segunda-feira, 14 de março de 2016

Pressões ditatoriais contra a família


Não é o casamento que não vem dando certo para o homem moderno; é o homem moderno que vem fracassando em relação ao casamento. Como o homem faz mau uso do casamento, este já não serve aos seus propósitos.

Algumas pessoas vem clamando há muito tempo:" Temos o direito de ser felizes no casamento sem ter que receber ordens da Igreja". Começa-se hoje em dia a notar um profundo tom de desespero nesses brados, porque os que menos atenção dão às leis da Igreja são também os que menos felicidade encontram no casamento.

Há hoje uma verdadeira ditadura e uma pressão efetivamente totalitária no que diz respeito ao casamento. Mas não vem da Igreja. Vem do Estado, dos planejadores sociais, dos especialistas econômicos, dos defensores do hedonismo universal ou dos filósofos de um liberalismo niilista.

Não é de admirar que os planos impostos pelo homem ao casamento terminem por fracassar, pois o casamento não é uma ideia humana: é uma ideia de Deus. Só "funcionará" - e trará  felicidade - se for vivido de acordo com os planos de Deus. 

As pessoas realmente tem o direito de ser felizes no casamento, mas somente no tipo de casamento que a natureza instituiu, e somente quando o viverem, com a graça de Deus, de acordo com o seu desígnio natural e as suas leis naturais. Desrespeitar esse desígnio ou essas leis é desvirtuar o que foi feito para ajudar o homem a atingir a felicidade e a salvação, e transformar o casamento, mais cedo ou mais tarde, numa fonte de miséria e frustração pessoal.

O casamento está em crise, e parece estar em declínio em muitas sociedades modernas. No entanto, encontram-se também muitas exceções, muitos casos de lares felizes, em que os pais não frustraram os nobres instintos de paternidade e maternidade que a natureza lhes deu. Pelo contrário, souberam satisfazê-los com generosidade, persuadidos de que " um amor conjugal verdadeiro aspira corajosamente à glória da fecundidade. 

Cresce constantemente o número de casais que compreendem a grandeza do plano divino de que Deus quis que participassem, chamando-os ao casamento. Fortalecidos pela graça, têm sido capazes de enfrentar todos os sacrifícios - sacrifícios de amor - de que o próprio amor necessita para sobreviver.

Cormac Burke

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