quinta-feira, 3 de setembro de 2015

“Nascemos com a Palavra, para a Palavra, na Palavra, em religiosa escuta da Palavra.”



                Com muita simplicidade, quero motivá-los, especialmente neste mês da Palavra, a fazerem uso dela abundantemente, sobretudo nos momentos de oração pessoal e comunitária. Bem sei que os jovens são criativos também no modo de rezar. Então, fica o desafio para que rezem com a Palavra do modo que melhor lhes convier. Quem sabe alguns de vocês se atrevem, no bom sentido, e produzem algo para a internet?! Deixo algumas dicas na certeza de que serão úteis e bem aproveitadas por vocês.

1. REZANDO COM A PALAVRA DE DEUS

A. A Palavra de Deus, na Bíblia, significa:

§ A ação criadora de Deus (cf. Sl 33,6; Gn 1,1-31; Sb 9,1; Eclo 42,15).
§ A manifestação de sua vontade (cf. Sl 107,20; Is 9,7; Jr 1,4-5.11; 2,1; 13,8; 16,1; 24,4; 28,12; 29,30; Zc 1,7).
§ Sua lei e seus mandamentos (cf. Dt 5,5; 4,13; 10,4; Ex 20,1-17).

B. Virtude da Palavra de Deus

§ Beatifica (cf. Lc 11,28).
§ Condena os que não a recebem (cf. Jo 12,48).
§ Faz-nos discípulos de Cristo (cf. Jo 8,31).
§ Faz-nos Tabernáculos da Santíssima Trindade (cf. Jo 14,23).
§ Imortaliza-nos (cf. Jo 5,24; 8,51).
§ Veículo de fé e de esperança (cf. Rm 14,17).

C. Qualidades do Pregador

§ Falar com clareza (cf. 1Cor 1,17; 14,19).
§ Falar com destemor (cf. Mt 10,27-28; Tt 2,15; At 20,23-24; 2Cor 4,1; Is 58,1).
§ Falar com caridade (cf. 1Cor 13,1).
§ Falar com fidelidade (cf. 2Cor 2,17; 2Cor 4,2; 1Tm 6,20-21; 2Tm 1,14).
§ Praticar primeiro, ensinar depois (cf. Mt 5,19; At 1,1; 2Cor 6,3).
§ Procurar não seu interesse, mas a salvação do próximo (cf. 1Cor 10,33).
§ Ser zeloso (cf. Gl 4,18-20; Rm 1,16).

D. Como pregar

§ Perseverantemente (cf. 2Tm 4,1-2).
§ Visando mais o aproveitamento espiritual do que a retórica (cf. 1Cor 2,1-5; 10,33).
§ Ao lado dos verdadeiros pastores, não faltam os falsos, os interesseiros (cf. Ez 34,1-10; Fl 1,15-17).

E. Efeitos vários da Palavra de Deus

§ Admiração (cf. Lc 4,22).
§ Adesão (cf. Jo 4,39-42; 1,49-50; 2-22).
§ Contradição (cf. Jo 7,12; 7,40-44; 10,19-21).
§ Desprezo (cf. At 13,43-46).
§ Indignação (cf. Lc 4,28-30; Jo 8,58-59).
§ Derrota (cf. Jo 18,6).
§ Louvor (cf. Lc 11,27).
§ Ódio para os maus, alegria para os bons (cf. Lc 13,15-17).
§ A palavra divina é sempre eficaz, pois para Deus dizer equivale a fazer = eficácia (cf. Sl 33,9; Is 55,10-11).
§ Transforma o coração e leva o seu povo à conversão (cf. Zc 1,6; Nm 23,19; Is 44,26ss.).
§ É ativa naqueles que creem (cf. 1Ts 2,13).

