quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A família é chamada a ser imagem do Deus Uno e Trino



O amor entre um homem e uma mulher, fundado no sacramento do matrimônio, pode ser uma expressão do amor de Deus.
Como?
Na medida em que os cônjuges se acolhem, partilhando o desejo do bem mútuo, e experimentando a alegria do dar, e do receber. Assim sua relação torna-se fecunda.
A fecundidade acontece também na transmissão da vida aos filhos, e junto dela, numa educação sábia e cuidadosa que prioriza o ser sobre o ter.
A família é fecunda ainda para a sociedade, na medida em que é a primeira formadora de cidadãos forjados sobre valores como a gratuidade, a responsabilidade, a cooperação, o respeito, a cidadania...
Numa família que irradia do amor da Trindade, os pais cuidam dos filhos transmitindo-lhes ideais nobres, que superam o simples desejo de sucesso material e social, infundindo-lhes razões para viver, e a fé que não decepciona.
Os filhos, por sua vez, procuram uma relação afetuosa, solícita e respeitosa com seus pais e irmãos, certos de que vivendo assim crescerão no amor.
Deus confia ao homem e à mulher (cf. Gen 1, 27-28; 2,15) a missão de cuidar da criação, de cultivá-la segundo Seus desígnios. Ele a convida a transformá-la no, e pelo amor.
Já nos precederam tantas famílias que nos deixaram um testemunho de como crescer no amor: perseverar no relacionamento com Deus, participar da vida da Igreja, cultivar o diálogo, respeitar o ponto de vista do outro, ser paciente com os defeitos alheios, saber perdoar e pedir perdão, estar abertos a outras famílias, atentos aos necessitados, ser responsáveis na vida social, enfim ser um Evangelho vivo.
Não podemos esquecer a poderosa intercessão da Virgem Maria e de seu esposo São José, que na Sagrada Família também se afadigaram com sua missão.
Nesta semana vocacional da família, peçamos a Deus a graça de podermos refletir Seu  pleno amor na vivência do matrimônio entre um homem e uma mulher, que foi a porta de entrada de Deus em nossa humanidade.
“É preciso educar-se para crer, em primeiro lugar na família, no amor autêntico: o amor que vem de Deus e nos une a Ele e, por isso mesmo, «nos transforma em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja “tudo em todos” (1 Cor 15, 28)» (Enc. Deus caritas est, 18). Amém”. (Bento XVI)

Texto baseado na homilia do Papa Bento XVI no encerramento do VII Encontro Mundial das Famílias em Milão, em 3 de junho de 2012.




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