quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Cultura Light



No último sábado, dia 21 de setembro, estivemos reunidos para mais um retiro dos Institutos Paulinos de Vida Secular Consagrada.
O tema abordado foi sobre a cultura light, ou seja, o termo light associado ao conceito de leveza, não só física, mas também psicológica e comportamental.
O tema é bem preocupante, se pensarmos como o homem contemporâneo tem se  tornado  amorfo em relação a tantos segmentos da vida. Está tudo morno, nem quente nem frio, e tudo superficial, o suficiente para não incomodar a consciência e nem exigir grandes esforços.

Com isso olha-se o mundo, as coisas e pessoas com uma curta visão do tempo  (imediatismo), ou seja, não se cultiva o hoje baseado em valores eternos, não se avaliam as consequências de uma escolha fácil e cômoda à luz da verdade que é Cristo. Ele é o modelo perfeito, a referência para uma vida comprometida com o amor, com a responsabilidade de se criarem relações humanas fraternas, e dignas para todos.

"Perdeu-se o filtro", como dizem os psicólogos quando abordam as questões que fogem do controle, no que tange ao agir humano. O homem, em sua grande maioria, está apático em relação aos grandes questionamentos existenciais, pouco se importa com causa e efeito. O que urge é ser feliz a qualquer custo, ainda que implique em ser utilitarista, narcisista,  desumano, cruel e violento. Vale a "máxima": quem gosta de mim sou eu.

Diga-se de passagem que nem por isso o homem anda mais feliz. Nossa juventude anda à procura de sentido para a vida nas bebedeiras, nas relações fluidas e inconsequentes, nas drogas, e numa apatia que beira o desespero. As famílias, como insistimos aqui tantas vezes, não se lembram o que significa fidelidade aos compromissos assumidos diante de Deus e dos homens. Nossas crianças, atoladas de desinformação e anti modelos, seguem copiando aquilo que veem. Quantos suicídios, quanta violência, quanta corrupção, quanta fome de sentido de vida, quanta fome de comida, pela falta de partilha dos que têm com aqueles que não têm, e na verdade nem são vistos.
A cultura light tem seu preço, e precisamos estar atentos para que ela não nos ceife os valores perenes que recebemos das gerações passadas. Precisamos ter a coragem de rejeitar os atalhos "arborizados" para preferir, quem sabe, um caminho mais árduo, onde podem estar escondidos o nosso crescimento e amadurecimento interior, que exigem pedras no caminho e sol do meio dia.

Peçamos a Deus que estejamos no caminho que Ele, antes que o mundo fosse mundo pensou para nós. Não há melhor escolha do que esta.

Acompanhe na seção Formação o texto do retiro na íntegra.

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