Com
a celebração do Batismo de Jesus, encerramos o tempo do Natal.
Desmontamos
o presépio, recolhemos os enfeites da árvore e fica uma sensação de orfandade.
Parece que a alegria da encarnação de Jesus e toda a doçura deste tempo vai nos
deixar, e só retornará daqui a onze meses...
Isso
não é verdade, você e eu sabemos (meio que na teoria). Ele é o Emanuel, o Deus
conosco!
Mas
como enxergá-Lo na rotina do dia a dia, na correria dos afazeres sempre mais
volumosos e nas enxurradas de informações que despencam sobre nós?
Deus
está aqui comigo agora que digito este texto, ele fala a você através destas
palavras que vão se formando e dando sentido à moção do Espírito Santo que age na
elaboração desta página.
Se
Ele está aqui, se Ele fala em mim e através de mim, preciso acreditar nisto com
convicção, porque se eu não o fizer, nem você nem ninguém se sentirá movido a
buscá-Lo. A fé é transmitida assim, com palavras que carregam dentro de si a
verdade de uma experiência de encontro com o Senhor.
O
encontro com Jesus é hoje, agora, na situação que me ocupa. E isso não
significa que estou levitando, ouvindo os anjos cantando, ou certa de que
nenhuma tragédia pode me alcançar. Eu o encontro antes do temporal que vai
cair, ou na monotonia dos dias que se repetem sempre iguais, ou convivendo com
as pessoas que me incomodam, ou seja lá qual for o panorama, porque é Ele quem
está comigo, a iniciativa é sempre Dele, e assim não há talvez, não há quem
sabe, há sempre o amor de Cristo que, independente do meu estado, me procura e
fica comigo porque para Ele eu tenho valor, eu sou importante.
Esta
é para mim a força motriz que me impulsiona a buscá-Lo cada vez mais e com
energia renovada, porque a força vem Dele mesmo. Eu só preciso acreditar e
deixá-lo agir em mim, dando espaço para que aos poucos o que prevaleça seja a
vontade Dele, porque se sou importante para Ele, como poderia Ele querer alguma
coisa ruim para mim?
É
um caminho de descobrimento, é um relacionamento em que vou me mostrando para
Ele, e Ele vai se mostrando para mim. Simples assim. É continuar sendo eu, mas
Dele, e mais Ele. Transfiguração lenta, mas possível.
Se
tudo isso é experiência do hoje e do agora, será que hoje não é Natal?
Malu
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