segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Deus e eu unidos somos invencíveis!



Atendendo ao apelo do Papa Francisco, que pediu aos católicos, e aos não católicos, que fizessem jejum e rezassem pela paz na Síria, alguns se mobilizaram para fazer a sua parte.
Quando ocorreram os atentados às Torres do World Trade Center, o Papa João Paulo II também convocou os fiéis a um jejum no dia 14 de setembro de 2001, ano do ato terrorista.

Refletindo sobre o poder do jejum, já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura encontramos o Senhor que recomenda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: "Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás".(Gn 2,17)  
Comentando a ordem divina, São Basílio observa que "o jejum foi ordenado no Paraíso", e "o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão". Portanto, ele conclui: "O 'não comas' é a lei do jejum e da abstinência".
Jesus também jejuou antes de iniciar sua vida pública, ao ser conduzido pelo Espírito ao deserto, onde por 40 dias e 40 noites se absteve de alimento. Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei, como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Horeb, assim Jesus rezando e jejuando se preparou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador onde afirmou: "não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus" (Deut. 8,3)

O verdadeiro jejum é afastar-se de tudo o que nos impede de cumprir a vontade de Deus.
É aí que surge o poder da oração aliada ao jejum, porque então nos colocamos humildemente na presença do Senhor à espera de sua bondade e misericórdia, para que nos livre de todo o mal, daquele que está em nós, e do que está fora de nós também. "Eu e Deus unidos, somos invencíveis", já dizia um sacerdote franciscano.

Quando a Copa do Mundo aconteceu no Japão, em 2002, eu me recordo de muitos concidadãos nossos que acordavam de madrugada para acompanhar os jogos da Seleção Brasileira, afinal, somos o país do futebol. Quando estamos passando por tribulações, quando alguém de nossa família está gravemente enfermo, quando o desemprego bate à nossa porta, quando somos vítima da violência que ceifa nossas vidas, quando o casamento parece ruir, porque não nos colocamos a rezar, a jejuar, a fazer vigílias em família, para alcançarmos a misericórdia de Deus, ou a força para enfrentarmos as dificuldades que nos atormentam? Se somos capazes de nos sacrificar pelo futebol, porque não o fazemos por nós e pelos nossos familiares, pela nossa pátria, pela paz no mundo?

Jejum e oração, as armas mais simples e disponíveis que todos podem ter contra o mal.
Que possamos recuperar o sentido destas práticas mais usualmente, e não só quando o mundo corre perigo de entrar em guerra.

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