domingo, 24 de fevereiro de 2013

Eis o tempo de conversão!




Muitas pessoas questionam porque Deus não elimina o mal que acontece no mundo...
Na verdade, sem se dar conta de que Ele é a origem de todo bem e de toda a beleza, estas pessoas desconhecem a origem do mal.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o pecado original – o início do mal - acontece no momento em que o homem transpõe o limite de criatura, e deixa morrer em si a confiança em seu Criador, que o proibira de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal: “pois no dia em que dela comeres terás de morrer”(Gn 2,17). O homem escolhe ouvir a voz da serpente (o diabo, o opositor), e perde a graça da santidade original. Contrariando seu estado de criatura, o homem quebra a aliança com Deus pela desobediência, e consequentemente perde os dons com os quais foi ornado por Deus.

A partir daí rompe-se o domínio das faculdades espirituais da alma sobre o corpo, e as relações entre homem e mulher estão sujeitas a tensões. Por causa desta escolha do homem a criação visível tornou-se hostil para si mesmo e ficou submetida “à servidão da corrupção”(Cf. Rm 8,20). Assim entra a morte na humanidade, e cumpre-se o decreto de Deus.

Como este pecado nos atinge?
Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não só para si, mas para toda a natureza humana. Ao ceder ao demônio, Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas que teve dramáticas consequências para a natureza humana, que recebe este estado decaído. O pecado original é um pecado contraído e não cometido.

Quais as consequências deste pecado na vida do homem?
O pecado original é a privação da santidade e da justiça originais que nossos pais perderam, ou seja, fomos lesados em nossas forças naturais, fomos submetidos à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte.

Mas isto não é o fim!
Deus chama o homem e lhe anuncia de modo misterioso a vitória sobre o mal e o soerguimento da queda.
A Encarnação de Cristo é o momento radiante da história da humanidade em que Jesus, o novo Adão, restaura e repara a desobediência do primeiro Adão. Obedecendo aos planos do Pai, Jesus paga em seu próprio Corpo, pelos nossos delitos e crimes.
O homem, portanto, depois do Batismo, sacramento da iniciação na vida cristã, é inserido novamente na condição de liberdade de filho de Deus.
Todas as vezes que tiver a infelicidade de pecar, pode, através do Sacramento da Reconciliação (Confissão), recorrer aos merecimentos da Paixão de Jesus para retornar à amizade com Deus, e, portanto, ao estado de graça.

Estamos na Quaresma. Mais uma oportunidade de refletirmos sobre quão profunda e dolorosa é a opção pelo mal, pelo egoísmo, pela desobediência que serve à soberba, pelo prazer descompromissado, pela idolatria, pelo poder que esvazia o sentido do servir, pela violência, pelo materialismo...

Vamos voltar para o Senhor! Peçamos o seu Espírito, para que nos configuremos com Ele, para que compreendamos que a beleza daquele sim aos planos do Deus pode também ser o nosso.
Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos cantemos: eis o tempo de conversão!

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