Acompanhamos neste domingo, dia 27/04, na Praça de São Pedro em Roma, a canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II.
Estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas presenciaram, pelas mídias, este acontecimento ímpar que toca a maioria de nós, pelo fato de sermos contemporâneos de pelo menos um dos papas
A Igreja toda rejubila pelo testemunho de santidade destes dois homens que viveram sua fé até as últimas consequências, confirmando sua adesão à Igreja Católica e servindo-a através da grande responsabilidade do papado. Foram homens de grande envergadura espiritual, porque homens de muita oração. Ambos enfrentaram tempos difíceis.
João XXIII, responsável por convocar o Concílio Vaticano II, preparou a Igreja para novos tempos. Teve um curto pontificado, mas deixou sua marca de bondade, simpatia e jovialidade sendo lembrado como o "Papa bom", ou o "Papa da bondade".
João Paulo II foi um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental no processo fim da queda do comunismo na Polônia, e talvez em toda a Europa, e contribuiu para a melhora das relações da Igreja Católica com o judaísmo, o islã, a Igreja Ortodoxa, com as religiões orientais e com a Igreja Anglicana. Foi o Pontífice que mais viajou pelo mundo dominando vários idiomas.
Papa Francisco, referiu-se aos dois dizendo:
"Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas
tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus;
mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da
história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta
nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.
Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais,
passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade
aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele
cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas
receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado
em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.
Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes,
em Jerusalém, de que falam os Actos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que
ouvimos na segunda Leitura. É uma comunidade onde se viveo essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.
E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária,
a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não
esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem
crescer a Igreja. Na convocação do Concílio,São João XXIII demonstrou
uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e
foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este
foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo.
Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família.
Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa
da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu".
Nós nos alegramos pois temos dois novos intercessores no céu.
São João XXIII rogai por nós!
São João Paulo II rogai por nós!
Nós nos alegramos pois temos dois novos intercessores no céu.
São João XXIII rogai por nós!
São João Paulo II rogai por nós!