segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A hora é a do testemunho


 
Chegamos à última semana de agosto onde refletiremos sobre os catequistas.
Ficou em nossa experiência de vida na Igreja, a imagem do catequista como aquele que forma os batizados para a Primeira Eucaristia. 

Sabemos, contudo, que esta formação na vida de todo católico deve ser permanente, ou seja, não se restringe apenas à fase da infância ou adolescência, onde nos preparamos para a Primeira Comunhão, ou mesmo para o Sacramento da Confirmação, o Crisma.

Focando nesta formação que acontece em momentos pontuais de nossa existência, podemos perceber que para a grande maioria dos católicos esta é a única fonte de contato com a Doutrina, o Magistério, e a Tradição da Igreja que conhecem. Ora, será que este contato acontecido lá no começo da adolescência tem profundidade suficiente para sustentar toda uma vida de fé? Se fosse, não encontraríamos tantos católicos que desconhecem questões básicas relativas aos mandamentos de Deus, aos mandamentos da Igreja, e a tantas outras verdades de fé que tomaram conhecimento lá aos 10 ou 15 anos, e que se perderam no tempo, por não terem sido aprofundadas, desenvolvidas e "ruminadas".

Hoje a Igreja sabe da imperiosa necessidade que tem de  promover uma catequese contínua para adultos, bem ministrada, que suscite em todos a consciência de que somos chamados, sem exceção, a sermos discípulos e missionários do Mestre Divino.

Por isso, o Papa Emérito Bento XVI, conclamou o Ano da Fé, para que toda a Igreja, em estado permanente de missão, redescubra nos seus membros, que sem uma experiência pessoal com Jesus Cristo, pouco, ou nada poderemos oferecer aos nossos irmãos que seja capaz de construir um mundo de paz e fraternidade, sem exclusões e desrespeito à vida.

As comunidades precisam estar preparadas para as exigências evangelizadoras: acolhida, diálogo, partilha, familiarização com a Palavra de Deus.

Somos, ou deveríamos ser, portanto, todos catequistas em potencial. Cabe a cada um de nós assumir, de acordo com nossos talentos e dons, o papel de testemunhar, especialmente com a vida, que é possível, sim, viver os valores do Evangelho à despeito desta sociedade onde impera o descompromisso generalizado. É possível colocar as mãos no "arado" e começar, com pequenos gestos: procurar familiarizar-se mais com a Palavra de Deus (10 minutos de leitura diária da Bíblia), com o Catecismo da Igreja Católica (que é uma leitura belíssima e inspiradora), da busca de uma melhor compreensão da liturgia da missa (disponível tanto em livros como em conteúdos na web), enfim, aprender mais para servir melhor.

A semana do catequista, é a nossa semana, é a semana de todos, sem exceção. Sempre haverá algo que possamos fazer para darmos nossa contribuição à Igreja em seu papel missionário. Afinal, a Igreja é uma construção viva de pessoas que se alicerçam sobre a pedra angular, Cristo, o Catequista por excelência. Ainda que seja um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Sinal da Cruz feito com reverência e amor, um sorriso sincero e acolhedor, tudo pode ser transformado em testemunho, ou combustível para a catequese.

Aos nossos catequistas ativos, nossa oração e gratidão. Aos inativos, nossa súplicas: o dia é hoje, a hora é agora, decidamo-nos por Deus e seu Reino, e mãos à obra.

Ainda vivendo este Ano da Fé, busquemos aquilo que pode salvar nossas almas e as de nossos irmãos, propaguemos a Boa Nova: Cristo vive, está entre nós, nos ama com amor eterno e derrotou de uma vez por todas o pecado e a morte. Nada supera isto!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário