terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Crianças soldado: vítimas e rés de conflitos armados



Em janeiro deste ano, o Papa pedia que rezássemos pelo fim dos "meninos soldados", realidade cruel e desumana que avilta vários quesitos dos direitos da infância e adolescência. No artigo abaixo, podemos compreender um pouco mais do porquê da preocupação do Santo Padre...


"Nova Iorque (RV) – Celebra-se neste domingo (12/02), o Dia Internacional contra o uso de Crianças soldado, proclamado pelas Nações Unidas.



Segundo estimativas da ONU, mais de 100 mil crianças são utilizadas como soldados, sobretudo em Uganda, Libéria, República Democrática do Congo e Sudão.

Atualmente, existem dezenas de conflitos armados, nos quais crianças e adolescentes são aliciados e obrigados a fazer parte de exércitos nacionais, forças ou grupos armados. Muitos desses jovens são recrutados à força, outros se alistam voluntariamente, porque quase não veem ou não têm alternativa a não ser participar da guerra.

Os motivos deste presumível "voluntariado" são a falta de ocupação ou formação profissional e o desejo de fugir da violência em ambiente familiar. A vingança também é um fator que impulsiona o alistamento voluntário de crianças e adolescentes, por causa da perda de um ente querido, em consequência de conflitos armados ou guerras.

Abuso sexual
A vida das crianças soldado é dura e perigosa, afirmam especialistas das Nações Unidas, pois geralmente atuam como mensageiras, espiãs, e, muitas vezes, até precisam transportar explosivos e manejar pistolas, fuzis e metralhadoras.

As meninas frequentemente são obrigadas a satisfazer os desejos sexuais dos soldados nos acampamentos. As crianças soldado não são somente vítimas em conflitos armados, elas também são, ao mesmo tempo, réus.

Como prova de "dureza", muitas vezes, são obrigadas, sob pena de morte, a assassinar amigos e membros da própria família. As crianças também são usadas como soldados por serem mais maleáveis e dóceis que os adultos e, por isso, são doutrinadas a obedecer e a matar. Em muitos casos, isto ocorre sob a influência de drogas e bebidas alcoólicas. As crianças que passam por estas experiências sofrem danos emocionais e físicos, muitas vezes irreparáveis, durante a toda a sua vida. (MT)"


Rádio Vaticano

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