F. Cristo, pregador da Galileia

§ Cristo é a Palavra de Deus por excelência (cf. Jo 1,1-14; Fl 2,6; Cl 1,16).
§ Fala-nos o Pai por meio do Filho (cf. Hb 1,1-2).
§ Começa sua pregação na Galileia (cf. Mt 4,12-17.23).
§ Prega na Sinagoga dos Judeus (cf. Mt 9,35; Mc 1,39).
§ Para as suas pregações mesmo uma barca serve de púlpito (cf. Lc 5,1-3).
§ Prega com autoridade a ponto de causar surpresa em seus ouvintes (cf. Mt 7,28-29).
§ É através da palavra viva e pessoal de Jesus que os discípulos conhecem o Pai (cf. 1Jo 1,1-4; Jo 17,6ss.).
§ Prega por meio de parábolas (cf. Mc 4,33-34; Mt 13,34-35).
§ Seu célebre Sermão da Montanha (cf. Mt 5,1-3; Lc 6,1-49).
§ É aclamado por todos (cf. Lc 4,14-15.22).
§ Arrastava as multidões (cf. Mt 4,25; 19,1-2; Lc 19,3).
§ Madrugando até para escutá-lo (cf. Lc 21, 37-38).

G. Dever dos cristãos (fiéis) frente à Palavra

§ Orientar toda a vida de acordo com ela (cf. Ex 20,1ss; 34,28).
§ Escutá-la com interesse e cumpri-la (cf. Mt 7,24; Lc 5,1; At 8,5-6; 13,42-44; Tg 1,21-25).
§ Reter na memória (cf. Cl 3,16; Tg 1,25).
§ Escutar os pregadores como mensageiros de Deus (cf. 1Ts 2,13; 1Cor 4,1).
§ Louvor aos que escutam e praticam a Palavra (cf. Rm 2,13; Lc 11,28).
§ Não faltaram, entretanto, os que desprezam a Palavra (cf. 2Tm 4,3-4).
§ Castigo, contra os que desprezam a Palavra (cf. Mc 8,38; Lc 9,26).
§ Cada cristão (fiel) deve ser um portador da Palavra (cf. Fl 2,16; At 4,18-20; 2,29; Ef 6,19-20).
§ O trabalho dos apóstolos é o “ministério da Palavra” (cf. At 6,4).

