“O
julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à
luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal, tem ódio da luz, e não se
aproxima da luz, para que suas ações não sejam desmascaradas. Mas, quem age
conforme a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam vistas, porque
são feitas como Deus quer”.
(Jo
3,19-21)
O
juízo particular e o juízo universal são questões espinhosas e desconfortáveis
para todo ser humano. Sabemos que após a morte seremos confrontados com Cristo
(juízo particular), e nossa vida passará pelo crivo do padrão da vida humana de
Jesus. Ele é o modelo perfeito de santidade que é proposto pela Igreja, e
através do qual nosso futuro eterno é definido.
Já
no juízo universal todas as ações de todos os seres humanos nascidos e
conscientes de seus atos serão reveladas. Não haverá uma boa ação desconhecida, nem maldade ou má
intenção que passe despercebida por todos os seres humanos de todos os tempos,
ali presentes diante de Deus. Tudo virá à tona, tudo!
No
Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 678, lê-se: “Jesus anunciou em sua
pregação o Juízo do Último Dia. Então será revelada a conduta de cada um e o
segredo dos corações. Será também condenada a incredulidade culpada que fez
pouco caso da graça oferecida por Deus. A atitude em relação ao próximo
revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do amor divino”. Contudo, ainda
no Catecismo no parágrafo 1023, “os que morrem na graça e na amizade de Deus, e
que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo...o céu é a
comunidade bem aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a
Ele".
Este
quarto domingo da quaresma confronta luz e trevas, o bem e o mal. Segundo o
evangelho de São João, capítulo 14, versículo 6, Jesus afirma: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida”. Quem não se aproxima da luz - Cristo - corre o
risco de se condenar e de passar a eternidade na escuridão, na completa ausência
do amor, a mesma escolha de satanás, o príncipe das trevas. Mas, para aqueles
que agem segundo a verdade, que é Cristo, a
esperança de uma eternidade de luz e de amor é fonte de renovação que
norteia os passos de cada dia.
Portanto,
este julgamento já está acontecendo. Ele está se realizando agora, no instante
em que me decido acolher ou não a proposta de vida de Cristo, que diz a Felipe “...quem me vê a mim, vê o Pai”
(Jo 14,9).
A
caminhada de todo homem é mesclada de luz e trevas. Somos fracos
e insuficientes, e precisamos da luz de Cristo para não nos perdermos no
caminho. Ele, porém está conosco, caminha ao nosso lado. Ele está na Igreja,
nos sacramentos, no tempo privilegiado que nos proporciona a oração, no amor e na bondade que se recebe e que se dá na vida. Ele é a origem e a
fonte de todo o bem. O que Ele nos propõe, Ele mesmo se encarrega de nos dar as
graças para que o realizemos, conforme nossos esforços pessoais que não são facultativos. O que nos impede de segui-Lo? O que realmente nos atrasa
no caminho?
Luz
ou trevas, benção ou maldição? A decisão está em suas mãos!
ISF
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