segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Para evangelizar é preciso converter-se



Dando início à XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, de 7 a 28 de outubro, cujo tema é "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", o Papa Bento XVI, na homilia da missa celebrada na manhã deste domingo, assegurou que “deixar-se reconciliar com Deus e com o próximo é a via mestra da nova evangelização”.

Ele afirmou ainda que a conversão é o caminho para que esta evangelização aconteça. O Papa aponta o pecado, tanto pessoal quanto comunitário, como um obstáculo para que a boa nova da salvação chegue a todos.
Bento XVI convidou os Bispos participantes no Sínodo a “acolherem o convite e fixar os olhos no Senhor Jesus, coroado de glória e honra por sua paixão e morte’”.

O Santo Padre também sublinhou durante sua homilia de forma especial “o tema do matrimônio”, pois merece “uma atenção especial".

“O matrimônio se constitui, em si mesmo, um Evangelho, uma Boa Nova para o mundo de hoje, em particular para o mundo descristianizado. A união do homem e da mulher, o ser «uma só carne» na caridade, no amor fecundo e indissolúvel, é um sinal que fala de Deus com força, com uma eloquência que hoje se torna ainda maior porque, infelizmente, por diversas razões, o matrimônio, justamente nas regiões de antiga tradição cristã, está passando por uma profunda crise”.

“O matrimônio se fundamenta, enquanto união do amor fiel e indissolúvel, na graça que vem do Deus Uno e Trino, que em Cristo nos amou com um amor fiel até a Cruz. Hoje, somos capazes de compreender toda a verdade desta afirmação, em contraste com a dolorosa realidade de muitos matrimônios que, infelizmente, acabam mal”.

Bento XVI assinalou que existe uma “clara correspondência entre a crise da fé e a crise do matrimônio. E, como a Igreja afirma e testemunha há muito tempo, o matrimônio é chamado a ser não apenas objeto, mas o sujeito da nova evangelização. Isso já se vê em muitas experiências ligadas a comunidades e movimentos, mas também se observa, cada vez mais, no tecido das dioceses e paróquias, como demonstrou o recente Encontro Mundial das Famílias.”


Ele ressalta que “a chamada universal à santidade é uma das idéias chave do renovado impulso que o Concílio Vaticano II deu à evangelização que, como tal, aplica-se a todos os cristãos. Os santos são os verdadeiros protagonistas da evangelização em todas as suas expressões”.

“Com sua intercessão e o exemplo de suas vidas, aberta à fantasia do Espírito Santo, mostram a beleza do Evangelho e da comunhão com Cristo às pessoas indiferentes ou inclusive hostis, e convidam aos crentes mornos, por dizê-lo assim, a que com alegria vivam de fé, esperança e caridade”, assinalou.

“Eles são, em particular, também os pioneiros e os impulsionadores da nova evangelização: pela sua intercessão e exemplo de vida, atentos à criatividade que vem do Espírito Santo, eles mostram às pessoas, indiferentes ou mesmo hostis, a beleza do Evangelho e da comunhão em Cristo; e convidam os fiéis, por assim dizer, tíbios, a viverem a alegria da fé, da esperança e da caridade; a redescobrirem o «gosto» da Palavra de Deus e dos Sacramentos, especialmente do Pão da Vida, a Eucaristia”, destacou também o Papa.



O Papa ainda frisou, na festa de Nossa Senhora do Rosário (também 7 de outubro), que todos os fiéis valorizem mais a oração do rosário durante o Ano da Fé (que se inicia dia 11 de outubro), tanto individualmente como em família.

“Com o Rosário – disse o Papa – nos deixamos guiar por Maria, modelo de fé, na meditação dos mistérios de Cristo, para que a cada dia, possamos assimilar o Evangelho, de tal forma que modele toda a nossa vida”.

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