terça-feira, 28 de outubro de 2014

Há um plano que rege os cosmos




"Que lucro tem o ser humano em todo o duro trabalho com que se cansa debaixo do sol? Uma geração vai, outra geração vem, e a terra permanece sempre a mesma. O sol se levanta, o sol se põe, e se apressa para voltar ao seu lugar de onde volta a sair. O vento vai para o sul, gira para o norte, gira e gira, e assim vai o vento. Todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche; quando chegam ao lugar para onde correm, daí voltam a correr".  (Ecl 1, 1-7)

A natureza é uma escola de sabedoria, obediência e eficiência. Sabedoria, porque por trás de todos as etapas, ciclos, estações e  processos, torna-se evidente que há um plano superior e divino que rege todo o cosmos. Obediência, porque é no cumprimento perfeito deste plano que surgem os frutos, as flores, o alimento, a água, o ar, os climas, a vida. Eficiência, porque onde há sabedoria e obediência encontra-se a paz.

Qual o sentido de toda a fadiga de uma vida que se consome através dos anos, e que inevitavelmente passará, às vezes sem nem mesmo deixar uma lembrança? Tudo passa, os dias, os anos, as idades, o tempo, a beleza, a saúde, os frutos dos bens, a fama, as descobertas, as novidades; não existe nada estável debaixo do sol, segundo o livro do Eclesiastes.

Há alguns anos havia uma propaganda de freios automotivos que dizia: "O poder sem controle não é nada".
Não é disso que o livro do Eclesiastes fala, afinal? 

A vida de um ser humano é um leque de possibilidades. Quantos talentos capazes de tornar um homem uma lenda, um ícone, um herói. E também, quanto desvio e deformidade social pode acontecer à partir de um talento usado para o mal... Somos o resultado de nossas escolhas.

Mas, olhando a vida na perspectiva do Eclesiastes, vale a pena algo, se tudo passa, nada é para sempre, nada podemos conservar, pois tudo escapa de nossas mãos? Sim, vale, porque não somos o resultado do acaso. Não somos paisagem, ou plano de fundo. Há um desígnio para nós. ALGUÉM nos escolheu para que déssemos à paisagem uma finalidade, um sentido, um propósito. Fomos criados à imagem e semelhança do Criador do universo, Àquele que determinou os tempos e as formas de tudo o que é.

Eu e você não estamos só de passagem, estamos buscando o que não passa, mesmo que nos fujam as coisas, a idade, a saúde, a beleza e o vigor. Fomos chamados à vida para conferirmos cor e sabor por onde quer que andemos. E se o fizermos, no espírito sempre de acrescentar e não diminuir, estaremos consolidando o plano do Pai. Onde pusermos amor, colheremos amor.

Deus nos deu a vida, e o plano de fundo dela. Se soubermos amar esta vida com o que ela nos dá hoje, sorrisos ou lágrimas, certos de que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus, nós jamais seremos apenas paisagem, mas estaremos conquistando nosso lugar no coração de Deus que é morada eterna. E só é eterno aquilo que não passa: DEUS.

Malu

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