sexta-feira, 6 de junho de 2014

Os símbolos do Espírito Santo



Depois da Ressurreição de Cristo, os discípulos, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus, se reúnem em oração, e perseveram nela, até que recebem o Paráclito, o Consolador, o Defensor: o Espírito Santo.

O termo “Espírito” deriva do hebraico “Ruah”, que significa sopro, ar, vento. O Espírito Santo é o Sopro de Deus. Ele é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Para estar em contato com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Batismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja.

O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação.  Ele é que fomenta em nós a necessidade e o desejo de “falar com Deus”, de rezar. Ele inspirou as Escrituras, esteve presente como artífice na vida de todos os santos da Igreja, Ele assiste a Igreja na figura do Papa e dos continuadores da missão de Jesus, os bispos e sacerdotes, Ele suscita os carismas e ministérios, Ele está presente na liturgia sacramental nos colocando em comunhão com Cristo.

Ele sopra onde quer e tem o poder de fazer de pedras, filhos de Abraão.

Vejamos quais são os símbolos do Espírito Santo:

A Água
Assim como nosso corpo foi gerado na água também é na água batismal que nascemos para a vida divina, sobrenatural. Portanto o Espírito é também a água viva que brota de Cristo crucificado.

A Unção
O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinônimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação».

O Fogo
Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que «apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente» (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Baptista, que «irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias» (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que «há-de batizar no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!» (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si.

A Nuvem e a Luz
Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória: a Moisés no monte Sinai, na tenda da reunião e durante a marcha pelo deserto. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre «com a sua sombra», para que conceba e dê à luz Jesus.

O Selo
O selo é um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo». Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «caráter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.

A Mão
É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes  e abençoa as crianças. O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome . Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado.

O Dedo
«É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios» (46). Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3).

A Pomba
No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Batismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável /48). Quando Cristo sobe das águas do seu batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

Que o Espírito Santo possa atuar livremente em nós. Para tanto devemos estar abertos à sua ação, suplicando sua presença a cada instante de nossa vida. Ele é o grande protagonista de nossa santificação, é o nosso sopro de santidade.

Baseado em textos do Catecismo da Igreja Católica - Capítulo III – Creio no Espírito Santo

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