segunda-feira, 27 de maio de 2013

Zélia e Louis Martin: os pais de Santa Teresinha





Acompanhe na seção Casais que alcançaram a santidade, a bela história dos pais de Santa Teresinha do Menino Jesus, Zélia e Louis Martin. Trata-se de mais um modelo de vida familiar bem estruturada na fé, e na forma como abraçaram a vocação matrimonial. 
Desta união tão fecunda surgiram cinco vocações religiosas, incluindo a de Santa Teresinha. Sempre unidos no amor enfrentaram as dificuldades da vida, e a perda de quatro filhos ainda pequeninos.
Santa Teresinha relembra momentos felizes com seu pai: 

"Ah! Como era bom, depois da partida de damas, sentar-me com Celina no colo de papai…Com sua bela voz, ele cantava melodias que enchiam a alma de pensamentos profundos… ou embalando-nos, recitava versos repletos das verdades eternas…Não sei dizer o quanto amava papai; tudo nele causava-me admiração."
  
É um convite para nós, pais e mães destes tempos, a imitá-los na postura aberta à vida, no lar cheio de amor e fé, e, acima de tudo, sempre em conformidade com a vontade e a lei de Deus. 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Games de família



As crianças e os jovens da era tecnológica dominam com seus ágeis dedos os botões dos aparelhos eletrônicos e viajam pelos “games” dos visores dos computadores, dos Ipad e dos Iphones. 
 
É tão atraente e envolvente a cultura dos “games” que os adultos – que antigamente exigiam das crianças e dos jovens que deixassem o futebol, as pipas, as bicicletas e os carrinhos de rolemã para estudarem – hoje são seus imitadores. 

Em aeroportos, em longas viagens aéreas, na sala de espera dos consultórios ou na privacidade do quarto pessoal, e muitos outros lugares – menos no ambiente de trabalho profissional – o que se vê são adultos que não conseguem deixar de ser dessa “geração games”. 

Talvez ser da “geração games” sendo da antiga geração do telefone fixo, da máquina de escrever, das cartas manuscritas, das brincadeiras que mexiam com todo o corpo e não só com a agilidade dos dedos polegares seja muito relaxante, ajude a aliviar o “stress” do atual mundo tecnológico. 

O que talvez não seja relaxante nem aliviante é ser da geração “games de família”. O que é a geração “games de família”? Consideremos a atual cultura pós-moderna caracterizada “pela auto referência do indivíduo, que conduz à indiferença pelo outro, de quem não necessita e por quem não se sente responsável” (cf. Documento de Aparecida, V.2007, n. 46), a fim de entender exatamente essa “nova geração”. 

Esta cultura individualista tem produzido uma geração de pensadores que se autodenominam intelectuais da desconstrução de padrões antiquados ou uma geração de feministas emancipadas que julgam ser a melhor geração de mulheres de toda a história da humanidade: nunca se ouviu dizer, afirmam essas feministas, que tenha existido mulheres tão livres da família, da maternidade, da religião “machista”, como as atuais mulheres. 

Esta geração com enormes e gigantes “dedões polegares” é manipuladora da inteligência e da consciência humana, acabando com a real família, fundada por Deus sobre a união do amor autêntico existente na relação de um homem com uma mulher, aberto à descendência natural, cultivado dentro de um lar acolhedor e com um projeto comum a longo prazo para as vidas dos pais e dos filhos. 

Esses “dedões polegares” monstruosos fabricam “games de famílias” e brincam com eles, mexendo nos botões dos conceitos de amor, identificando-o exclusivamente com afetos: então surgem as uniões homoafetivas, as heteroafetivas com lares separados, e a última novidade em “games”, as uniões poliafetivas de um homem com 2 mulheres ou mais. Esses “dedões polegares” brincam com os botões da educação dos filhos, e querem demonstrar que qualquer um pode ser excelente pai ou mãe, ou competentes pais ou mães, inigualáveis “monopais” ou “monomães”, sem ter outro requisito pedagógico que seguir um critério contrário ao modelo de educação já existente nas reais famílias, às quais eles gostam de chamar de famílias tradicionais ou conservadoras. 

