
Estamos assistindo a perseguição e o massacre de pessoas pelo simples fato de serem cristãs. Os terrores do genocídio da Segunda Guerra Mundial parecem agora ter se acendido sob a tutela do ISIS - Estado Islâmico do Iraque e da Síria - que, à força, quer converter o povo da região do Oriente Médio ao islamismo.
Uma jornalista italiana atéia manifesta seu repúdio pela total falta de reação mundial aos massacres que acontecem com requintes de perversidade. Precisamos nos unir em oração pelos mártires do século XXI.
Lucia Annunziata denuncia o silêncio sobre o mais terrível dos crimes perpetrados hoje contra os mais fracos
Por Redacao
ROMA, 08 de Abril de 2015 (Zenit.org) - Cadê a
Esquerda diante do genocídio dos cristãos no mundo, se pergunta Lucia
Annunziata, em seu último editorial publicado na edição italiana do Huffington
Post, da qual é diretora.
A jornalista lamenta a total ausência, até agora,
de "slogan", "documentos", "apelos" ou
"propostas de assinaturas” contra o “mais terrível dos crimes perpetrados
hoje contra os mais fracos”.
"Não se fala sobre isso em talk shows, nós
não falamos dos talentos ou amigos. A TV está em outro lugar, nós sabemos,
principalmente nós que trabalhamos lá", escreve Lucia.
De acordo com a diretora do Huffington Post
Itália, "a Esquerda assumiu uma enorme quantidade de causas",
incluindo as do "feminicídio", do "desemprego entre os
jovens", do "casamento entre cidadãos do mesmo sexo", dos
"impostos a Google", até do massacre contra Charlie Hebdo e do Museu
Bardo.
Nunca alguma referência, no entanto, nos jornais
liberais sobre “morte de homens e mulheres por causa da sua fé”. Esta mesma fé
católica que está na “maioria do nosso país” e também “na base da definição
(querendo ou não) da história e da cultura do continente em que vivemos".
Lucia não se declara “católica” e nem sequer
“neoconvertida", mas "ateia" e pretende continuar assim. Não
está nem sequer entre aqueles que estão convencidos de que o Papa Francisco
esteja “fazendo uma revolução” e seja o “o verdadeiro líder da esquerda".
O apelo que o Santo Padre lançou em defesa dos
cristãos perseguidos foi feito em "solidão". Bergoglio se revelou “a
única voz a denunciar os massacres dos fiéis e hoje o único chefe de Estado
para apontar o dedo para a inação das nações ocidentais sobre estes
massacres".
De acordo com Lucia, há um "ponto que
paralisa tudo" e é "o temor de que a defesa dos cristãos signifique
acender outras bombas” e fomentar o "choque de civilizações". Por isso, a Esquerda, ou, como afirma a
jornalista, a “parte política que sempre reivindicou ter a força e a convicção
para abordar os temas da defesa dos fracos”, que hoje governa muitos países
ocidentais deveria mobilizar-se.
Em particular, os governos "podem e devem
elaborar um plano para garantir, por enquanto, a segurança dos milhares de
refugiados - não só através de intervenções estruturais (médico, escola,
moradia), mas também oferecendo cidadania em larga escala em nossos países para
todas as famílias que pretendem deixar suas nações".
Se a Esquerda for permanecer em silêncio,
prisioneira do seu medo, se encontrará percorrendo “o melhor caminho para
declarar a própria dissolução moral”.