quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Família, torna-te o que tu és!


“A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.” (Familiares Consortio – São João Paulo II)

Recordando e atualizando a colocação do Grande Beato João Paulo II na exortação apostólica Familiares Consortio, percebemos o grande desafio que hoje norteia nossas famílias: cultivar, manter e perseverar em sua missão.

Cultura de morte, relativismo moral e ético, ideologia do gênero, novas “modalidades” de família, degradação sexual e dispersão da fé são hoje visões e propostas que são oferecidas e muitas vezes imposta à família, até de forma sedutora, mas que comprometem diretamente a sua base e estrutura.

Mas como identificar estes desafios, como discernir a postura correta de pais e filhos, onde encontrar forças para enfrentar estes desafios e responder ao chamado de Deus?
A família é em sua essência, pela ação do Espírito Santo, o reflexo da Trindade, o santuário da vida e carrega em si mesma a “boa notícia” da vida, do amor, da fé e da esperança. Isso confere à família a graça e a grave responsabilidade de ser o depositário da fé, a célula mãe da sociedade, a escola da fé, da caridade e da esperança.

É possível ser santo na família, é possível viver a fidelidade, a castidade, o amor desinteressado, é possível ser feliz na família. Estas são verdades que pouco a pouco a família tem deixado de lado, tem esquecido e o que é mais grave, tem substituído por “falsas verdades”.

Faz-se necessário resgatar no seio da família o conhecimento acerca do desígnio de Deus para a mesma. Homem e mulher foram criados por amor e para o amor. E este amor os conduz à capacidade e responsabilidade de uma comunhão total, que abrange a dimensão conjugal e espiritual que é plenificada e consumada pelo sacramento do matrimônio.

Os casais precisam redescobrir e manter viva a dinâmica da verdade entre si, de perceber a beleza do outro, da transmissão da vida, de promover o diálogo e a vida de oração, de promover os momentos de convivência saudável, de educar os filhos, de irem a missa aos domingos e de servirem a Igreja.

Os esposos devem olhar um para outro como um dom, um tesouro que Deus os confiou. Tesouro este que deve ser guardado, zelado e amado com toda intensidade do ser de cada um. Devem deixar de lado o “eu”, o “meu” e abraçarem o “nosso”. Devem pôr os interesses econômicos, profissionais e materiais sempre ao dispor da santidade e da felicidade da família e não fazê-la refém destes interesses.

Os filhos precisam perceber que suas famílias são locais de acolhimento, escuta, alegria, perdão e amor. Precisam perceber que além de educadores, responsáveis e mantenedores eles tem amigos fiéis em seus lares, sempre dispostos a escutá-los, corrigi-los fraternalmente e principalmente amá-los. Só assim não serão seduzidos pelos apelos do mundo. Só assim poderão discernir bem nas diversas situações a que serão submetidos. Só assim serão homens e mulheres de Deus, amados e convictos de sua missão na sociedade e na Igreja.

A sociedade precisa reconhecer que a família é a principal coluna da sociedade, a principal defensora da vida desde a sua concepção até o seu declínio natural. Precisa reconhecer que os valores até então “descartáveis” são necessários e fundamentais para que tenhamos uma sociedade digna, justa e fraterna.

A Igreja, mãe e mestra, também necessita encontrar na família uma extensão de sua missão de instaurar o Reino de Deus e conduzir seu povo à salvação. Precisamos fazer de nossas casas, verdadeiras e autênticas igrejas domésticas, onde o sacrifício de Cristo no altar é atualizado e testemunhado no cotidiano de nossas vidas.

E tudo isso só será possível se cada um, generosamente, afirmar e confirmar o seu sim diário a este chamado de Deus. Um sim diário que será o eco de um sim eterno. Um sim diário que comportará todas as exigências e desafios próprios do tempo e das circunstâncias, mas que também trará consigo as alegrias e realizações também próprias de quem não obstante o sofrimento da cruz, crê na ressurreição e empenha suas forças em buscá-la.

E a partir deste sim, como luzeiros no mundo, testemunhar o poder do amor de Cristo Ressuscitado que revela e transmite este amor a nós e o plenifica no sacramento do matrimônio.

Família, torna-te o que tu és!!!