Quando esses “intelectuais e essas feministas” enveredam pela via da sexualidade humana os “games-famílias” mostram nas suas telas todos os tipos de relacionamentos classificados por letras do alfabeto e considerados chaves mágicas que abriram – felizmente, disse as pessoas acima mencionadas – as portas dos armários escuros, autênticos esconderijos de rapazes e moças que não tinham, até que chegaram os “dedões polegares”, a aceitação das suas opções dentro das esferas do mundo da religião, da política, da cultura e da mídia. 

O mundo que Deus criou foi considerado bom e depois muito bom com a criação do homem e da mulher, resiste à imposição dos “games famílias”. Essa resistência não tem nada a ver com as pessoas que estão vivendo dentro dessas novas formas de considerar o que é família. O amor ao próximo exige o respeito profundo por todas as pessoas, independentemente serem pessoas que acertaram ou erraram em suas escolhas vitais. Esse mesmo amor ao próximo exige, porém, o amor à verdade que deve ser anunciada ao próximo e o amor à beleza da vida familiar tal como está no projeto divino para o futuro do mundo. 

Retornando à palavras do papa Bento XVI no Discurso inaugural da Conferência Geral do Episcopado do continente americano em Aparecida no ano 2007: “quem exclui Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, em consequência, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas”, convém ver as consequências dessas brincadeiras com a família. 

Sendo a família segundo um projeto de Deus, ela é o maior “patrimônio da humanidade”, e quem exclui esse projeto através do “play station” com seus vários “games-família” acaba empobrecendo, cultural e eticamente, a humanidade. 

Necessita-se, portanto, de uma nova geração de intelectuais e de mulheres que crie um feminismo “de ponta”, de autênticos valores para as mulheres e para os homens, que saiba, sem o uso de “dedões e de dedinhos ágeis”, elaborar uma cultura própria do enorme valor desse patrimônio da humanidade. 

Necessita-se também de jovens que sejam rebeldes e reclamem contra esses “dedões polegares” dos pseudo-intelectuais e das pseudo-feministas, e que sejam, principalmente, voluntários de Deus para serem construídas famílias-famílias, onde as mães queiram ser mães e também profissionais, procurem ser excelentes educadoras, psicólogas, comunicadoras na educação dos seus filhos e, sem terem o salário que mereceriam por dedicarem-se à família, sejam empresárias do lar, gerenciando suas famílias com competência, com visão de futuro e com consciência de que nem o Estado nem os “pseudo-pensadores” sejam os gerenciadores das suas casas, quando na verdade terminam sendo perturbadores da tranquilidade e da privacidade do ambiente de amor verdadeiro, única lei gerencial da família. 

Necessita-se de rapazes que queiram ser pais, que exerçam sua altíssima responsabilidade de ser, com as mães, os grandes “heathunders” – os “caçadores de inteligência” – que irão trabalhar por políticas familiares autênticas que correspondam, aos direitos da família como sujeito social insubstituível. 

Necessita-se finalmente de uma geração nova de filhos, que mesmo tendo dedos ágeis para mexerem nos instrumentos da era tecnológica, tenham dedos mais ágeis ainda para mexerem com os seus pais, apontando-lhes os seus direitos irrevogáveis e intransferíveis no campo da educação, da proteção moral e do cuidado com seus descendentes, especialmente os que nascem doentes ou deficientes, pois estes são os filhos que os irmãos querem e que têm o direito de nascerem numa família-amor e seus irmãos têm o dever de amá-los com mais ardor e fervor do que se fossem sadios. 

A família, segundo Deus, faz parte do bem dos povos e da humanidade inteira, e é um tesouro tão importante para a nação brasileira, que a Igreja Católica não pode omitir-se na sua promoção e defesa, sobretudo na sua missão de vigiar quando surgem “modelos ampliados” e apresentados como objeto de consumo nesses enganosos “games famílias”. 

