Conheça o testemunho de Marcel Oliveira, o jovem brasileiro que abraçou o catolicismo após anos de protestantismo.
Por
Mirticeli Dias de Medeiros
O anuário
pontifício de 2015 registrou um crescimento de 12% em relação ao numero de
católicos em todo o mundo. Os continentes africano, americano e asiático foram
os que mais contribuíram para esse aumento. Inclusive, todos os anos, durante a
vigília pascal, o próprio Papa batiza algumas pessoas que, depois de algum
tempo, descobrem a beleza da fé e dão um novo rumos `as suas vidas.
Mas o
que levaria essas pessoas a recorrerem `a Igreja? A mensagem crista, depois de
tantas transformações na sociedade, continua a atrair jovens e adultos? Quem
são esses neobatizados ou recém convertidos?
O engenheiro eletricista Marcel Siqueira, de
26 anos, é um deles. Durante grande parte de sua vida, o jovem de Bauru,
interior do estado de São Paulo, foi um protestante convicto. Mas depois de
passar por três igrejas evangélicas, os questionamentos começaram a surgir.
“Eu sabia que as coisas eram em vários
aspectos superficiais, vividas como um seguimento de regras simplista [...]
Sabia de tudo isso, mas olhava para os lados e não via um caminho melhor, um
ambiente com melhor vivencia da moral”, disse.
Depois de anos de protestantismo, Marcel
despertou para algo que, ate então, era um “mundo desconhecido”: o catolicismo.
Ao conhecer uma católica que vivia sua fé, o jovem passou a confrontar-se com
aquilo que ele realmente buscava.
“Um amigo me apresentou uma amiga [...] Porém,
ela era católica e não disse praticamente nada de sua fé. Sua conduta não
parecia ser do católico que eu conhecia. Eu não sabia o que era ser católico.
Então, eu me inclinei a conhecer a doutrina católica com olhos amistosos, não
com os olhos de um apologista protestante”, contou.
Mal sabia ele que a sua simples curiosidade
e as surpresas a cada descoberta o levariam a querer fazer parte daquela
realidade. Para ele, não foi simplesmente um encontro com o catolicismo em si,
mas um autentico encontro com Deus.
“Nesse momento, encontrei coisas que me
espantaram, que me fizeram sentir a minha miséria, minha arrogância, minha fé
arrogante e, principalmente, a deficiência do meu amor por Deus. O que é um
santo? O que é amor? O que é pecar? O que é amar? De repente, descobri uma
escola gigantesca e milenar de santos que estão de braços abertos para me
ensinar a amar Deus genuinamente”, ressaltou.
Ao ser questionado sobre o evento que marca
a sua historia de conversão, Marcel relatou o que viveu ao participar de sua
primeira páscoa católica:
“O primeiro Sábado Santo de Aleluia que
participei... Eu estava na minha paróquia preferida, na cidade onde descobri
verdadeiramente o catolicismo, e talvez em nível mais místico que racional,
muitas coisas se instauraram em meu coração. ‘Creio em Deus Pai, todo
Poderoso...’ Aquela oração ficou gravada no coração para sempre. Era o ‘seja
bem-vindo’ ao corpo místico da Igreja”, enfatizou.
Em novembro de 2014, o engenheiro recebeu os
sacramentos da Eucaristia e do Crisma, pois como havia sido batizado na
denominação crista da qual fazia parte, a Igreja Católica considerou valido o
seu batismo.
“Hoje, para mim, o catolicismo traz uma
sensação de casa. Queria ter nascido católico, ter recebido formação católica,
ter tido uma família genuinamente católica. O que significa catolicismo para
mim, então, é isto: é a casa da minha alma”, afirmou.
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