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!!

Fabiano de Medeiros

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Reflexão natalina

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Dezembro, entre Deus e o diabo


Nenhum outro mês é como dezembro. A iminência das festas de final de ano, a chegada das férias escolares, as comemorações “da firma”, os balanços anuais e os planos para um novo ano... Num frenesi de emoções contrastantes, corremos tanto para preparar nossos momentos felizes que nos arriscamos a esquecer de porque estes momentos deveriam ser felizes. Nos afanamos tanto em preparar nossas festas que não saboreamos sua razão de ser.

A Igreja, em sua sabedoria milenar, dedicou esse mês à interiorização do Advento, para a redescoberta das razões pelas quais fazemos as coisas, preparação para encontrar Deus como um singelo e desprotegido bebê. Esse deveria ser o tempo do retorno ao lar, quando os distantes voltam para suas famílias, os solitários redescobrem o amor, os pobres e os que sofrem são acolhidos com justiça e ternura, os filhos reencontram o Pai. 

Mas um habilidoso demônio preencheu dezembro com atividades estafantes e tediosas. Usando amores falsos, vendidos e até cínicos, conspurcou a memória do Amor e dos amores verdadeiros. Desvirtuou as festas, que deixam de celebrar a alegria e se tornam uma duvidosa catarse do vazio e da falta de sentido.

A questão não é só de uma festa mal comemorada. As festas celebram a vida. Uma festa mal comemorada representa uma vida mal vivida. Assim, uma cruel desumanidade, como sombra sutil, nos acompanha nesse tempo de maravilhas, transformando a Beleza em fantasia inconsequente. 

Nós, cristãos, nos acostumamos a criticar a mercantilização do Natal em nossa sociedade. É justo, mas com esse foco não percebemos que tudo que fazemos revela um pouco de nossos anseios mais profundos. O desejo de um amor sem limites; da paz que apaziguará não só as nações beligerantes, mas também os corações amargurados; da ternura que não só sanará nossas feridas, mas também trará a justiça para os excluídos e os pobres da terra – tudo isso está presente, ainda que desfigurado, nesse mês de dezembro.

O resgate desse tempo passa menos pela censura de seus desvios que pela percepção de toda a profundidade e riqueza humana que se esconde em seus símbolos, mesmo que oscilem da mais sublime espiritualidade ao mais reles mercantilismo.

Papai Noel não é só a degradação consumista do espírito natalino. Ele é a confirmação de que nossa cultura, por mais mercantilista e interesseira que seja, não consegue apagar em nosso coração o desejo de uma gratuidade e de uma bondade sem limites. A mentalidade do mundo diz que todos queremos ser sobrinhos (e herdeiros) do Tio Patinhas. Mas, no fundo, sabemos que só seremos felizes sendo filhos de um Papai Noel que sempre nos dê a alegria e a liberdade dos que vivem para amar.

A força do cristianismo não está em condenar o mundo, mas em mostrar sua verdade. Cristo não é aquele que condenou Mateus, Zaqueu, a samaritana, Madalena ou mesmo Pedro, mas sim aquele que lhes mostrou a existência de um Amor ansioso por responder ao drama humano.
O Advento e o Natal são o tempo de descobrir e testemunhar a verdade que se esconde por traz de nosso desejo de alegria, de paz e de festa. O mal não está em acreditar em Papai Noel, mas em pensar nele como a fantasia de uma noite de ilusão, e não como símbolo de uma realidade que nos acompanha todos os dias do ano.
Francisco Borba Ribeiro Neto,
coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Vigilantes para a vinda do Senhor



“O Senhor descerá com esplendor para visitar o seu povo e fazê-lo viver a vida eterna”. (Mc 13, 37)

O Senhor vem visitar-nos, trazer-nos a paz, dar-nos a vida eterna prometida. E deve encontrar-nos como na parábola do servo prudente que não dorme durante a ausência do seu amo e que, quando o seu amo regressa, o encontra no seu ligar, entregue à sua tarefa.
O Senhor vem a nós e devemos aguardar a sua chegada com espírito vigilante, não assustados com quem é surpreendido praticando o mal, nem distraídos como quem tem o coração posto unicamente nos bens da terra, mas atentos e alegres como quem há muito tempo aguarda uma pessoa querida. 

