Por
Rocio Lancho García
CIDADE
DO VATICANO, 28 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) - Como acontece toda semana,
fiéis e peregrinos vindos a Roma de todas as partes do mundo receberam com
entusiasmo o papa Francisco para a audiência geral das quartas-feiras. Hoje, na
Sala Paulo VI, um grupo de artistas do Circo Medrano apresentou um espetáculo
no final da audiência, que divertiu o papa e todos os participantes.
Francisco
deu continuidade às catequeses sobre a família e, desta vez, falou sobre a
figura do pai. No resumo final, ele disse:
Queridos
irmãos e irmãs! Em nossa reflexão sobre a família, hoje nos concentramos na
palavra pai. Pai é uma palavra universal, conhecida por todos, que indica uma
relação fundamental cuja realidade é tão antiga quanto a história do homem. É a
palavra com que Jesus nos ensinou a chamar a Deus, dando-lhe um novo e profundo
sentido e revelando-nos, assim, o mistério da intimidade de Deus Pai, Filho e
Espírito Santo, que é o centro da nossa fé cristã.
Em
nossos dias, chegou-se a falar de uma sociedade sem pais. A ausência desta
figura foi interpretada como uma “libertação”, especialmente quando o pai é
percebido como a autoridade cruel que limita a liberdade dos filhos, ou quando
os filhos se sentem desatendidos por pais focados unicamente em seus problemas,
em seu trabalho ou na própria realização pessoal, ou caracterizados pela
notável ausência do lar. Tudo isto cria uma situação de orfandade nas crianças
e nos jovens de hoje, que vivem desorientados sem o bom exemplo e a orientação
prudente de um pai. Deste modo, todas as comunidades cristãs e a comunidade
civil devem ficar atentas à ausência da figura paterna, pois ela deixa lacunas
e feridas na educação dos jovens. Sem guias nos quais confiar, os jovens podem
se encher de ídolos que acabam lhes roubando o coração, os sonhos, as
autênticas riquezas; roubando a sua esperança.
O papa
saudou em seguida os peregrinos latino-americanos e recordou que Jesus prometeu
que não nos deixaria órfãos. “Vivamos com a esperança firme nele, sabendo que o
amor pode vencer o ódio e que é possível um futuro de fraternidade e de paz
para todos. Que Deus os abençoe. Muito obrigado”.
Após as
saudações em diversas línguas, o pontífice dedicou um pensamento especial aos
jovens, aos enfermos e aos recém-casados, lembrando a todos que hoje celebramos
a memória de Santo Tomás de Aquino, doutor da Igreja. Por isso, ele desejou aos
jovens que a sua dedicação ao estudo favoreça neles o compromisso da
inteligência e da vontade a serviço do Evangelho. Aos enfermos, desejou que a
fé os ajude a se voltar ao Senhor também nas provações. E aos esposos
recém-casados, que a mansidão de Jesus lhes indique o estilo das relações entre
os cônjuges dentro da família.
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