segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Orar é enamorar-se

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"O trabalho apostólico não supre a oração. Nada a substitui, nem mesmo a dedicação dos pescadores de homens, nem a conquista dos cruzados. Onde falta a oração, ali há uma falha na obra divina, uma falha enorme, sejam quais forem os adornos com que se enfeite o rasgão. Não se substitui a saúde com a riqueza, os olhos não fazem o trabalho das mãos. Portanto, a prece é uma função especial e necessária". Pierre Charles sj

A oração é fundamental. Ela é o fio que tece a trama de nossa espiritualidade, de nossa relação com Deus. Sem ela, somos uma espécie de técnicos que sabem como montar uma religião de fachada e fazê-la funcionar. Contudo, é quase certo que esta aparência de fé e de laboriosidade sem fervor não tenha eficiência suficiente para encarar os momentos de  "tranco" da vida. Sim, quando se perde o chão no luto de alguém bem próximo, ou na descoberta daquela doença dolorosa e incurável, ou no fracasso profissional, ou no matrimônio que desmorona...

Sem a oração, o cristão não pára em pé! Parece um exagero, mas quem reza sabe que não é.

"Não se substitui a saúde com a riqueza..." Não é possível pretender fortificar-se na fé sem o diálogo que a oração proporciona entre o crente e o seu Criador. Nada substitui a alma que suplica, louva, adora, repara, e cria vínculos com o céu. Como podem aqueles que se amam, não conversarem, não trocarem confidências, não se olharem longamente, não se enamorarem?

Pois bem, orar é enamorar-se. No amor, o amado não é o objeto de todo interesse? O que faz, seu passado, sua história, seus sonhos, seus projetos, tudo o que o envolve não torna-se prioridade?

Na oração conhece-se o Amado, fala-se com Ele, faz-se projetos de uma vida mais conforme o seu querer, experimenta-se a consolação na tristeza, a paz na angústia, a superação dos medos, a libertação daquilo que escraviza e acorrenta.

Rezar é falar com Deus! Mas do quê? Daquilo que é a sua vida, de tudo o que diz respeito à sua história, e ao que está ao seu redor. Também aquilo que o cerca: o mundo e suas mazelas, o desamor crescente, a falta de humanidade que impera, as maravilhas da natureza, os pequenos milagres cotidianos, e muito mais...

Por isso, peça a Deus o dom da oração. Mas a oração do coração, não aquela prece mecânica, mas uma oração meditada, refletida, quase que declamada. Assim, um leque de novas possibilidades e riquezas se abrirá diante de você!

Malu e Eduardo Burin

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