Vigiar é, sobretudo, amar. Pode haver dificuldades para que o nosso amor se mantenha desperto: o egoísmo, a falta de mortificação e de temperança ameaçam sempre a chama que o Senhor acende constantemente no nosso coração. Por isso é preciso avivá-la sempre, sacudir a rotina, lutar.

É necessário permanecermos vigilantes contra os inimigos de Deus, mas também contra a cumplicidade a que nos induzem as nossas más inclinações: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação, porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26, 41)

A nossa vigilância deve concentrar-se nas pequenas coisas que preenchem o dia, pois a pequenas coisas costumam ser a antessala das grandes. A purificação da alma não é uma tarefa meramente negativa, nem se propõe somente evitar o que esteja na fronteira do pecado; pelo contrário. Consiste em saber privar-nos, por amor de Deus, do que seria lícito não nos privarmos.

E na nossa oração fazemos propósitos concretos de esvaziar o nosso coração de tudo o que não agrade o Senhor, de cumulá-lo de amor a Deus com provas constantes de afeto por Ele – como fizeram a Virgem Santíssima e São José.

Suplicamos à Virgem Maria que a nossa vida seja sempre tal como pedia São Paulo aos primeiros cristãos de Éfeso: “um caminhar no amor”.(Ef 5, 2-5)

Francisco Fernandez Carvajal

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Como ensinar as crianças a rezar


Hoje em dia muitas famílias já não oram mais juntas, e sempre surge a dúvida: quem deve ensinar as crianças a rezar? A família ou o catequista?

A criança precisa conhecer os elementos básicos da Fé em seus primeiros anos de vida, e nada melhor do que os pais, que são as pessoas mais próximas neste tempo para ensinar. Aquilo que se aprende no início da vida, nunca se esquece.

O primeiro passo é orar com a criança, um verso simples e curto, para que se desperte o desejo de rezar. Um exemplo fácil e muito utilizado é a música Mãezinha do céu:
Mãezinha do céu, eu não sei rezar 
Eu só sei dizer quero te amar.
Azul é seu manto, branco é seu véu,
Mãezinha eu quero te ver lá no céu.
 

Mãezinha do céu, mãe do puro amor 
Jesus é seu filho.
Eu também o sou.

Azul é seu manto, branco é seu véu 
Mãezinha eu quero te ver lá no céu.

Mãezinha do céu vou te consagrar 

A minha inocência, guarda-a sem cessar.
Azul é teu manto, branco é seu véu 

Mãezinha eu quero te ver lá no céu.


É importante ter cuidado com o que se deixa entrar em casa, como revistas e livros com conteúdos impróprios, alguns programas de televisão, músicas, etc. Não é difícil encontrar produtos, infantis inclusive, que podem auxiliar na evangelização das crianças ainda em seus primeiros passos, como Bíblia infantil, rosário para crianças, DVDs com desenhos bíblicos, programas de TV e músicas católicas, imagens de santos como criança, e diversos produtos que podem aproximar a criança da igreja.

O exemplo sempre será melhor forma de ensinar, a criança geralmente imita o pai e a mãe, portanto a oração diária, algumas músicas, o sinal da cruz, ir à missa aos domingos fará com que a criança aprenda rapidamente e essa experiência ficará gravada como algo bom, uma rotina da vida familiar.

Deve-se lembrar que ensinar é diferente de obrigar. O fato de ser obrigado a fazer algo naturalmente gera um desconforto. A criança forçada a orar pode se revoltar contra a igreja e não ter interesse nenhum em se aprofundar nos ensinamentos de Deus. No tempo dela, ela terá vontade de conhecer e aprender as orações e de acompanhar a família à missa.

O catequista ensina o essencial da Fé, e é importante sua participação na vida da criança durante o catecismo. O Papa João Paulo II disse: “A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com fim de iniciá-los na plenitude da vida cristã”.

