Depois
da Ressurreição de Cristo, os discípulos, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus,
se reúnem em oração, e perseveram nela, até que recebem o Paráclito, o Consolador,
o Defensor: o Espírito Santo.
O
termo “Espírito” deriva do hebraico “Ruah”, que significa sopro, ar, vento. O Espírito
Santo é o Sopro de Deus. Ele é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Para
estar em contato com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito
Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Batismo,
primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida
no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja.
O
Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à
consumação do desígnio da nossa salvação. Ele é que fomenta em nós a necessidade e o
desejo de “falar com Deus”, de rezar. Ele inspirou as Escrituras, esteve
presente como artífice na vida de todos os santos da Igreja, Ele assiste a
Igreja na figura do Papa e dos continuadores da missão de Jesus, os bispos e
sacerdotes, Ele suscita os carismas e ministérios, Ele está presente na
liturgia sacramental nos colocando em comunhão com Cristo.
Ele
sopra onde quer e tem o poder de fazer de pedras, filhos de Abraão.
Vejamos
quais são os símbolos do Espírito Santo:
A
Água
Assim
como nosso corpo foi gerado na água também é na água batismal que nascemos para
a vida divina, sobrenatural. Portanto o Espírito é também a água viva que brota
de Cristo crucificado.
A
Unção
O
simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto
de se tomar o seu sinônimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da
Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação».
O
Fogo
Enquanto
a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo,
o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta
Elias, que «apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho
ardente» (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o
sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma
aquilo em que toca. João Baptista, que «irá à frente do Senhor com o espírito e
a força de Elias» (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que «há-de batizar
no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual
Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha
ateado!» (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas
de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes
e os enche de Si.
A
Nuvem e a Luz
Estes
dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as
teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa,
revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória: a
Moisés no monte Sinai, na tenda da reunião e durante a marcha pelo deserto. É
Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre «com a sua sombra», para que
conceba e dê à luz Jesus.
O
Selo
O
selo é um símbolo próximo
do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6,
27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo». Porque indica o
efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da
Confirmação e da Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi utilizada em certas
tradições teológicas para exprimir o «caráter» indelével, impresso por estes
três sacramentos, que não podem ser repetidos.
A
Mão
É
pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. O mesmo farão os
Apóstolos, em seu nome . Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos
que o Espírito Santo é dado.
O
Dedo
«É pelo dedo de Deus que
Jesus expulsa os demônios» (46). Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de
pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao
cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de
pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3).
A
Pomba
No
final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Batismo), a pomba solta por
Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é
outra vez habitável /48). Quando Cristo sobe das águas do seu batismo, o
Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele. O símbolo da
pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.
Que
o Espírito Santo possa atuar livremente em nós. Para tanto devemos estar
abertos à sua ação, suplicando sua presença a cada instante de nossa vida. Ele é
o grande protagonista de nossa santificação, é o nosso sopro de santidade.
Baseado em textos do Catecismo da Igreja Católica - Capítulo III – Creio no Espírito Santo
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