2. SUGESTÕES DE LEITURAS

A procura de lucro (Mc 10).
A procura de uma grande oportunidade (Is 55).
Na aflição (Jo 14).
Na depressão (Sl 27).
Na amargura e criticismo (1Cor 13).
Na preocupação (Mt 6,19-34).
Na solidão e no medo (Sl 23).
Na necessidade de afirmação cristã (Rm 8,1-30).
No perigo (Sl 91).
No pecado (Sl 51).
Para produzir frutos (Jo 15).
Para reavivar a fé (Hb 11).
Para o segredo da felicidade de São Paulo (Cl 3,12-17).
Para se dar bem com todos (Rm 12).
Quando Deus parece distante (Sl 139).
Quando falharem com você (Sl 27).
Saindo para o trabalho ou em viagem (Sl 121).
Se você está deprimido (Rm 8,31-39).
Se você deseja paz e repouso (Mt 11,25-30).
Se o mundo parece maior que Deus (Sl 90).
Se seu bolso está vazio (Sl 37).
Se suas orações são pequenas e egoístas (Sl 67).
Se você perdeu a confiança nas pessoas (1Cor 13).
Se necessita coragem no trabalho (Sl 126).
Se necessita coragem para o serviço (Js 1).
Se as pessoas parecem rudes (Jo 15).
Se você acha o mundo pequeno e você enorme (Sl 19).
Desanimado (2Cor 4,7-15; 2Cr 32,7-8).
Triste (Sl 119,28-33; 2Cor 2,1-8).
Alegre (Sl 5,12; 1Cr 16,8-11).
Deprimido (Sl 103; Sl 63).
Agradecido (Cl 3,15-17; Sl 138).
Solitário (Sl 25,16; Hb 13,5-6).
Cansado (Is 40,28-31; Mt 11,28-30).
Doente (Tg 5,15; Sl 6).
Sofrendo (Is 14,3-9; 2Tm 2,8-13).
Satisfeito (Sl 65, Is 58,11).
Paz (Sl 55,19; Jo 14,27-31).
Ânimo (Sl 23; Sl 43).
Fé (Mc 5,25-34; Rm 4,18-25).
Sabedoria (Ecl 8,1.16-17; Pr 3,13-20).
Perdão (Sl 130; Lc 6,37-42).
Conforto (Is 66,13-14; Jo 14,1-4).
Esperança (Sl 33,22; Rm 5,1-11).
Amparo (Esd 9,9-10; 2Sm 22).
Orientação (Sl 32; Sb 9,9-11).
Força (Ex 15,2; 2Sm 22).
O medo leva a pessoa ao ridículo (1Sm 21,10-15).
O medo leva a pessoa a buscas erradas (1Sm 28,5-7).
O medo leva a pessoa à mentira (Gn 26,7).
O medo leva a pessoa ao suicídio (1Sm 31,3-4).
Medo de escuro, Deus é a luz (Sl 27,1).
Medo da condenação, Deus é a salvação (Sl 27,1).
Medo de viver, Deus é a força (Sl 27,1).
Medo de ser atingido, Deus é o escudo (Gn 15,1).
Medo de nada receber, Deus é o galardão (prêmio) (Dt 3,22).
Medo de prosseguir, Deus está na frente (Dt 31,8).
Medo de solidão, Deus é o companheiro (Sl 23,4).
Medo de abandono, Deus jamais o abandona (Dt 31,8).
Medo de não ter para onde ir, Deus é o refúgio (Sl 46,1-2).
Medo de ser atacado, Deus é a fortaleza (Sl 46,1-2).
Medo de angústia, Deus é o socorro (Sl 46,1-2).
Medo de fraqueza, Deus é a força (Is 41,10).
Medo de fraquejar, Deus é o sustento (Is 41,10).
Medo de perder, Deus é a ajuda (Is 41,13).
Deus não quer que vivamos com medo, seja de fantasmas (Mt 14,26), de afundar (Mt 14,30), de gigantes (1Sm 17,24), ou de qualquer outra coisa. A frase “não temas”, aparece 365 vezes na Bíblia. Uma vez para cada dia do ano. Sendo assim, todo dia ao acordar, escute Deus lhe dizendo: “Não temas”.



3. DECÁLOGO BÍBLICO DO PE. TIAGO ALBERIONE

A Bíblia é como a Eucaristia.
As “cinco teologias” (dogmática, moral, pastoral, ascética e mística) têm o dever de se inspirar, derivar e explicar a Bíblia.
Como é normal distribuir Deus-Hóstia, também assim deve ser com Deus-Palavra.
Como Jesus-Hóstia, vestido de pão, vem ao nosso coração, também Jesus-Palavra, vestido de papel, entra em todas as famílias e está nas mãos e ao alcance de todos.
Um pároco deve decidir distribuir Evangelhos da mesma maneira que distribui comunhões.
O Evangelho deve entrar em todas as famílias especialmente naquelas que não vêm à Igreja.
Distribuam-se Evangelhos por todo o lado: pelos comércios, cafés, restaurantes, bibliotecas, escolas, hospitais, cadeias, fábricas e hotéis.
Deve-se prestar culto ao livro das Sagradas Escrituras.
Presença real no fiel que comunga – presença real no fiel que escuta ou lê a Bíblia.
Há equivalência entre pregação bíblica à “viva-voz” e pregação bíblica nos meios de comunicação social. O apostolado dos meios de comunicação social é a continuação da Bíblia e sua eficácia é semelhante à da Bíblia.

Em Cristo Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida,
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Coordenador Provincial
de Animação Vocacional e Formação

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