quinta-feira, 7 de março de 2024

Como transmitir hoje a fé para a família


“Estamos em um mundo cada vez mais hostil à religião. Não estamos mais na Cristandade e não podemos pensar que a transmissão da fé vai acontecer culturalmente”.

Três sacerdotes espanhóis, Pe. Patxi Bronchalo, Pe. Jesús Silva e Pe. Antonio María Domenech, amam a sua vocação e a sua missão. Eles se reuniram para apresentar um programa de catequese chamado Red de Redes, transmitido no canal do YouTube da Associação Católica de Propagandistas, na Espanha.

No episódio 16, eles se dedicam a abordar um tema que preocupa um número crescente de pais: “a transmissão da Fé na família”.

Esses sacerdotes não têm ilusões sobre o assunto, e começam por abrir os olhos de quem os tenha fechados: “Estamos em um mundo cada vez mais hostil à religião. Não estamos mais na Cristandade e não podemos pensar que a transmissão da fé vai acontecer culturalmente”, diz Pe. Bronchalo. Por isso, “temos que começar do zero e educar nossos filhos em o que eles vão viver [sua fé cristã e estilo de vida cristão] é contracultural na sociedade”, acrescenta Pe. Silva.

Cada família deve encontrar o seu estilo de transmissão da fé. Mas há princípios que devem orientá-lo.

Em primeiro lugar, a coerência da vida dos pais: “Os filhos têm duas câmeras que apontam constantemente para nós”, seus olhos, recorda Pe. Bronchalo, e por isso “a coerência é muito importante”.

“Há pais que deixam de ir um domingo à missa, e isso é ensinar aos filhos que ir à missa é relativo; desmonta a escala de valores que estão formando”, ressalta Pe. Domenech. Por outro lado, nas férias você vai a um lugar onde se sabe que não poderá ir à missa? Ou você evita esses lugares? “Assim, seus filhos colocam na cabeça que a missa é tão importante que justifica inclusive não visitar um país”.

Semear a fé é algo que deve começar cedo, porque na adolescência pode ser tarde demais: “a partir de uma certa idade, quando eles são mais velhos, devemos ter cuidado para não nos tornamos pesados, porque eles erguem um muro e já não escutam”, comenta o P. Silva. “Você já semeou o que tinha para semear; agora só resta rezar e, de vez em quando, convidá-los”.

Com crianças pequenas, todos os meios

Com os filhos pequenos, “não deixem de lançar os fundamentos, de semear, com todos os meios que puderem”, sublinha este sacerdote: por exemplo, ler a Bíblia, levá-los à missa, rezar com eles, fazendo com que sintam que Jesus é uma pessoa viva.

“É importante incutir não apenas conhecimento, mas também experiências, como levá-los diante de Jesus Sacramentado, tocar música cristã, imergi-los na arte cristã… e contar-lhes testemunhos de pessoas cujas vidas mudaram ao se encontrar com Jesus Cristo”, continua o Pe. Silva.

Esse sacerdote também insiste no que chama de ‘chegar mais cedo’: “os filhos vão ter acesso às redes sociais, Tik Tok… e você tem que estar um passo à frente, explicar a eles o que há: que na internet vão dizer-lhe tal coisa, e você tem que saber tal outra'”. Além disso, previne os pais contra o uso da pornografia, pois “quando se perde a moral, perde-se a fé”.

Pe. Bronchalo volta a focar nas refeições em conjunto, já que a mesa é “o altar sagrado de cada família”, o lugar de encontro e partilha. “É preciso cuidar desses espaços privilegiados”, afirma, e evitar que sejam subjugados pela televisão ou pelo celular.

Para o ensino da doutrina cristã, o Pe. Silva recorda que existe o YouCat, um catecismo para os jovens, o seu complemento, o DoCat, com propostas centradas na prática.

E não faltam recomendações de bons filmes cristãos.

Com informações ReligiónEnLibertad

 

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