O
fiel leigo é discípulo de Cristo a partir dos sacramentos e em força destes, em
virtude de tudo quando Deus operou nele imprimindo-lhe a própria imagem do Seu
Filho, Jesus Cristo. Deste dom divino de graça, e não de concessões humanas, nasce o
tríplice «munus» (dom e dever), que qualifica o leigo como profeta, sacerdote e rei, segundo a sua índole secular.
(Compêndio da Doutrina Social da Igreja 542)
O que é
um leigo senão o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo? Sim, somos
aqueles a quem o Mestre confiou a missão, através do nosso Batismo, de sairmos
em missão cada manhã da nossa vida, para fazermos o Reino de Deus acontecer no
hoje, e no agora dos dias que Ele nos concedeu.
Ele não
nos pede o impossível, pois para isso Ele é Deus. Não existe o impossível para
Ele.
O que
Ele espera de nós, o que está ao nosso alcance, pode ser um abraço sincero
àquele que sofre, um sorriso acolhedor a um desconhecido, pelo simples fato de
ser uma criatura de Deus, o ouvir o desabafo de um aflito, o dar um copo de água
fresca a um caminhante fatigado... Poderíamos elencar aqui muitíssimos exemplos de pequenas atitudes possíveis, mas que achamos não ser da nossa alçada.
O fiel
leigo é um discípulo de Cristo, e com isso, não um repolho encruado em si
mesmo, fechado em sua realidade fácil ou dolorosa, mas um imitador dos braços
abertos do Crucificado, não poupando esforços para que o Reino de Deus aconteça
através de si.
Por
mais que isto soe estranho, eu e você somos parte da Igreja, e com isso,
trazemos impressa em nossa alma um sinal indelével da pertença a Deus. Isto é
uma realidade pouco vivida e cultivada pelos leigos, que precisa ser revista e
mudada, para que possamos exalar o bom odor de Cristo neste mundo que necessita
de um pouco de perfume.
O leigo
é aquele que anuncia a Boa Nova da salvação em todos os ambientes, mesmo que
não seja compreendido, porque o Mestre também não o foi. Ele caminha sustentado
pelo Pão descido do Céu, e alimenta seus dias com a oração e com a Palavra.
Ele
deseja crescer no conhecimento de sua mãe, a Igreja, e está sempre em sua casa,
porque é filho.
Ele tem
fome e sede de justiça, e não compactua com o mal. Ele é sim, sim, e não, não.
O leigo
é uma expressão do amor que procede do Pai, porque ele é Igreja, reunião dos
remidos que caminham para a pátria celeste.
O leigo
é tudo isto e tudo aquilo que o Espírito Santo lhe inspira a ser...
O leigo
é você, e eu.
Vamos
abraçar com amor nossa vocação de sermos Igreja?
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