segunda-feira, 23 de março de 2020

Jesus, a luz do mundo!

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O Evangelho deste último domingo não nos fala de alguém importante, influente e da elite, mas de um miserável cego de nascença que jazia no caminho por onde Jesus passava. Partindo da mentalidade daquele tempo, o referido cego é um marginal e um excluído da sociedade, não só pela desgraça da sua incapacidade visual, mas também pela interpretação feita sobre a causa da sua doença. Assim sendo, a sua condição de excluído e de incapacitado, fazia do Cego uma pessoa vulnerável e desprezada. 

Diante desta tremenda injustiça e exclusão, é Jesus quem tem a iniciativa, não só de o abordar, mas também de o reabilitar moralmente (explicando que a cegueira não é um castigo divino), de o curar e de o enviar. Curiosamente, a vida deste homem leva uma mudança, ainda que não seja completa. Por isso, depois de ter sido inquirido pelas autoridades judaicas, é procurado por Jesus e aí dialogam. Deste encontro e desta possibilidade de diálogo, nascem maiores certezas na vida do Cego, pois chega à conclusão de que Jesus é o Filho de Deus.

A narração evangélica que nos é proposta não só narra uma cena muito marcante de quem foi curado por Jesus, como também permite compreender o modo como acontece a experiência da fé na nossa vida. Tal como aconteceu com o Cego, não nos basta sermos curados e serem salvaguardados os nossos interesses. Do encontro com Jesus Cristo tem de nascer uma vontade e uma necessidade expressa de querer saber quem Ele é e entrar numa profunda relação de intimidade com o Senhor. O ato de acreditar, de poder professar como o Cego “Eu Creio, Senhor”, não depende apenas de vermos satisfeitos os nossos interesses e necessidades, mas de conhecermos Jesus, experimentarmos a Sua vinda à nossa vida e, em consequência, fazer da nossa vida um lugar de contínua relação íntima com Jesus.

Paróquia de São Luís - Algarve


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