE

A Bíblia é como a Eucaristia.
As “cinco teologias” (dogmática, moral, pastoral, ascética e mística) têm o dever de se inspirar, derivar e explicar a Bíblia.
Como é normal distribuir Deus-Hóstia, também assim deve ser com Deus-Palavra.
Como Jesus-Hóstia, vestido de pão, vem ao nosso coração, também Jesus-Palavra, vestido de papel, entra em todas as famílias e está nas mãos e ao alcance de todos.
Um pároco deve decidir distribuir Evangelhos da mesma maneira que distribui comunhões.
O Evangelho deve entrar em todas as famílias especialmente naquelas que não vêm à Igreja.
Distribuam-se Evangelhos por todo o lado: pelos comércios, cafés, restaurantes, bibliotecas, escolas, hospitais, cadeias, fábricas e hotéis.
Deve-se prestar culto ao livro das Sagradas Escrituras.
Presença real no fiel que comunga – presença real no fiel que escuta ou lê a Bíblia.
Há equivalência entre pregação bíblica à “viva-voz” e pregação bíblica nos meios de comunicação social. O apostolado dos meios de comunicação social é a continuação da Bíblia e sua eficácia é semelhante à da Bíblia.

Em Cristo Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida,
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Coordenador Provincial
de Animação Vocacional e Formação