Além de passar as regras e a doutrina, o catequista tem a missão de promover o encontro pessoal do catequizando com Jesus. Para isso, a criança precisa ter o desejo de Deus, a vontade de estar próxima a igreja e participar do catecismo. A missão de despertar esse desejo, de iniciar essa aproximação é da família, principalmente dos pais. Como é sua participação nos grupos da comunidade? Quando participa da Santa Missa? Quais são os momentos de oração em família? Quais músicas costuma ouvir? Essas respostas o ajudarão a avaliar sua contribuição na evangelização de seus filhos.

“Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham.” (São Mateus 19, 14).

Aleteia

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sábia preparação do Juízo Final


Estamos em novembro, mês das almas do purgatório. Todos querem salvar-se, contudo não sabemos em que condições estaremos no dia de nossa morte. É possível que tenhamos que passar pelo purgatório, uma vez que somos pecadores, e que nem sempre estamos no estado de pureza tal que nos garanta a ida ao céu logo após nossa morte. Por isso, vamos meditar sobre um texto do livro “Imitação de Cristo”, tão antigo e sempre repleto de sabedoria...

“Em todas as coisas olha o fim, e de que sorte estarás diante daquele retíssimo juiz para quem nada é oculto, que não se abranda com dádivas, nem admite desculpas; mas que julgará segundo a justiça.
Ó pobre pecador! Que responderás a Deus que sabe todas as tuas maldades, tu que às vezes temes o rosto de um homem irado?
Por que não te acautelas para o dia do juízo, quando ninguém poderá ser desculpado nem defendido por outrem, mas cada um terá bastante que fazer por si?
‘Pois então estarão os justos com grande constância contra os que os angustiaram e perseguiram’.(Sb 5,1)
Então se levantará para julgar aquele que agora se sujeita humildemente ao juízo dos homens.
Então terá muita confiança o pobre humilde; mas o soberbo estremecerá de pavor.
Então se verá como foi sábio o que neste mundo aprendeu a ser louco e desprezado por Cristo.
Então agradará toda a tribulação sofrida com paciência, ‘e a maldade não abrirá a boca’. (Sl 106,42)
Então se alegrarão todos os devotos, e se entristecerão todos os irreligiosos.
Então exultará mais a carne mortificada, que a que sempre viveu em deleites.
Então resplandecerá o vestido grosseiro, e parecerá vil o precioso.
Então será mais aplaudida a pobre choupana, que o suntuoso palácio.
Então aproveitará mais a constante paciência, que todo o poder do mundo.
Então será mais exaltada a simples obediência, que toda a sagacidade do século.
Então se alegrará mais a pura consciência, que a douta filosofia.
Então te consolarás mais de haver orado com devoção, que de haver comido com regalo.
Então te alegrarás mais de ter guardado silêncio, que de ter falado muito.
Então te aproveitarão mais as obras santas, que as palavras floridas.
Então agradará mais a vida estreita e rigorosa penitencia, que todas as delícias terrenas.

Do livro “Imitação de Cristo” – Tomás de Kempis


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O rosário: armadura espiritual



"O príncipe Eugênio de Savóia (1663-1736), brilhante e vitorioso general de campo das forças católicas contra os exércitos invasores muçulmanos da Europa Central, estava diante de uma batalha grande e decisiva. Devo salientar que eram homens destemidos, e não como se costuma dizer em alemão: "irmãozinhos de reza", sempre com um livro de reza debaixo do braço, mas de resto sem muita iniciativa para enfrentar a vida. Não, não eram assim os homens de guerra, homens que enfrentaram pesadas batalhas. Assim entraram na história como heróis. Não eram tipos prepotentes, tinham o costume de dirigir-se à Mãe de Deus para pedir auxílio, no silêncio e a sós, antes de se pôr na frente da linha de batalha.

O príncipe Eugênio, o nobre cavalheiro... assim se canta na conhecida canção!... A história relata: quando os soldados o viam, enrolado no manto militar, com o capuz sobre a cabeça, em silêncio andando para lá e para cá, com o terço na mão, diziam entre si: 'amanhã vai começar encrenca...amanhã certamente teremos batalha grande e decisiva!' O Príncipe Eugênio era de baixa estatura. Por isso os subordinados chamaram-no de o Pequeno - o Capuchinho, e diziam: ' de novo com o capuz sobre a cabeça, puxando o rosário do bolso... está se armando algo... amanhã vai começar a batalha'.

