
VATICANO, 14 Abr. 20 / 09:00 am (ACI).-
O Papa Francisco convidou o Povo de Deus nesta terça-feira, 14 de abril, na Missa celebrada na Casa Santa Marta, a ser fiel ao Senhor, a se converter, a mudar de vida e a abandonar as idolatrias que costumam permanecer no coração.
O Pontífice comentou em sua homilia um trecho do Livro dos Atos dos
Apóstolos, no qual São Pedro anuncia ao povo de Israel que Jesus, "
Aquele que vós crucificastes, ressuscitou".
“Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a
Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, o que devemos fazer?’” E Pedro é
claro: “Convertei-vos. Convertei-vos. Mudar de vida. Vós que recebestes
a promessa de Deus e vós que vos distanciastes da Lei de Deus, de
tantas coisas vossas, em meio a ídolos, tantas coisas… convertei-vos.
Voltai à fidelidade”.
O Pontífice explicou que a conversão consiste em "voltar a ser fiéis".
"A fidelidade, aquela atitude humana que não é tão comum na vida das
pessoas, em nossa vida. Sempre há ilusões que atraem a atenção e muitas
vezes nós queremos ir atrás dessas ilusões. A fidelidade, nos bons
tempos e nos tempos ruins”.
Assinalou que “tem uma passagem do Segundo Livro das Crônicas que me
impressiona muito. Está no capítulo XII, no início. ‘Quando o reino foi
consolidado – diz – o rei Roboão se sentiu seguro e se distanciou da lei
do Senhor e todo Israel o seguiu’. Assim diz a Bíblia. É um fato
histórico, mas é um fato universal".
“Muitas vezes, quando nos sentimos seguros começamos a fazer nossos
projetos e lentamente nos distanciamos do Senhor, não permanecemos na
fidelidade. E a minha segurança não é a segurança que o Senhor me dá. É
um ídolo. Foi isso que aconteceu com Roboão e o povo de Israel.
Sentiu-se seguro – reino consolidado –, distanciou-se da lei e começou a
prestar culto aos ídolos".
Uma atitude que um cristão pode ter em relação à idolatria, ressaltou o
Papa, ou seja: "Padre, eu não me ajoelho diante dos ídolos". "Não,
talvez você não se ajoelhe, mas que os procure e muitas vezes em seu
coração adore os ídolos, (isso) é verdade. Muitas vezes. A segurança em
si abre a porta aos ídolos".
No entanto, "a segurança em si é ruim?", perguntou-se Francisco. "Não",
não é ruim. Pelo contrário, "é uma graça". É uma graça “ter segurança,
mas ter segurança também de que o Senhor está comigo. Mas quando se tem a
segurança e eu me coloco no centro, me distancio do Senhor, como o rei
Roboão, me torno infiel”.
“É muito difícil conservar a fidelidade. Toda a história de Israel, e depois toda a história da Igreja,
é repleta de infidelidade. Repleta. Repleta de egoísmos, de seguranças
próprias que fazem de modo que o povo de Deus se distancie do Senhor,
perca aquela fidelidade, a graça da fidelidade”.
“E também entre nós, entre as pessoas, a fidelidade não é uma virtude
tão difusa, certamente. Não se é fiel ao outro, ao outro...
‘Convertei-vos, voltai à fidelidade ao Senhor’”, concluiu o Papa
Francisco.
Leitura comentada pelo Papa Francisco:
Atos 2, 36-41
No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36“Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes”.
37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e
perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que devemos
fazer?” 38Pedro respondeu: “Convertei-vos e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados.
E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é
para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos
aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si”.
40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: “Salvai-vos dessa gente corrompida!” 41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles.
ACI Digital
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