segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Colheremos o que plantarmos


" Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá. Quem semear na carne colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé".
 São Paulo aos Gálatas, capítulo 6, versículos de 7 a 10

O homem deve crescer, desenvolver-se e amadurecer. Se isto não acontece, ele está morto. Assim como deve crescer e desenvolver-se fisicamente, o mesmo deve acontecer com o amadurecimento espiritual e moral.

Infelizmente, porém, o desenvolvimento moral e espiritual nem sempre acompanham o físico. No mundo de hoje, e na atual concepção dos valores, acontece cada vez mais que um homem ponha de lado o próprio desenvolvimento moral e espiritual, para centrar-se apenas no físico e material. Este é o motivo por que se encontram com mais frequência pessoas que são, espiritual e moralmente, senão mortas, ao menos atrofiadas e imaturas.

Quanto mais possuem, tanto maior se torna o perigo de esquecerem o próprio desenvolvimento moral. É realmente uma sorte quando os homens aceitam o bem estar material como suporte de desenvolvimento moral e espiritual. Quando isto não se verifica surgem perigos humanos de todo o tipo. O homem já não se encontra disponível aos valores espirituais e perde assim o próprio aspecto.

A terra precisa ser trabalhada se queremos frutos. Uma terra descuidada transforma-se em sepultura até para a melhor semente. O mesmo acontece com o coração. Precisa-se lutar com convicção, extirpar cada raiz de egoísmo, de orgulho, de preguiça e, junto com as raízes, também os maus hábitos. 

Seria oportuno purificar o coração daqueles laços que nos prendem a este mundo e nos tornam escravos. Trata-se pois de um compromisso radical, duradouro, isto é, diário. Quem não age desta maneira não é aberto ao espírito, e os seus dons não podem enraizar-se nem crescer nele. Essa tarefa deve ser realizada com amor; sem amor não pode crescer a planta do espírito. Eis porque a formação se parece ao trabalho das lavouras: limpar, extirpar as ervas daninhas, cultivar plantar em profundidade, regar colher. Nem sempre é fácil; são indispensáveis conhecimento, tempo, amor, experiência, bom senso e ajuda dos outros.
Pe. Slavko Barbaric, OFM

Tempo e esforço, o binômio de toda obra bem sucedida. Nunca é tarde para começar...

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