Ser família, pensar família, amar família, proteger família, promover família... é a missão de todos, católicos e cristãos, homens e mulheres de boa vontade em todas as crenças... é dever do Estado e do povo brasileiro! 

Dom Antonio Augusto Dias Duarte 

Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro 


quarta-feira, 15 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Mãos unidas constroem o homem e o mundo


Neste último sábado, dia 11 de maio, estivemos em retiro junto aos Institutos de Vida Secular Consagrada. O tema abordado foi: "A Missão Social da Família Paulina", apresentado e organizado por Pe. Antonio F.da Silva, ssp. 
Foi um encontro fecundo com a realidade humana natural, e ao mesmo tempo sobrenatural, dos membros desta Família, que percorre seus passos nesta terra com os olhos postos na eternidade. Somos homens e mulheres que, através da vida secular consagrada, se propõem a buscar a santidade na vida corrente, e no meio do mundo.
O tema abordou a importância de se estudar a sociologia, com o intuito de santificar-se as relações interpessoais em sociedade. É necessário que aperfeiçoemos o caráter natural e sobrenatural de nossa vida, de modo que, pela fé, atinjamos a envergadura das pessoas que colocaram a prática do Evangelho como meta de vida. E o que é o Evangelho senão uma expressão do modo de Deus ver as coisas?
Necessitamos de "polimento", somos material muitas vezes em estado bruto, necessitando dos cuidados habilidosos de um "ourives" que nos dê a forma e o brilho de uma joia nascida das mãos de Deus. E isso dependerá do quanto estamos próximos Dele. A qualidade de um apóstolo e de um evangelizador está diretamente ligada a esta intimidade. É claro que necessitamos de boas maneiras e de caridade na vida social e fraterna, pois só assim estaremos aptos para atingir nossa meta: sermos discípulos e apóstolos do Divino Mestre, aptos para o amor.

Veremos agora como pensa o cardeal Marc Quellet, prefeito da Congregação para os Bispos de Roma, sobre as dificuldades que a Europa, e porque não dizer o mundo, enfrenta na recuperação dos valores sociais e sobrenaturais: 

Na sua homilia, o senhor falou de uma Europa afetada por uma crise da esperança. Qual é o papel que este continente pode desempenhar para recuperar os valores, não só no contexto europeu, mas mundial? A Europa ainda tem um papel a desempenhar? Qual é?


Cardeal Ouellet: A Europa é portadora da civilização cristã, é a matriz dela. A Europa sempre terá a responsabilidade de continuar testemunhando as raízes da sua identidade, como continente configurado pelo dom de Cristo e da Igreja. E, neste sentido, a presença da Igreja, o seu esforço neste momento, é ajudar os países europeus a não perderem a consciência da missão universal da Europa como portadora dessa mensagem do Evangelho e da sabedoria que esta mensagem trouxe sobre a dignidade da pessoa, sobre os direitos humanos. Eu acho que a Europa tem uma missão e uma consciência que precisa ser mantida. Por isso, a Igreja procura ajudar também os políticos e aqueles que tomam as decisões econômicas para o futuro. Ajudar na perspectiva de fé, para apoiar o esforço em prol do bem comum e da missão universal da Europa.

Como prefeito da Congregação para os Bispos, qual é a sua principal preocupação a respeito da Europa?

Cardeal Ouellet: É urgente educar. Quando se perde o senso de família, quando existem esses debates éticos sobre a natureza do matrimônio, você se pergunta como é que os pais e a escola transmitem a herança cristã para as novas gerações. É uma preocupação profunda. Porque, embaixo da crise econômica e financeira, existe uma crise da visão do homem, como foi ressaltado por esta assembléia. A Igreja procura atrair a atenção para aquilo que está realmente em jogo. 


Se perdermos a imagem do próprio homem, criado à imagem de Deus, que é a base da educação cristã, então não sobram mais modelos, e isso implica ou traz consigo consequências graves para os jovens: faltam ideais, referências, modelos de pessoas.
É uma grande preocupação e, por isso, a minha congregação tem a preocupação de ajudar a Igreja a escolher homens de fé, que têm uma visão clara da antropologia bíblica, que a Igreja tem que anunciar e propor ao mundo de hoje.