O que isso tudo quer dizer? O rosário é uma armadura de batalha, com todo o significado desta expressão. O Príncipe Eugênio se prepara para o grande golpe contra o inimigo. Com que se prepara? Prepara-se com a reza do terço! Sempre ganhou as batalhas. De fato foi um grande general do Rosário... O pequeno capuchinho tinha o capuz sobre a cabeça e o rosário na mão.

Conta-se também que o notável e santo sacerdote Clemente Maria Hofbauer, redentorista (1751-1820), tinha o costume de dizer, quando chamado ao leito de morte de um pecador endurecido, que não queria saber de conversão: 'se eu tiver tempo para ainda rezar o terço, ganharei qualquer batalha, levarei qualquer pecador de volta para Deus'. 

Apliquemos tudo isso para a nossa situação: agora sou eu o pequeno capuchinho... A minha esposa foi abençoada com um novo filho e espera o seu nascimento, e estou preocupado... Fazer o que agora? O general do Rosário faria o quê? Conhecemos a resposta...Ou os meus filhos estão diante dos exames e provas... Ou mesmo estou procurando um novo emprego, estou em grandes apuros financeiros... preciso construir uma casa... O que faz a essa altura o General do Rosário? Seguremos o rosário nas mãos. Ele é o nosso breviário de família e, ao mesmo tempo, a armadura de luta em todas as situações.

O rosário é de fato uma armadura de batalha. A armadura de batalha, o equipamento 'bélico-espiritual'... O que o rosário significa para nós? Eis uma grande verdade que queria dizer-lhes: para nós o rosário é uma grande armadura para as batalhas espirituais.
Vejam o valor do rosário. De fato é uma armadura! Com esta também ganharemos qualquer batalha, só é preciso rezá-lo!"
Pe. José Kentenich

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Caritas lança fundo humanitário de emergência para a Síria

Cidade do Vaticano (RV) - A cidade síria de Aleppo está quase toda destruída e um acordo político entre as partes parece distante. Os apelos da Nações Unidas por uma trégua humanitária ainda não foram ouvidos. Aleppo, a cidade símbolo de convivência entre cultura e religião, atravessa um dos momentos mais duros de sua história.

 Há cinco ano, as forças armadas em campo não poupam qualquer meio para obter a vitória. É necessária uma trégua, os conflitos atingem os mais fracos, os doentes, as crianças. Na cidade já faltam comida, água, remédios.

Apelos de Paz 
"Infelizmente, continuam chegando notícias de vítimas civis na Síria, principalmente em Aleppo. É inaceitável que tantas pessoas inocentes, civis e sobretudo tantas crianças, paguem o preço deste conflito, o preço de um coração fechado e da falta de vontade de paz dos poderosos”.

Este foi o milésimo apelo do Papa Francisco para a paz na Síria.

Apelos como este não param de chegar: a Comunidade de Santo Egídio também pediu uma trégua para a cidade.

"A história - escreveu recentemente Andrea Riccardi, fundador da Comunidade - se dará conta de tantos mortos e de tanta destruição. É preciso parar enquanto ainda existe um pouco de esperança e vida. Não podemos deixar que Aleppo morra debaixo dos nossos olhos".
 
Caritas  
Desde o início do conflito a Caritas tem fornecido comida, assistência de saúde, alojamentos, proteção e meios de subsistência para os habitantes da Síria e refugiados.

Em julho, uma vídeo mensagem do Papa à Caritas lançou uma campanha pedindo que todas as partes envolvidas nos conflitos se encontrem para o diálogo, a fim de buscar uma solução pacífica na qual seja assegurado o sustento das milhares de pessoas atingidas pela guerra e devolvida a esperança a todos os sírios, dentro e fora do país.

Fundo Humanitário de emergência  
Para responder as necessidades das famílias em Aleppo, a Caritas da Síria, lançou um fundo de emergência.

A Caritas Italiana agradece a arrecadação de um milhão de euros destinados aos países do Oriente Médio que acolheram refugiados (Jordânia, Líbano, Turquia, Grécia). Em 2016 já foram disponibilizados cerca de 500.000 euros para projetos de assistência básica, medicamentos e alojamentos.

Rádio Vaticano