A mensagem é recebida ou não, mas a Europa, neste momento, é um lugar de grande luta em torno do conceito de homem, da antropologia. E espera-se que a antropologia cristã, que foi desenvolvida no contexto europeu, também continue nesta luta, em especial no caso das questões éticas. E assim, os outros continentes poderão continuar recebendo da Europa o que sempre receberam dela.

A Nova Evangelização pode ser uma resposta da Igreja para esta crise européia? Em que sentido?

Cardeal Ouellet: Sem dúvida. O Santo Padre, na sua mensagem, destacou a proximidade desta assembléia com o sínodo da nova evangelização. Nós precisamos enraizar os debates éticos no fundamento, que é Cristo.

Quando falamos da nova evangelização, estamos falando de um encontro, do encontro com Cristo, da experiência pessoal de Cristo. Se essa experiência não for viva, todas as questões ficam muito complicadas, porque ela é realmente o fundamento, e é com isto, creio eu, que o sínodo tem algo para contribuir: o anúncio do kerigma apostólico como um alicerce que muitas vezes se dá por colocado, mas que tem que ser revisto sempre como palavra atual, a ser pronunciada de novo, a ser atualizada, para vermos a sua coerência. E também com tudo o que eu disse antes sobre a antropologia e as questões éticas.

Eu penso que o sínodo sobre a nova evangelização nos reunirá junto à fonte do encontro pessoal, e, também, eu diria, não só por causa da preocupação com a fé daqueles que se afastaram, mas por causa da preocupação com a nossa própria fé, com a nossa própria fé, porque ela também pode estar mais viva ou menos viva.

A qualidade do evangelizador depende da qualidade da sua união com Deus. Eu espero que este próximo sínodo seja um momento muito forte de Pentecostes, uma efusão do Espírito Santo, que é o único que pode reavivar em nós a audácia, a pureza, a profundidade da fé e a valentia do anúncio.

(Trad.:ZENIT)

Acompanhe o texto do Retiro "A Missão Social da Família Paulina" na íntegra, na seção Formação.
Malu


segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Mãe do amor




Como falar de Nossa Senhora?
Poemas, músicas, orações, gestos filiais, flores acumuladas em seus altares, novenas, procissões, coroações, festas de padroeira... Não parece que tudo já foi dito?
Não! Enquanto houver uma vida por nascer, Ela será motivo de louvor e de alegria para todos quantos a sabem sua Mãe.

Maria é propriedade de nosso coração de católicos, mas manifesta-se também aos irmãos de outros credos que se abrem ao seu amor materno. É a Ela que nos dirigimos quando as dores e aflições batem à nossa porta, pedindo que fale com seu Filho e alcance Dele a misericórdia de que tanto necessitamos.

Quem não tem uma história particular de uma manifestação de carinho de Maria por si? Quantas delicadezas essa mulher, cheia de graça, dispensa a cada dia em nossas vidas, nos orientando para Jesus, nos ajudando na recitação das Ave Marias do terço a olhar para fora de nós mesmos, e a aprender a contemplá-la como modelo de santidade humana?

Nossa Senhora é propriedade dos lábios que rezam, e do coração dos que não sabem rezar, mas que se dirigem a Ela e despejam em seu colo de Mãe suas necessidades de amor, de cura, de esperança e de salvação.

Nossa Senhora é aquela que viveu a dolorosa experiência da cruz de seu Filho Deus, e ainda se importa com aqueles que o crucificaram: comigo, com você.

Ela transpira por todos os seus poros o amor infinito de Deus por nós.
Maria só pensa em amar, e por isso jamais será esquecida, porque o amor é eterno, começa na nossa existência mortal e se concretiza na visão de Deus.

Nossa Senhora de tantos nomes e rostos, minha Mãe, não nos deixes nunca!

Malu